quinta-feira, 20 de junho de 2013

Meditação de Spurgeon



“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” (23:4)

       Estas palavras que nos descrevem a segurança experimentada no leito de morte, são muito doces. Quantas pessoas as têm repetido com intenso deleite nas suas últimas horas! Mas o versículo é igualmente aplicável às agonias de espírito no meio da vida. Alguns de nós, como Paulo, morremos diariamente por causa de uma tendência para a melancolia da alma.
       Na sua peregrinação, Bunyan põe o Vale da Sombra da Morte muito antes que o rio que corre no sopé das colinas celestiais. Alguns de nós temos atravessado o escuro e terrível desfiladeiro da “sombra de morte” várias vezes, e podemos dar testemunho de que só o SENHOR nos habilitou no meio dos seus pensamentos desvairado, dos seus horrores misteriosos e das suas terríveis depressões.
       O SENHOR tem-nos sustentado e tem-nos guardado por cima de todo temor real do mal, mesmo que o nosso espírito tenha estado afligido. Temos sido afligidos e abatidos, contudo, vivemos, pois temos sentido a presença do Grande Pastor, e temos tido a confiança de que o Seu cajado impedirá que o inimigo nos propine um golpe mortal.
            Se o tempo presente for obscurecido pelas asas do corvo de uma grande aflição, devemos glorificar a Deus por meio de uma tranquila confiança Nele.
António da Rocha

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