“Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada ao
seu amado? Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua mãe com dores; ali
esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração,
como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é
cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor.
As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém
oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5-7).
DESCOBERTA PELO
AMADO (continuação):
Querido leitor, que lição preciosa temos
nesse verso: “Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada ao seu amado!”. Deus fez Israel atravessar o terrível
deserto por quarenta anos, a fim de mostrar Seu amor, cuidado, proteção e
provisão pelo Seu povo. Quando Ele chama a atenção de Israel por causa do seu
afastamento em busca de outros deuses, eis o que Ele diz: “Eu te conheci no deserto, em
terra muito seca”.
(Oséias 13:5). Que ingratidão daquele povo pelo seu Deus! Que prova triste do
orgulho do pecado, da disposição natural do homem em viver sem Deus neste
mundo! Que coragem para viver de forma atrevida, desafiando e provocando a Ira
de Deus!
Os crentes precisam saber de onde foram
tirados. A linguagem literal do Velho Testamento serve de analogia na
compreensão da linguagem do Novo Testamento. O que foi o deserto para Israel
naquela travessia do Egito para Canaã, assim é o mundo para os pecadores. Veja
o que diz o Espírito Santo em Colossenses 1:13: “Ele nos tirou do poder das
trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado”. Como essa analogia divina é
compreensível! Primeiramente, o mundo é o lugar da liderança de satanás, e o
que esse destruidor das almas faz com os homens? Como pai da mentira tudo o que
ele oferece é puramente ilusão. O brilho das vanglórias deste mundo funciona
como tição aceso. Ele transporta as multidões com promessas de riquezas, fama e
prazeres. Ele injeta paixão na carne; suas promessas de um mundo melhor e mais
paradisíaco funcionam como um fogo nas emoções e são encantadoras para as
mentes obscurecidas. Ele faz com que a loucura do pecado seja entendida como
perfeita sabedoria; ele faz com que o mundo seja mais desejável e o céu seja
desprezível para os corações enganados e enganosos. Em toda sua habilidade de
governar e administrar seu mundo de forma ordeira e organizada faz com que os
homens sintam certa atmosfera de paz e confiança. Há também nos corações
endurecidos um prazer pelo mundo, mesmo que tudo seja transformado em caos e
desespero. As multidões preferem cair perante os pés do príncipe das trevas do
que aceitar o padrão perfeito do reino de Deus.
Foi desse mundo enganador que os
crentes foram retirados. Quando a alma é descoberta e dos olhos espirituais são
retiradas as escamas, ela passa a ver que está iludida, aprisionada e
escravizada nas trevas. Ninguém consegue ver a realidade das coisas enquanto o
Oftalmologista espiritual não realizar a cura nos olhos da alma. O crente diz
pode realmente dizer: “...Eu
era cego, mas agora vejo”
(João 9:25).
Os crentes viviam iludidos neste mundo.
Ouça a história daqueles que foram salvos! Permita que o testemunho de cada um
deles ouvido! Ouça Paulo contar que na sua ignorância perseguia o povo de Deus!
Abraão fala alto quando afirma que encarava não suas riquezas adquiridas
durante seus anos de vida, mas sim a cidade celestial! Chegue perto do livro de
Êxodo e ouça o testemunho de Moisés, quando com ousadia resolveu desprezar a
pomposidade Egípcia, a fim de sofrer com o povo de Deus!
Os verdadeiros crentes olham com
semblante de fé e coragem para o horizonte de glória que lhes espera lá
adiante. A fé não percorre um caminho rumo ao nada, a fé é governada pela
verdade mostrada pelo Deus que não pode mentir! Nenhum deles volta para o mundo
amaldiçoado! Nenhum crente age como Demas que desprezou a companhia de Paulo
por ter amado o presente século.
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