domingo, 6 de janeiro de 2013

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (49)




 “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça aos retos de coração. Não venha sobre mim o pé da soberba, e não me mova a mão dos ímpios. Ali caídos estão os que praticavam a iniqüidade; estão derrubados, e não se podem levantar” (Salmo 36:10-12)
A VIDA FIRMADA NA MISERICÓRDIA (continuação):
         Prezado leitor, que a preciosa graça nos acompanhe na compreensão desse maravilhoso salmo, especialmente na sua parte final. Pela confissão de fé do salmista vemos o que os verdadeiros santos de Deus enfrenta neste mundo vil. Por outro lado vemos a postura firme e decidida da fé cristã. É dito a respeito de Abel que mesmo “...depois de morto, ainda fala” (Hebreus 11:4). Ninguém pode apagar o que Deus faz na vida do pecador que é salvo, porque as ovelhas de Cristo ouvem a Sua voz. O mundo apaga a falsa fé, a qual arrebenta facilmente como barbante. Mas a fé que pertence aos eleitos é feita do aço celestial, a fim de suportar todo peso da verdade. Às vezes parece que toda opressão mundana consegue sepultar a genuína fé; parece que o a luz celestial que brilha no coração santificado foi apagada, porém não passa de ilusão, porquanto a fé ressurge no meio das cinzas deste mundo maligno para confessar que a conquista de Cristo na cruz é triunfante sobre tudo e sobre todos. As nuvens negras da perseguição mundana não apagam o sol da justiça que brilha acima dessas nuvens; as muitas águas das perturbações não afugentam aquele, cuja vida cristã está edificada sobre a Rocha dos séculos.
         Amigo leitor vamos agora para o final da nossa abordagem sobre esse tão rico e precioso salmo. Conheçamos agora o juízo de Deus contra a arrogância e prepotência dos inimigos: “Tombaram os obreiros da iniqüidade; estão derruídos e já não podem levantar-se” (11,12). A primeira lição que desponta perante nossos olhos é que os homens no pecado estão à serviço do próprio pecado, pois são chamados de: “...obreiros da iniqüidade...”. É impressionante como os homens no pecado pensam que são livres! Acham que desfrutam da verdadeira e completa liberdade, crêem que possuem livre-arbítrio e que até mesmo Deus respeita essa liberdade deles. Ora, foi essa a mentalidade dos judeus como vemos no cap. 8 de João. Eles viam a liberdade do ponto de vista externo da vida, mas desconheciam a escravidão na continuamente serviam ao pecado. Nosso Senhor tirou todo falso conforto deles quando disse: “...Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34). Aparentemente eles eram religiosos, piedosos, tementes a Deus, mas não passava de aparência, porquanto suas atitudes lutando contra a verdade revelavam que eram dominados pela maldade, por isso ousavam pegar pedras para apedrejarem o Filho de Deus.
         Amigo leitor, não é exatamente essa a condição na qual vivem os homens mundanos? Deslizam no caminho de suas práticas pervertidas, são como objetos levados pela correnteza forte e impetuosa do pecado. Todos os seus dias, talentos, dinheiro, força, emoções e vontade são utilizados para seus vícios, paixões, perversidades ocultas do coração, caminhos tortuosos e mentiras. A própria facilidade de transitar pecaminosamente pelo caminho largo dá impressão que há liberdade e bem-estar no viver. Quão enganoso é o coração! São levados na escuridão da ignorância espiritual e milhares percebem tardiamente a triste condição na qual viveram nesta vida corrompida e passageira. O governador Félix ficou espavorido e procurou fugir quando ficou sabendo por meio de Paulo, acerca de sua vida tortuosa e do juízo vindouro para o qual estava caminhando (Atos 24:25).
         Prezado leitor, em qual caminho você transita nesta vida? Suas obras revelam em que caminho está, se há no coração o temor ao Senhor, ou prossegue na felicidade ilusória da carne. Cristo Jesus veio ao mundo libertar pecadores do cativeiro onde estão presos.

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