“Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó
justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (verso 11)
A MANIFESTAÇÃO DA FELICIDADE
Caro
leitor, terminei a meditação anterior vendo no texto que aqueles que carregam a
verdadeira felicidade são chamados de justos e retos de coração.
Lembremos bem que Deus está exibindo ao mundo as poderosas manifestações da Sua
graça salvadora na vida de homens e mulheres. Os justos são aqueles que
foram a Cristo em contrição, quebrantamento e arrependimento, buscando no Filho
de Deus a salvação. Essas almas foram lavadas e purificadas pelo sangue da
cruz, foram aceitas por Deus, o Pai como pessoas agora sem qualquer culpa;
foram cobertas pela justiça perfeita do Filho de Deus. É essa verdade que vemos
em toda extensão das Escrituras e que é tratada por Paulo com excelência na
maravilhosa carta aos Romanos.
Enquanto
os justos mostram como foram aceitos por Deus, os retos de coração
mostram o resultado da justificação no viver. A justificação produz a
santificação. O evangelho moderno tenta mostrar o contrário: A santificação produz a justificação. Caro
leitor, fujamos desse tão perigoso ensino mobilizado pelo pai da mentira,
porque disfarçadamente revela ser terrível e traiçoeiro, porque é a perigosa
busca da salvação por obras. Encaremos o texto firmemente, porque desde o
início do Salmo 32 somos norteados a ver como Deus encaminha um homem salvo
para um viver correto. Tudo começa pela justificação: “Bem-aventurado aquele cuja
transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto” (verso 1). Nunca Deus
mostra um caminho diferente! Primeiro o pecador é humilhado com a verdade da
cruz; é levado a reconhecer sua culpa, seu castigo merecido e que o puro e
imaculado Cordeiro ocupou seu lugar ali. A fé na bendita e eterna provisão da
cruz traz descanso e paz à alma.
Voltando
ao verso 11, vemos que ali o Espírito de Deus mostra como funciona a felicidade
eterna e verdadeira. Primeiro apresenta as pessoas certas: “... os
justos...”, depois apresenta o modo de vida deles: “... retos
de coração”. Eis aí o que chamamos de causa e efeito. O que faz um
homem feliz? A causa da felicidade é que agora a pessoa foi feita justa, que
não há débito algum contra Deus, porquanto foi pela fé aceita por Deus mediante
a perfeita justiça de Cristo. Mas a alma justificada manifesta um viver
diferente, porque acontece que na salvação ocorre também a santificação. Que
preciosa verdade! Quando Deus salva o homem Ele também o santifica, enchendo
seu coração de temor a Ele, de ódio contra a iniquidade e amor pela retidão.
Então,
tendo essas verdades bem esclarecidas em nossas mentes partiremos no
entendimento de como é que a felicidade verdadeira funciona. Como ela é
realmente colocada em prática no viver e como é diametralmente oposta ao
conceito mundano de felicidade. Caro leitor, quero ser bem prático, porque se
você que lê esses comentários é uma pessoa que um dia foi justificado, então
você é feliz! É uma alma bem-aventurada! Você é alguém reto de coração! Veja
bem, não estou dizendo que você é perfeita e sem problemas no viver. A
felicidade do crente é uma luz em plena escuridão; é uma rocha firme em meio
aos abalos deste mundo; é uma manifestação de paz em meio às aflições de um
mundo ardiloso e cruel; é, enfim uma certeza absoluta de um andar seguro num
mundo que caminha sem rumo!
Amado
leitor creio que você pode perceber que em nada apresentei qualquer palavra
enganosa; nada disse que revelasse qualquer interesse noutra coisa, senão em
seu bem-estar eterno. Estou afirmando que a provisão da cruz está estendida
para pecadores arrependidos! que a água da vida jorra em abundância para aquele
que tem sede! Que o convite à salvação pode ser ouvido agora pela alma aflita e
desesperada em busca dessa segurança e paz achadas em Cristo! Ele é o Salvador
bendito! É Ele a provisão eterna de Deus para libertar o pecador da triste
condição de culpado e condenado!
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