quinta-feira, 9 de maio de 2013

A FRAGILIDADE HUMANA (4)




 Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Salmo 90:12)

A BASE DA MISÉRIA HUMANA

          Este verso lido transporta-nos para além do véu da nossa limitação humana, e leva-nos ao entendimento do que significa realmente a situação do homem no pecado. Estamos conhecendo um pouco a respeito do Deus Eterno, e quando tentamos penetrar nos pensamentos do Glorioso Juiz do Universo, ficamos pasmados ao contemplar que Deus é Deus, Soberano, Sublime, e que nós, seres humanos somos exatamente  “menos do que nada” conforme a linguagem usada por Deus em Isaías (Isaías 41:24). Tal verdade deixou Moisés  como que petrificado, pois podia agora compreender um pouco a  respeito da resplendente glória da eternidade. Ele está vendo o tão trágico resultado do pecado no homem, e ele como pecador sente esse impacto sobre si. Porém, Moisés como um pecador alcançado pela operação da graça, está orando, ele tem petições para serem levadas diante do seu Senhor, mas antes de abrir sua boca a fim de fazer qualquer pedido, aquele homem de Deus chega com argumentos ao coração cheio de misericórdia do Grande Jeová. Moisés sabia que o seu Deus era o Deus de toda Graça, e  o que ele faz é cercar o coração gracioso do Soberano Senhor a fim de lançar suas petições.
 O que Moisés faz para falar a respeito da brevidade do homem quando tem diante de si o Deus eterno? Que linguagem ele irá pronunciar perante aquele que vive de eternidade a eternidade? Ele toma, como que, uma “fatia” de tempo, mil anos, a fim de levar seus argumentos perante Deus. Ele não tem outra alternativa. Oras, mil anos para nós os homens é muitíssimo tempo, um período tão longo que está completamente fora da nossa compreensão. A luta dos homens em todas as gerações sempre foi de viver mais, e alcançar por exemplo, cem anos de vida na atual geração é um sucesso. Mas a bíblia fala de homens que viveram muito mais do que isso. Cem anos representa apenas o dízimo do tempo que viveram homens como Metusalém, Adão, Noé e outros naquele período pré-diluviano. Um período de vida tão longo assim, nem ao menos chega a ser sonho para a humanidade atual, cuja idade geralmente não passa nem dos setenta anos de vida.
Mas o fato é que Moisés, impressionado com a eternidade, usa mil anos para falar com Deus. Moisés nem pensou em duzentos anos, ou quinhentos anos, mas mil anos. Ele toma essa quantia de tempo avaliada por ele como sendo muito tempo, e quando chega à luz da eternidade, os mil anos representam o que mesmo? Apenas um dia. “Pois mil anos aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi”. Impressionante! Tal verdade  traz profunda emoção para o coração de Moisés, bem como deve nos emocionar também e nos elevar a um espírito de adoração, temor e respeito a Deus. Nós consideramos mil anos como sendo realmente muito tempo para nós, mas um dia representa o contrário, muito pouco tempo. Mas a realidade é que Moisés que passou boa parte de sua vida sendo ensinado pela escola Egípcia,  freqüentava agora a Escola de Deus aprendendo por assim dizer, aos “pés de Deus”, está agora conhecendo a respeito da existência humana à luz da eternidade; ele está enxergando a vida aqui do ponto  de vista de Deus; ele se encontra perante o Deus Santo e Justo, criador dos céus e da terra, e perante a face gloriosa daquele que é o único que pode dizer a respeito de Si mesmo, EU SOU, e perante quem, tudo o que é deste mundo, tudo o que é precioso para os homens, tudo o que é buscado pela vaidade e soberba dos pecadores, sim, tudo aquilo que os homens consideram como preciosidade para a vida, torna-se palha seca ou mesmo barro.

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