domingo, 6 de janeiro de 2013

meditações de Spurgeon



E viu Deus que era boa a luz.” (Gênesis 1:4)



       ESTA manhã, notamos a excelência da luz e a divisão que o Senhor fez entre ela e as trevas. Observemos agora como o Senhor olha a luz. “E viu Deus que era boa a luz.” Ele olhou-a com satisfação, contemplou-a com prazer, “viu que era boa.” Se o Senhor te deu luz, querido leitor, Ele olha para essa luz com particular interesse, pois não só a quer por ser obra das Suas mãos, mas também porque é semelhante a Ele, porque “Ele é a luz.”
       Para o crente é um prazer saber que Deus observa com tanto carinho a obra de graça que Ele começou. Ele nunca perde de vista o tesouro que colocou nos nossos vasos de barro. Algumas vezes nós não podemos ver a luz, mas Deus sempre a vê; e é muito melhor que seja assim. É melhor que o juiz veja a minha inocência e não que eu pense que a vejo. É para mim muito agradável saber que sou um componente do povo de Deus; mas, ainda que eu o soubesse, contanto que o Senhor o saiba, estou fora de perigo. Este é o fundamento: “O Senhor conhece os que são seus.”   Tu, talvez, estejas soluçando e gemendo por causa do pecado inato, e, possivelmente, estejas chorando nas tuas trevas, mas, contudo, o Senhor vê “luz” no teu coração, pois Ele a pôs ali, e todas as escuridões e trevas da tua alma não podem ocultar a tua luz dos Seus misericordiosos olhos.
       Talvez estejas afundado profundamente no desalento e até no desespero, mas se a tua alma deseja Cristo e procura descansar na Sua consumada obra, Deus vê a “luz.” Ele não só a vê, mas Ele também a preserva em ti. “Eu, o Senhor, a guardo.” Estas palavras constituem um valioso estímulo para os que, depois de ansiosa vigilância e cuidado de si mesmos, sentem a sua impotência para conservar essa luz. A luz, assim preservada pela Sua graça, um dia será transformada por Ele no esplendor do meio-dia e na plenitude de glória. A luz que está no coração assinala a aurora do eterno dia.

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