segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O AMOR DE CRISTO PELA SUA NOIVA (7)




Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada ao seu amado? Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5-7).
DESCOBERTA PELO AMADO (continuação):
         Prezado amigo, Cristo veio ao mundo em busca dos perdidos. Obviamente nem todos estão perdidos; nem todos têm seus olhos espirituais abertos para enxergar a vacuidade desta vida, como estão sendo iludidos e tratados como escravos neste mundo. Aquele homem, conforme a narrativa de Lucas 18 foi a Cristo em busca de certeza de vida eterna. Queria ir para a morada eterna na Nova Jerusalém, queria estar com o pai Abraão na cidade santa. Mas nosso Senhor foi diretamente ao santuário oculto em seu coração. Por fora era visto como um autêntico religioso que procurava guardar todos os preceitos da lei de Moisés. Ele se justificava na religiosidade externa e veio perante o Mestre com essa fachada caiada. Mas toda sua casa religiosa desmoronou quando o Senhor invadiu o lugar onde ninguém havia entrado, para descobrir onde o pecado reinava e controlava toda mente, emoção e determinação de sua vida: “...Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me” (Lucas 18:22).
         Perante o Senhor estava uma alma contente no pecado, satisfeita com este céu terreno, jamais querendo que qualquer religioso chegasse para destruir o império construído no coração. Ele era feliz aqui, queria garantir um lugar no céu porque tinha dinheiro para assegurar que lá tivesse tudo quanto tinha aqui. O portão de acesso estava trancado, mas a penetrante luz da verdade  trouxe a lume toda sua idolatria, perversidade, e iniqüidade oculta. Seu amor às riquezas era o deus mamon escondido. Era preciso destruir esse inimigo oculto, demolir esse castelo de ilusão, porquanto ele jamais poderia servir a dois senhores. Onde o Rei da glória entra, o reino do pecado chega ao fim.
         Mas ali estava uma alma por quem Cristo não morreu. Ele jamais se viu perdido, jamais compreendeu sua triste condição de culpado e de um amaldiçoado perante a lei. Quando se deparou perante a glória de Cristo e sua humilhante condição; quando percebeu que toda sua religiosidade de nada valia, que toda sua estrutura externa era como papel, e que era muito humilhante seguir a Cristo e caminhar com o povo de Deus para o reino eterno, sua decisão era exatamente a decisão que se espera de uma alma que jamais viu seu estado de perdição. Ora, Cristo na posição de homem mostrou seu amor por aquele moço que dera as costas à Sua misericórdia, preferindo voltar e estender seus braços para seu ídolo – sua riqueza.
         Hoje vemos milhares que jamais entenderam sua condição de perdidos no pecado querendo um cristo que possa levar-lhes ao céu, porém sem qualquer mudança em suas vidas. Continuam com suas idolatrias, mentiras no coração contra Deus e amando ao mundo. Jamais conheceram arrependimento, nem conversão. Jamais receberam novo coração que teme a Deus e que se dispõe a caminhar rumo ao céu com obediência, santidade e temor.
         Ora, Cristo não veio buscar essas almas.  Ele foi preciso em dizer que veio buscar perdidos. Sua noiva amada, Seu povo escolhido foi achada no deserto deste mundo, errante ali, com intensa sede na alma, buscando o lar verdadeiro, sem amor, sem amparo, na escuridão sem rumo. Cristo veio buscar pecadores que clamam a Ele, que invocam Seu nome para serem salvos. Ele veio buscar pecadores que nada mais querem com este mundo enganador; almas que encaram o Cordeiro que foi morto no lugar deles tendo em vista libertá-los da destruição eterna. Essas almas têm seus olhos agora abertos e seus ouvidos apurados para escutar o doce “vinde a mim”!
        

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