"Simeão os abençoou e disse a
Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como
para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição (também
uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os
pensamentos de muitos corações." Lucas 2:34,35
Amigo leitor, já passei pela primeira
parte da mensagem que os dois versos lidos apresentam. Creio que fui fiel em
apresentar exatamente os dois lados do ministério do Senhor Jesus. Procurei
expor a palavra de Deus, na expectativa que os leitores pudessem enxergar o
verdadeiro evangelho como ele é. Ele é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê, mas ao mesmo tempo o evangelho cheio de glória anuncia a terrível
sentença de condenação que paira sobre a alma que persiste nas trevas recusando
chegar para a luz.
Mas eis que Simeão afirma no texto que
aquele menino seria alvo de contradição. Por quê? Exatamente por causa do tipo
de ministério que Ele teria. A maior parte da nação de Israel nem sequer foi
movida para receber aquele pobre nazareno. Quem queria alguém assim. Eles
imaginavam o Messias como um Super Homem, mas eis que ali estava um homem com
uma mensagem que em nada agradava seus anseios carnais e malignos. Cristo
realmente foi alvo de contradição para aquele povo, porque em nada preencheu a
expectativa deles.
Vê o que aconteceu em sua própria
cidade de Nazaré. Ele foi criado naquela pequena e não relevante cidade. Era um
sábado, e Jesus, como todo judeu fazia, foi a uma Sinagoga. Sem dúvida alguma
Ele era conhecido por todos ali. Diz o texto de Lucas 4, a partir do verso 16
que o Senhor levantou-se para ler. Eles tinham à disposição um rolo do Velho
Testamento, e Jesus abriu no livro do Profeta Isaías para ler exatamente uma
passagem profética ao Seu respeito.
Depois de ler o rolo, devolveu-o ao
assistente. Diz a passagem que todo mundo estava com os olhos fitos Nele. Será
que haveria ali um avivamento? Será que aquele povo cairia aos pés do Filho de
Deus para recebê-lo como o seu Messias enviado do céu? Não! Eles estavam
admirados com a maneira com Jesus falava. Sem dúvida alguma Cristo tinha um tom
de voz cheio de ternura que agradava os ouvintes. Aquele auditório estava
perplexo especialmente pelo fato que Ele era o Filho de José.
É assim com muitos que gostam da voz de
alguém que está pregando, e com isso não percebem nada do que está sendo dito.
Quando Jesus começou a mostrar como eles eram apenas pessoas ciumentas,
apegadas às suas tradições e odiadores dos outros povos, a reação daquele povo
foi totalmente diferente. Jesus usa uma ilustração na vida do profeta Elias
mostrando que o próprio povo do profeta não recebeu o profeta, então Deus
enviou Elias para uma viúva de Sarepta e ali Elias foi sustentado e a viúva,
que nada tinha a ver com a nação de Israel foi salva. Jesus também citou o caso
de Naamã um Siro que foi curado de lepra, enquanto havia muitos leprosos em
Israel.
Aquilo mexeu com aquele auditório na
Sinagoga. Agora as palavras de Cristo não saíram como palavras agradáveis.
Aquele povo se levantou para pegar Jesus e atirá-lo de Cima do Monte onde
estava localizada a cidade. Naturalmente o próprio Senhor Jesus, sendo Deus,
soube como escapar.
Amigo leitor, Cristo veio para ser alvo
de contradição no meio do povo de Israel. Quero levar o leitor até Lucas 12 versos 51-53. Ali Jesus afirma que Ele não
veio trazer paz à terra, mas sim
divisão. Impressionante! Justamente contrário ao que o povo de Israel pensava,
e também contrário à maneira que o mundo pensa a respeito de Jesus. Ele diz que
não veio trazer paz mas sim divisão. Ele diz no texto que daquele dia em diante
haveria divisão numa casa.
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