“Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas
o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
Caro
leitor, prossigamos na busca de um entendimento mais profundo acerca da
condição do homem ímpio, porque no verso o Espírito de Deus afirma que o ímpio
há de curtir muito sofrimento. Se não entendermos a vida do ponto de vista da
Palavra de Deus, certamente a confusão do pecado ofuscará nossa mente e
viveremos impressionados com o sistema mundano de vida, achando que o viver dos
ímpios é a melhor filosofia de vida, que está acima daquilo que Deus apresenta
em Cristo. O Salmo 73 tem muito a nos ensinar acerca disso, a fim de mostrar
que, se o crente encarar a proposta mundana de vida ele há de enfraquecer na fé
e viver miseravelmente neste mundo. Ali o salmista viu que o ímpio vivia melhor
do que ele, pois tinha todo tipo de prosperidade, enquanto ele como um crente
estava enfrentando muitos problemas, justamente porque desviou seu olhar de fé
para seu Deus, a fim de contemplar o viver mundano e aparentemente feliz do
ímpio.
Sem
delongas quero esforçar-me em mostrar o que significa o sofrimento do ímpio
nesta vida, conforme vemos no texto: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”.
Veremos agora como o ímpio enfrenta o sofrimento durante seu viver terreno, o
que muitas vezes está encoberto aos nossos olhos. Creio que basta uma lembrança
de nossa vida no pecado para que recordemos como vivíamos na desgraça, achando
que habitávamos sob o teto da felicidade. Em primeiro lugar digo e afirmo que o
desconhecimento
das realidades espirituais traz miséria ao ímpio. Nosso Senhor
preveniu Seus discípulos acerca daquilo que eles enfrentariam enquanto
estivessem no mundo: “...No mundo tereis aflições.... Tomemos
essa declaração e ocupemo-nos com o viver de alguém que vive “...sem
Deus no mundo” (Efésios 2:12). A ausência do conhecimento de Deus, de
Sua soberania, seu reino glorioso no céu e na terra traz insegurança e terror
no viver. Por exemplo, há uma expectativa de terror quando Deus mexe com as
leis da natureza. O ímpio monta sua felicidade sobre a hipótese de que a vida
seguirá em sua normalidade. Para Coré, Datã e Abirão a vida era normal e que
nenhum sinal havia de juízo. Eles estavam sentindo segurança na rebelião
promovida contra Moisés e Arão, mas quando a terra fendeu debaixo de seus pés,
o terror veio de sobressalto contra eles e partiram em gritos para o abismo
(Números 16).
Caro
leitor, basta que Deus mexa um pouco, sacudindo a frágil estrutura do viver do
ímpio para que o terror apareça como um assaltante. Temos a chuva como um bem
precioso para nossa vida, mas bastou que Deus retirasse a chuva por três anos e
meio nos dias de Elias, para que abalasse o reinado do miserável e perverso
Acabe (1Reis 17). Mas, também as muitas águas chegam para trazer sofrimento e
morte aos homens, como temos visto a respeito de tantas tragédias ocorridas em
muitos lugares. Na incredulidade os homens pensam que não irão acontecer essas
coisas e quando acontecem eles não conseguem olhar para cima, a fim de saber
quem foi que suscitou tais calamidades (Isaías 22:11). Nenhuma catástrofe pode
humilhar e levar o homem no pecado a render glórias e graças ao Todo-Poderoso. Notemos
bem que as pragas no Egito abalaram Faraó depois que percebera que não havia
poder em suas mãos para detê-las. Mas, mesmo cercado pelas agruras que abalavam
seu reinado de escravidão, seu coração ficou detido pela dureza e ódio contra
Deus, até que o monarca desceu para o mar vermelho onde foi sepultado com seu
exército.
Não
posso encerrar meus argumentos em torno dessa verdade revelada sem, contudo
mostrar aos meus leitores que o caminho da felicidade está aberto. Por que
viver embalado no orgulho? Por que não humilhar-se e correr para Aquele que na
cruz conquistou maravilhosa e eterna redenção para almas condenadas? Meu amigo
invoque agora o Nome desse Salvador bendito! Clame agora enquanto Ele está
perto e pronto para salvar o perdido!
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