“Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque
grande é o vosso galardão no céu; pois dessa forma procederam seus pais com os
profetas” Lucas 6:23.
Esta passagem nos
fornece a manifestação da Soberana vocação de Deus. A grande distinção é feita
em toda extensão das Sagradas Letras mostrando que tem os salvos e os perdidos.
Aqueles que são chamados por Deus à salvação eterna são conhecidos como
“pobres” (verso 20); “os que têm fome” (verso 21); “os que agora choram” (verso
21); “os odiados por causa do nome do Senhor” (verso 22).
Mas
no verso 23 desponta a promessa consoladora aos corações remidos, trazendo
alento e esperança ao sofrido povo de Deus. Vai mais além, porquanto mostra que
as tribulações trazem consigo a certeza da operante obra da Graça na vida
daqueles que são intitulados de “Bem-aventurados”.
Aprendemos
que os santos de Deus devem regozijar na tribulação. Em primeiro lugar é
publicada a fé verdadeira na expressão: “Bem-aventurados”. Fomos achados por
Aquele que veio nos buscar (Lucas 19:10). Que bendita sorte! No fundo de nosso
peito brilhou a doce luz do nosso Consolador, ao brotar em nós a fé conquistada
pelo “Autor da nossa fé” (Hebreus 12:2). Não há razão em nós para qualquer
orgulho, pois foi o Deus de Toda Misericórdia que aprouve nos intitular de Seu
“pequenino rebanho” (Lucas 12:32).
Mas
a verdade tão doce e maravilhosa induz o povo santo a uma reação de regozijo no
meio da tribulação: “Regozijai-vos”. As provações são indícios de bênçãos para
o povo de Deus. Não há mais qualquer maldição pairando sobre nossas cabeças. As
tribulações chegam até nós como verdadeiros amigos saudando-nos e garantindo
que vieram para contribuir em tudo para nosso bem eterno.
Ainda
somos induzidos a uma reação de exultação: “Exultai”. Literalmente “saltar de
júbilos”. Aquilo que para a lógica humana parece loucura, para os santos deve
ser motivo de cânticos e de festa ao sobrevir às tribulações na vida. Qual a
razão? A promessa é despontada como um verdadeiro facho de luz: “Grande é o
vosso galardão no céu”. Não temos promessas para este viver tão superficial,
conforme vemos neste mundo. O que virá é infinitamente melhor, não tem como
comparar. Se comparar os tesouros deste mundo com a herança eterna dos santos,
o que pode ser visto aqui não passa de ser como lixo. Podemos dizer a este
mundo o mesmo que Abraão disse para os reis de Sodoma: “e juro que nada tomarei
de tudo o que te pertence...” (Gênesis 14:23).
Finalmente
aprendemos com a história: “... pois dessa forma procederam seus pais com os
profetas”. Aqui está um dos motivos dos registros históricos da Palavra de
Deus. Os verdadeiros profetas de Deus foram maltratados e muitos deles
martirizados, especialmente pela falsificação religiosa deste mundo. A história
da igreja, desde os seus primórdios, é uma história de sofrimentos pelos quais
passaram o povo de Deus neste mundo.
Amigo
leitor, o mundo não é digno de ter a presença do povo de Deus. Aqui é lugar de
lutas e provas até a nossa chegada no lar. Precisamos saber que estamos
envolvidos por seríssimos perigos que nos cercam até nossa entrada no reino
eterno de luz.
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