“E os
que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências”.
(Gálatas 5:24).
O
MODO DE VIDA (cont.): “...crucificaram a
carne...”
Prezado leitor, na meditação anterior
introduzi o fato que a crucificação condena
as aparências mundanas de liberdade e que sua finalidade é conduzir os que de
Cristo ao conhecimento e prática da verdadeira liberdade. Para os mundanos,
liberdade consiste em dar vazão aos sentimentos e aproveitar o que esta vida
tem de melhor. No conceito mundano de liberdade não há o elemento de disciplina
e temor: “Diz o néscio em seu coração: não há Deus!...” (Salmo 14:1).
Os mundanos e carnais desfrutam da descida sem freio rumo à perdição, e prisões
eternas lhe aguardam no final dessa descida tresloucada no pecado.
Para “... os que são de Cristo...”, a crucificação condenou esse
conceito maligno de liberdade, porque para os santos de Deus liberdade consiste
em andar pelo caminho da obediência, temor a Deus e amor ao próximo. Os salvos
sabem que a liberdade carnal amordaça e faz guerra contra a alma. Os genuínos
crentes experimentam a todo o momento as depressões que surgem na vida,
resultados de dar vazão à carne em qualquer aspecto do viver. Sinceros crentes
sabem bem o que significa tristeza, angústia e vontade carnal de descer, de
voltar ao Egito mundano. Mas para aqueles que em Cristo “...crucificaram a
carne...”, a liberdade é uma conquista após uma batalha.
Caro leitor, o poder da carne não se
rende facilmente. Os santos de Deus são chamados à guerra diariamente, a fim de
conquistar a supremacia do novo homem em Cristo. Qualquer compromisso com uma
vida fácil, sem temor, oração, meditação e santidade no viver, certamente
mostrará uma fé frágil que está ligada ao mundo e não ao céu. São muitos os
crentes modernos, cuja fé é feita de plástico, por isso não suporta o fogo das
provações. A nossa liberdade consiste em avançar e conquistar para nós o
território ocupado pelos inimigos que nos usaram no tempo da nossa
incredulidade.
Caro leitor, se nosso viver é
comprometido com o maligno sistema carnal deste mundo; se estivermos de mãos
dadas com a agenda deste século adúltero, fornicário, ímpio, sujo e maligno
deste mundo, certamente é de duvidar se houve o verdadeiro encontro com o
Salvador e Senhor um dia em nossas vidas. Fomos chamados à batalha e a cada dia
devemos conquistar a verdadeira liberdade no território da justiça, do amor, da
santidade e da retidão! Somos um povo diferente! Estamos neste mundo, mas
carregamos as insígnias celestiais que glorificam nosso Rei! Mostremos ao mundo
que somos diferentes; que somos livres, não para usar os membros do nosso corpo
para as práticas perversas contra nosso próximo.
Também ensinamos ao mundo que nossa
liberdade consiste em exibir os traços do novo homem em Cristo. Para isso a
carne é humilhada! Para isso os elementos antigos que tanto nos prendiam devem
ser amordaçados. Todo ramo de idolatria; todo amor às riquezas; todo palavreado
sujo e maligno que facilmente despejamos de nossos lábios, etc. Ora, todas
essas manifestações carnais que antes considerávamos nossos direitos, agora são
vistos pelos que “...são de Cristo...” como inimigos que devem ser postos fora
do nosso viver.
Posso afirmar também, que nossa liberdade
avança para ocupar a perfeita liberdade. Enquanto aqui estivermos veremos que
inimigos lutam contra nós. Habitamos ainda num corpo de humilhação, até que
sejamos envolvidos pelo corpo de glória. Nosso tesouro aqui está guardado num
cofre de barro (2 Coríntios 4:7). O Senhor aprouve fazer assim, para que Ele
mostrasse a excelência do Seu poder em nós. Habitamos numa tenda feita de
barro, mas foi nesse corpo mortal, escravo, que Deus aprouve mostrar ao mundo a
força do novo homem em Cristo! A alegria, o gozo, a felicidade e a riqueza
dessa liberdade não isentam os verdadeiros crentes das dores, tristezas,
desconforto e tentações enquanto aqui vivermos!
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