quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Recolhendo os frutos




Spurgeon
       A PEREGRINAÇÃO de Israel tinha sido concluída e o prometido repouso tinha chegado. Não havia mais mudança de tendas, nem mais serpentes venenosas, nem mais ferozes amalequitas e nem mais ermos desertos. Chegaram à terra que fluía leite e mel e comeram o grão da terra da colheita anterior.
       Possivelmente este ano, amado leitor, este seja o seu caso ou o meu. Bendita é esta esperança; e se a fé se mostrar ativa dar-nos-á genuíno prazer. Estar com Cristo no repouso que resta para o povo de Deus é, na verdade, uma esperança gozosa, e esperar em breve esta glória, é uma dupla glória. A incredulidade estremece ante o Jordão que ainda corre entre nós e a terra formosa, mas estejamos seguros de que já havemos experimentados maiores males do que os que a morte, no pior dos casos, nos pode causar. Desprezemos todo o temor e regozijemo-nos com grande gozo na esperança de que este ano começaremos a estar “para sempre com o Senhor.”
       Uma parte do exército permanecerá este ano na terra para servir ao Senhor. Se esta for a nossa sorte, não há razão porque este versículo de Ano Novo não seja verdadeiro até neste caso. “Nós, os que cremos, entraremos no repouso.” O Espírito Santo é a garantia de nossa herança; a glória que Ele nos dá, começa aqui.
       Os que residem no céu estão seguros, e os que estamos na terra somos preservados em Cristo. Ali eles triunfam dos seus inimigos, e nós aqui também obtemos vitórias. Os espíritos celestiais têm comunhão com o Senhor, e nós também a temos. Eles cantam os seus louvores, e nós também gozamos deste privilégio.
       Nós recolheremos este ano frutos celestiais na terra, onde a fé e a esperança têm feito o deserto semelhante ao jardim do Senhor. O homem comeu antigamente o alimento dos anjos, e por que não o comem agora? Que a graça nos ensine a alimentarmo-nos de Jesus, de modo que possamos este ano comer o fruto da terra de Canaã!

Nenhum comentário: