quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O SALÁRIO DO PECADO É A MORTE (3)




 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
         Caro leitor, convido-lhe a encarar comigo a extensão do trabalho da morte no império das trevas. O mundo moderno escarnece da verdade ao brincar com o pecado, achando que nada há de errado, crendo que a vida de paixões da carne deve ser aproveitada o melhor possível. A cultura moderna pensa que pode ser esperta e não sabe que age com loucura, ignorando a verdade bíblica a respeito das tristes conseqüências do pecado e da morte aqui e na eternidade.
         Na segunda meditação pude mostrar que quando a bíblia trata do salário do pecado refere-se à morte em toda extensão do seu macabro trabalho. Vimos que os homens no pecado estão mortos em relação a Deus, e que tudo neles funciona somente e tão somente para o pecado. No pecado o homem não possui a vida que há no Filho de Deus; no pecado possui apenas o que a bíblia chama de vida natural, ligada à natureza, nada podendo entender daquilo que pertence a Deus, ao Espírito de Deus e à Palavra revelada. E não importa se tem uma bíblia, se freqüenta uma igreja ou não, se faz caridade ou nada tem feito de bondade aos outros, a verdade é que se não possui a vida que há somente em Cristo, para Deus está morto, espiritualmente inerte como um defunto, entregue ao curso deste mundo (Efésios 2:2) e caminhando rumo à morte eterna. Cristo Jesus veio ao mundo para conceder vida aos mortos, e ele o faz por meio da mensagem do evangelho chamando pecadores da morte para a vida (João 5:24).
         A partir de agora procurarei entrar nas conseqüências imediatas do pecado, visto que o salário pago pelo pecado é sempre a morte, e para isso é necessário que o leitor tenha um sincero comprometimento com a verdade bíblica como ela é.  O que quero afirmar aqui é que sempre as conseqüências de qualquer ato pecaminoso é morte. Notemos bem o que o engano do pecado promove numa alma iludida pelos prazeres. A mentalidade é que a pessoa ao aproveitar a vida realmente está vivendo, que essa é a verdadeira vida, que esse é o sentido de vida a cada momento que obedece àquilo que a natureza pecaminosa quer. Porém, o fato é que o salário de todo ato pecaminoso, quer seja na mente, em palavras ou em atos não é mais amor, mais felicidade, mais honra e vida, sempre será a morte. A recompensa quem recebe é a morte para que ela mostre seu macabro trabalho por meio daquele instrumento usado pelo pecado.
         Notemos bem que há uma plena harmonia entre o pecado e a morte. A diferença no trabalho feito pelo pecado e pela morte é que o serviço do pecado é feito enganosamente e articulado com dolo, astúcia. O pecado encobre o veneno com um delicioso glacê do prazer; adorna o ego com flores da lisonja e acaricia a soberba. O pecado expõe um verdadeiro paraíso perante os olhos do pecador, sem que perceba que não passa de ilusão; deifica seu coração de arrogância e afasta da mente qualquer sentimento de ódio, juízo e punição contra a maldade praticada. Foi dessa maneira que o pecado conduziu Judas. Ele amou a riqueza e caminhou em busca disso. Ele não podia ver qualquer engano, qualquer perigo à frente, e após a traição recebeu aquilo que tanto esperava; suas mãos estavam abarrotadas com o peso das trinta moedas de prata. Sua alegria estava ali, afinal conquistou aquilo que tanto ambicionara; estavam ali os motivos de júbilo, regozijo e prazer; ali estava a paixão dos olhos, da carne e a soberba da vida (1 João 2:16).
         Entretanto, o serviço feito pela morte consiste em revelar a realidade, assoprando a vela acesa do pecado e mostrando o que fica. Tomemos Judas como exemplo. Imediatamente sua felicidade foi desfeita pelo remorso; imediatamente a aprisionou-o, mostrando toda corrupção, injustiça, perversidade e ganância. Essa leoa faminta chamada morte aprisionou-o com as algemas do medo, da covardia, da fuga e em fim lançou-o no abismo eterno.
        

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