quinta-feira, 20 de junho de 2013

Meditação de Spurgeon




“Porque eis que darei ordem e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode grão no crivo, sem que caia na terra um só grão.” (Amós 9:9)
            Cada sacudidura vem por ordem e permissão de Deus. Satã tem de pedir permissão antes que ele possa pôr um dedo sobre Jó. Até mais, a nossa sacudidura é obra direta do Céu, visto que o texto diz: "Sacudirei a casa de Israel." Satã, como um peão, pode segurar o crivo, esperando destruir o grão, mas a mão dominante do SENHOR está realizando a pureza do grão pelo mesmo processo pelo qual o inimigo tenta destruí-lo. Precioso, mas grão muito sacudido da eira do SENHOR, sê confortado, por intermédio do abençoado fato de que o SENHOR dirige não só o malho mas também o crivo, para a Sua glória e para o teu eterno ganho.
            O SENHOR Jesus usará, de fato, a joeira que está na Sua mão e apartará o precioso do vil. Nem todos os que são de Israel são Israelitas. O montão que está na eira não está limpo, e daí o ato de joeirar ter de ser levado a cabo. No crivo unicamente o que tem peso tem valor. A casca e a moinha, que não têm substância, leva-os o vento, e somente o grão verdadeiro permanece.
            Observa a completa segurança do trigo do SENHOR; até mesmo o menor grão tem uma promessa de preservação. O próprio Deus sacode, e por esse motivo esta é uma obra terrível e severa. Ele sacode-os em todos os lugares, "entre todas as nações"; Ele sacode-os da maneira mais eficaz, "assim como se sacode grão no crivo", e apesar disto, nem ao grão mais pequeno, mais leve, ou mais seco lhe é permitido cair na terra. Cada crente, individualmente, é precioso na presença do SENHOR. Um pastor não quererá perder nem uma única ovelha; nem um joalheiro um único diamante; nem uma mãe um único filho; e nem um homem um único membro do seu corpo. Nem tampouco o SENHOR quer perder um único dos Seus redimidos. Por mais insignificantes que possamos ser, se somos do SENHOR, podemos regozijar-nos porque nós somos preservados em Cristo Jesus.

Tradução de Carlos António da Rocha

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