quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

meditações de Spurgeon



Melhor é o seu amor do que o vinho.” (Ct 1:2)

       NADA dá ao crente tanto gozo como a comunhão com Cristo. O crente goza, como os demais, das bênçãos comuns da vida; pode sentir alegria tanto nos dons como nas obras de Deus; mas em nenhuma dessas coisas separadamente, nem em todas elas reunidas, acha um deleite tão real como o que acha na incomparável pessoa do Seu Senhor Jesus.
       Tem Nele um vinho que nenhuma vinha do mundo poderia produzir, um pão que nem mesmo todos os trigais do Egito poderiam apresentar. Onde poderíamos achar a doçura que saboreamos na nossa comunhão com o nosso Amado? No nosso apreço os gozos da terra são só um pouco melhores do que a rabeira para porcos, se a compararmos com Jesus, o celestial maná. Queríamos antes ter um bocadinho do amor de Cristo e um sorvo da Sua comunhão do que um mundo inteiro cheio de prazeres carnais.
       Que valor tem o invólucro da espiga em comparação com o trigo? Que valor tem a brilhante massa empregada no fabrico de pedras preciosas artificiais em comparação com o diamante? O que é um sonho em comparação com a gloriosa realidade? Que valor tem o prazer temporário, no melhor dos casos, em comparação com o nosso Senhor Jesus, no Seu estado mais humilde?
       Se conheces algo da vida interior, terás de confessar que os prazeres mais sublimes, mais puros e mais duradouros são frutos da árvore da vida que está no meio do Paraíso de Deus. Nenhum manancial dá água tão doce como aquela fonte que a lança do soldado produziu. Toda a felicidade terrestre é da Terra, porém os consolos da presença de Cristo são como Ele mesmo, celestiais. Podemos passar revista à nossa comunhão com Jesus e não acharemos nela sentimentos de vacuidade; neste vinho não há sedimentos; não há moscas mortas no seu unguento.      O gozo no Senhor é real e permanente. A vaidade não pôs os seus olhos sobre ele, mas a discrição e a prudência atestam que este gozo suporta a prova dos anos, e, tanto no tempo como na eternidade, merece ser chamado “o único gozo verdadeiro.” Para nutrição, consolação, alegria, e refrigério, nenhum vinho pode rivalizar com o amor de Jesus. Vamos bebê-lo esta noite até à saciedade.


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