“Continua a tua benignidade aos que te
conhecem, e a tua justiça aos retos de coração. Não venha sobre mim o pé da
soberba, e não me mova a mão dos ímpios. Ali caídos estão os que praticavam a
iniqüidade; estão derrubados, e não se podem levantar” (Salmo 36:10-12)
A VIDA FIRMADA NA MISERICÓRDIA (continuação):
Prezado
leitor, que a preciosa graça nos acompanhe na compreensão desse maravilhoso
salmo, especialmente na sua parte final. Pela confissão de fé do salmista vemos
o que os verdadeiros santos de Deus enfrenta neste mundo vil. Por outro lado
vemos a postura firme e decidida da fé cristã. É dito a respeito de Abel que
mesmo “...depois de morto, ainda fala” (Hebreus 11:4). Ninguém pode apagar o
que Deus faz na vida do pecador que é salvo, porque as ovelhas de Cristo ouvem
a Sua voz. O mundo apaga a falsa fé, a qual arrebenta facilmente como barbante.
Mas a fé que pertence aos eleitos é feita do aço celestial, a fim de suportar
todo peso da verdade. Às vezes parece que toda opressão mundana consegue
sepultar a genuína fé; parece que o a luz celestial que brilha no coração
santificado foi apagada, porém não passa de ilusão, porquanto a fé ressurge no
meio das cinzas deste mundo maligno para confessar que a conquista de Cristo na
cruz é triunfante sobre tudo e sobre todos. As nuvens negras da perseguição
mundana não apagam o sol da justiça que brilha acima dessas nuvens; as muitas
águas das perturbações não afugentam aquele, cuja vida cristã está edificada
sobre a Rocha dos séculos.
Amigo leitor vamos agora para o final
da nossa abordagem sobre esse tão rico e precioso salmo. Conheçamos agora o juízo de Deus contra a arrogância e prepotência dos inimigos: “Tombaram os
obreiros da iniqüidade; estão derruídos e já não podem levantar-se” (11,12). A
primeira lição que desponta perante nossos olhos é que os homens no pecado
estão à serviço do próprio pecado, pois são chamados de: “...obreiros da iniqüidade...”. É impressionante como os homens no pecado pensam
que são livres! Acham que desfrutam da verdadeira e completa liberdade, crêem
que possuem livre-arbítrio e que até mesmo Deus respeita essa liberdade deles.
Ora, foi essa a mentalidade dos judeus como vemos no cap. 8 de João. Eles viam
a liberdade do ponto de vista externo da vida, mas desconheciam a escravidão na
continuamente serviam ao pecado. Nosso Senhor tirou todo falso conforto deles
quando disse: “...Em
verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do
pecado” (João 8:34). Aparentemente eles eram religiosos, piedosos, tementes a
Deus, mas não passava de aparência, porquanto suas atitudes lutando contra a
verdade revelavam que eram dominados pela maldade, por isso ousavam pegar
pedras para apedrejarem o Filho de Deus.
Amigo leitor, não é exatamente essa a
condição na qual vivem os homens mundanos? Deslizam no caminho de suas práticas
pervertidas, são como objetos levados pela correnteza forte e impetuosa do
pecado. Todos os seus dias, talentos, dinheiro, força, emoções e vontade são utilizados
para seus vícios, paixões, perversidades ocultas do coração, caminhos tortuosos
e mentiras. A própria facilidade de transitar pecaminosamente pelo caminho
largo dá impressão que há liberdade e bem-estar no viver. Quão enganoso é o
coração! São levados na escuridão da ignorância espiritual e milhares percebem
tardiamente a triste condição na qual viveram nesta vida corrompida e
passageira. O governador Félix ficou espavorido e procurou fugir quando ficou
sabendo por meio de Paulo, acerca de sua vida tortuosa e do juízo vindouro para
o qual estava caminhando (Atos 24:25).
Prezado leitor, em qual caminho você
transita nesta vida? Suas obras revelam em que caminho está, se há no coração o
temor ao Senhor, ou prossegue na felicidade ilusória da carne. Cristo Jesus
veio ao mundo libertar pecadores do cativeiro onde estão presos.
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