quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A VERDADEIRA FELICIDADE (8)




 Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” Salmo 32: 3,4.
A CAUSA DA INFELICIDADE
         Já pudemos ver nos dois primeiros versos deste Salmo o que considero ser o fundamento de uma vida feliz. Nenhuma alma pode ser bem-aventurada se não obteve mediante o sangue do Filho de Deus, perdão e purificação dos seus pecados, sendo assim cancelada sua culpa e débito perante Deus e sendo justificado. Toda tentativa em prosseguir é inútil; toda felicidade sem essa estrutura eterna debaixo dos pés não passa de ser algo extremamente perigoso para a alma. Se já houve o encontro com o Bendito Salvador mediante sincera confissão de fé que se estriba na autoridade da Palavra de Deus, pode estar certo que é uma pessoa feliz. Tal fato está registrado no coração; a verdade está gravada no íntimo e dali ninguém pode arrancá-la; a paz de Deus perdurará para sempre independente das circunstâncias, porquanto sua fé está firmada naquele que não pode mentir.
         Vamos passar para os versos 3 e 4, porquanto o Espírito Santo nos mostra a gravidade do pecado não confessado. Até mesmo os chamados evangélicos têm ignorado isso. Há, deveras, muita brincadeira com o pecado em nossos dias trazendo a ausência de temor a Deus, o temor reverente, subordinado à Sua Palavra escrita. O mundo agora grita ao nosso derredor afirmando que não há nenhum problema com respeito ao pecado. Fabricaram um deus agradável à natureza adâmica e fazem cultos ao redor da “fogueira santa”; conseguiram misturar iniqüidade com ajuntamento solene para cultuar a esse deus. Mas a verdade imutável é que pecado continua sendo pecado, assim como veneno será sempre veneno, e suas conseqüências são funestas em todos os aspectos do viver. A Palavra de Deus denuncia o pecado, xinga o pecado, publica seus terrores, manifesta sua enganosidade, expõe suas diversas manifestações monstruosas, adverte a respeito de suas conseqüências eternas e anuncia que o Senhor Jesus é Glorioso e triunfante contra todo poder daquilo que tem sido o ópio da raça humana e de toda criação.
         Prosseguindo, podemos afirmar a respeito da Ira de Deus contra o pecado. Enquanto qualquer tipo de pecado permanece perante a vista do Santíssimo, certamente Seu ódio será manifestado. Um viver debaixo do pecado é estar debaixo da Ira de Deus. Como o homem pode viver como inimigo de Deus? Viver no pecado é miséria aqui; morrer no pecado é miséria eterna. Não há segurança alguma no pecado; nada há que possa cobrir o pecado, nem oração, nem atividade religiosa, nem qualquer obra feita, mesmo com extremo sacrifício; tudo que parece ser felicidade no pecado é uma armadilha oculta; divertir-se no pecado é fazer aliança com a morte e com o além, tendo a mentira e a falsidade como esconderijos (Isaías 28:15).
         Os versos 3 e 4 do Salmo 32 mostram o perigo que envolve a alma que ignora tal verdade. Que o Senhor venha despertar aquele que agora dorme o perigoso sono da alma! Às vezes uma “alfinetada” de Deus faz uma pessoa ser acordada espiritualmente. O Deus de toda misericórdia faz isso através de circunstâncias difíceis na vida a fim de levar pessoas para conhecê-Lo através da Sua revelação escrita. Ele sabe como abrir os ouvidos daqueles que estão surdos, a fim de escutar a doce mensagem do evangelho.
         Meu amigo, talvez você esteja achando que “duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6:60). Mas eu venho lembrar-lhe que o evangelho bíblico é a boa nova do céu. Como a mensagem vinda do Amor Gracioso de Deus será Boa Nova para você sem que antes saiba a respeito dos terrores e armadilhas que envolvem sua alma? Volte agora seus olhos para os dois primeiros versos do Salmo 32. Eles vão lembrar-lhe que o homem bem-aventurado é aquele, “cujas iniqüidades foram perdoadas, e cujo pecado foi coberto”.



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