sábado, 5 de janeiro de 2013

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (48)




 “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça aos retos de coração.    Não venha sobre mim o pé da soberba, e não me mova a mão dos ímpios. Ali caídos estão os que praticavam a iniqüidade; estão derrubados, e não se podem levantar” (Salmo 36:10-12)
A VIDA FIRMADA NA MISERICÓRDIA (continuação):
         Caro leitor, a frase: “... Nem me repila a mão dos ímpios”, mostra a persistência da fé ante a hostilidade do mundo. Incrível, mas é a verdade quanto ao que nosso Senhor afirmara aos Seus discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (João 15:18). A conversão a Cristo marca o início de uma jornada diferente na vida de uma pessoa, porquanto seu curso não é mais o curso normal deste mundo (Efésios 2:2); sua mentalidade não está mais encravada aqui, seguindo o padrão daquilo que está abaixo do sol; seu reino é o reino eterno e sua pátria é a celestial (Filipenses 3:20). Há nos corações mundanos uma manifesta hostilidade contra o Senhor Jesus. O ódio deste mundo contra o Rei da Glória jamais se apagou, e é agora voltado contra os santos de Deus, simplesmente porque os santos representam a perfeita justiça do Senhor Jesus aqui na terra: “da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais” (João 16:11).
         Qual a razão que os verdadeiros santos de Deus sofrem oposição nesta vida? Por que agora parentes, amigos, colegas e outros passam a odiá-los? Por que eles avançam contra a fé cristã, zombando e tentando derrubar os fiéis? Ora, nosso Senhor responde para nós em Mateus 5:10: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça...”. Observemos bem, que não há perseguição por causa de igreja, ou mesmo qualquer outra motivação banal, mas sim por causa da justiça. Pedro reitera isso em sua primeira carta quando adverte os crentes acerca dos perigos que podem enfrentar na peregrinação por este mundo: “Mas também, se padecerdes por amor da justiça, bem-aventurados sereis; e não temais as suas ameaças, nem vos turbeis” (1Pedro 3:14). Notemos bem que o salmista cheio da fé cristã e tomado no coração pela gratidão, decididamente enfrenta a algoz oposição: “...Nem me repila a mão dos ímpios”.
         Prezado leitor, meditemos nessas verdades, especialmente porque estamos hoje cercados por um evangelho que parece ser verdadeiro, porém, sob o exame criterioso da bíblia veremos que não passa de ser outro evangelho. É um evangelho emplacado pelo mundo, aprovado por corações rebeldes contra a verdade, e tem a assinatura do ecumenismo. O evangelho da glória de Cristo revela que há uma mordaz batalha das trevas contra a luz e quem agora pertence ao Senhor experimenta isso no viver diário. Já mencionei a respeito de Saulo de Tarso após sua conversão, imediatamente todo mundo religioso, que antes estava a seu favor, agora volta determinantemente contra ele.
         Amigo leitor, quando Deus salva o pecador é implantada nele a perfeita justiça de Cristo (Romanos 5:1), e o mundo não admite outra justiça, a não ser a justiça mundana. O mundo não aceita a perfeição do glorioso Filho de Deus; o mundo afirma que a sua religião, sua moralidade, sua fraternidade, etc. são melhores. Para o mundo Jesus foi crucificado e pronto, acabou ali, não pode admitir que Ele esteja vivo. Tal fato é um terror para o mundo e o mundo presencia o viver de Cristo nas vidas daqueles são salvos, e por essa razão haverá uma manifestação de ódio mortal da incredulidade contra os santos de Deus. O mundo não pode admitir ninguém andando convicto para o céu; para o mundo não pode haver ninguém andando na luz, na plena certeza de salvação, do perdão, da reconciliação e da paz com Deus. O mundo odeia isso e vai dizer: “Pare aí! Não aceitamos isso!”.
         Amigo leitor, se você é salvo não há dúvida que você tem passado por duras experiências em seu andar por este mundo. A fé genuína não se curva, não volta atrás, não se submete aos caprichos da incredulidade. A genuína fé é firme e decidida em dizer: “Nem me repila a mão dos ímpios!” 

Nenhum comentário: