Spurgeon
A PEREGRINAÇÃO de Israel tinha sido
concluída e o prometido repouso tinha chegado. Não havia mais mudança de
tendas, nem mais serpentes venenosas, nem mais ferozes amalequitas e nem mais
ermos desertos. Chegaram à terra que fluía leite e mel e comeram o grão da
terra da colheita anterior.
Possivelmente este ano, amado leitor,
este seja o seu caso ou o meu. Bendita é esta esperança; e se a fé se mostrar ativa
dar-nos-á genuíno prazer. Estar com Cristo no repouso que resta para o povo de
Deus é, na verdade, uma esperança gozosa, e esperar em breve esta glória, é uma
dupla glória. A incredulidade estremece ante o Jordão que ainda corre entre nós
e a terra formosa, mas estejamos seguros de que já havemos experimentados
maiores males do que os que a morte, no pior dos casos, nos pode causar.
Desprezemos todo o temor e regozijemo-nos com grande gozo na esperança de que
este ano começaremos a estar “para sempre com o Senhor.”
Uma
parte do exército permanecerá este ano na terra para servir ao Senhor. Se esta
for a nossa sorte, não há razão porque este versículo de Ano Novo não seja
verdadeiro até neste caso. “Nós, os que cremos, entraremos no repouso.” O
Espírito Santo é a garantia de nossa herança; a glória que Ele nos dá, começa
aqui.
Os
que residem no céu estão seguros, e os que estamos na terra somos preservados
em Cristo. Ali eles triunfam dos seus inimigos, e nós aqui também obtemos
vitórias. Os espíritos celestiais têm comunhão com o Senhor, e nós também a
temos. Eles cantam os seus louvores, e nós também gozamos deste privilégio.
Nós
recolheremos este ano frutos celestiais na terra, onde a fé e a esperança têm
feito o deserto semelhante ao jardim do Senhor. O homem comeu antigamente o
alimento dos anjos, e por que não o comem agora? Que a graça nos ensine a
alimentarmo-nos de Jesus, de modo que possamos este ano comer o fruto da terra
de Canaã!
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