“Continua a tua benignidade aos que te
conhecem, e a tua justiça aos retos de coração. Não venha sobre mim o pé da soberba, e não
me mova a mão dos ímpios. Ali caídos estão os que praticavam a iniqüidade; estão
derrubados, e não se podem levantar” (Salmo 36:10-12)
A VIDA FIRMADA NA MISERICÓRDIA (continuação):
Caro leitor, a frase: “... Nem me repila a mão dos ímpios”, mostra a persistência da fé ante a
hostilidade do mundo. Incrível, mas é a verdade quanto ao que nosso Senhor
afirmara aos Seus discípulos: “Se o mundo vos odeia,
sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (João 15:18). A conversão a
Cristo marca o início de uma jornada diferente na vida de uma pessoa, porquanto
seu curso não é mais o curso normal deste mundo (Efésios 2:2); sua mentalidade
não está mais encravada aqui, seguindo o padrão daquilo que está abaixo do sol;
seu reino é o reino eterno e sua pátria é a celestial (Filipenses 3:20). Há nos
corações mundanos uma manifesta hostilidade contra o Senhor Jesus. O ódio deste
mundo contra o Rei da Glória jamais se apagou, e é agora voltado contra os santos
de Deus, simplesmente porque os santos representam a perfeita justiça do Senhor
Jesus aqui na terra: “da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis
mais” (João 16:11).
Qual
a razão que os verdadeiros santos de Deus sofrem oposição nesta vida? Por que
agora parentes, amigos, colegas e outros passam a odiá-los? Por que eles
avançam contra a fé cristã, zombando e tentando derrubar os fiéis? Ora, nosso
Senhor responde para nós em Mateus 5:10: “Bem-aventurados os que são
perseguidos por causa da justiça...”. Observemos bem, que não há perseguição
por causa de igreja, ou mesmo qualquer outra motivação banal, mas sim por causa
da justiça. Pedro reitera isso em sua primeira carta quando adverte os crentes
acerca dos perigos que podem enfrentar na peregrinação por este mundo: “Mas também, se padecerdes por
amor da justiça, bem-aventurados sereis; e não temais as suas ameaças, nem vos
turbeis” (1Pedro 3:14). Notemos bem que o salmista cheio da fé cristã e tomado
no coração pela gratidão, decididamente enfrenta a algoz oposição: “...Nem me repila a mão
dos ímpios”.
Prezado leitor, meditemos nessas
verdades, especialmente porque estamos hoje cercados por um evangelho que
parece ser verdadeiro, porém, sob o exame criterioso da bíblia veremos que não
passa de ser outro evangelho. É um evangelho emplacado pelo mundo, aprovado por
corações rebeldes contra a verdade, e tem a assinatura do ecumenismo. O
evangelho da glória de Cristo revela que há uma mordaz batalha das trevas
contra a luz e quem agora pertence ao Senhor experimenta isso no viver diário.
Já mencionei a respeito de Saulo de Tarso após sua conversão, imediatamente
todo mundo religioso, que antes estava a seu favor, agora volta
determinantemente contra ele.
Amigo leitor, quando Deus salva o
pecador é implantada nele a perfeita justiça de Cristo (Romanos 5:1), e o mundo
não admite outra justiça, a não ser a justiça mundana. O mundo não aceita a
perfeição do glorioso Filho de Deus; o mundo afirma que a sua religião, sua
moralidade, sua fraternidade, etc. são melhores. Para o mundo Jesus foi
crucificado e pronto, acabou ali, não pode admitir que Ele esteja vivo. Tal
fato é um terror para o mundo e o mundo presencia o viver de Cristo nas vidas
daqueles são salvos, e por essa razão haverá uma manifestação de ódio mortal da
incredulidade contra os santos de Deus. O mundo não pode admitir ninguém
andando convicto para o céu; para o mundo não pode haver ninguém andando na
luz, na plena certeza de salvação, do perdão, da reconciliação e da paz com
Deus. O mundo odeia isso e vai dizer: “Pare aí! Não aceitamos isso!”.
Amigo leitor, se você é salvo não há
dúvida que você tem passado por duras experiências em seu andar por este mundo.
A fé genuína não se curva, não volta atrás, não se submete aos caprichos da
incredulidade. A genuína fé é firme e decidida em dizer: “Nem me repila a mão
dos ímpios!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário