quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A RUÍNA DA GLÓRIA HUMANA (15)




Por isso, ele fez que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror” (Salmo 78:33).
ANOS CONSUMIDOS NA ANGÚSTIA:
         Amigo leitor voltemos ao texto lido com nossos corações cheios de temor ao Senhor; com atitudes de verdadeiros discípulos, quedados aos pés do Mestre, a fim de aprender Suas lições de sabedoria e de discernimento. Acredito que boa parte dos crentes ainda não entendeu o que significa o engano do coração, nem tampouco compreendeu os ardis do diabo, como ele se posiciona como anjo de luz a fim de iludir os incautos.
         Já passamos pela primeira parte aonde vimos a maneira como Deus em Sua Ira santa e justa atendeu os anseios carnais daquele povo rebelde e ingrato; como Deus encheu a mesa deles das iguarias egípcias, mas em meio a todo esse conforto da carne, eles foram envolvidos e dominados pela vaidade. Noutras palavras perderam o senso dos verdadeiros valores ao ignorar e rebelar-se contra o caminho disciplinador de Deus. Simplesmente trocaram a sabedoria de Deus pelos prazeres transitórios; simplesmente chutaram para longe os caminhos da verdadeira felicidade em andar com Deus e aprender de Deus, a fim de terem o prazer naquilo que é só momentâneo.
         Mas o verso amplia ainda mais os castigos de Deus. Quão aterrorizante é para os homens quando recebem os açoites da Ira do Senhor! Era tão simples e fácil para a fé aquiescer-se nos braços portentosos do grande Senhor! Por que correr em busca das vaidades? Por que não agir como criança temerosa, atirada nos braços de um pai amoroso? Em tudo Deus provou um amor inaudito por aquele povo desde a saída do Egito; conduziu aquele povo com portentosos sinais e maravilhas pelo deserto, e que em meio àquele ambiente inóspito jamais deixou de cuidar, proteger e prover suas necessidades físicas.
         Sem qualquer sombra de dúvidas esse histórico de Israel vem mostrar que o Deus imutável tem agido e está agindo da mesma maneira em nossos dias. Vemos homens e mulheres tentando desbravar o caminho que leva até aos tesouros mundanos; querem persuadir Deus a mostrar-lhes o caminho das riquezas terrenas, da famosa prosperidade e nem sequer imaginam que o esperto príncipe deste mundo está atendendo seus apelos. Não se aperceberam que toda essa euforia e aparência de felicidade não passam de banalidade; é fogo que apaga cada dia e que precisam buscar um candeeiro aceso por este e aquele mercenário cheio de avareza e de torpe ganância.
         Mas as conseqüências diárias da vaidade acabam em angústias pelos anos. Muitos acham que a punição divina sobre os rebeldes acontece somente com a imediata morte. Porém, a ira de Deus não chega apenas no vagão da morte. Realmente é triste a morte no pecado! O Senhor não tem prazer nessa morte! Mas digo com todo respaldo bíblico que viver neste mundo debaixo do teto da Ira de Deus, não há dúvida que é algo terrível. Quando vivemos experimentando nossos dias na vaidade daquilo que nada tem de bênção, de sabedoria e das riquezas do conhecimento de Deus, certamente esses dias são transformados em anos de angústia.
         E é exatamente isso o que a segunda frase do verso quer nos ensinar: “...e consumiu seus anos na angústia”. Amigo leitor pegue a quantia de dias na vaidade, somando todos os 366 dias de vaidade e eis que eles são transformados em angústia. Quer buscar a razão de viver nas riquezas, nos prazeres, na fama, na saúde e noutras coisas semelhantes? Aquilo que o homem quer ele vai obter. Judas finalmente obteve o que tanto buscou, mas viu o final de sua vida moído em desespero. Oh, que bênção é quando a alma pode pisar sobre toda vaidade da vida e olhar para o Senhor crucificado! Contemplar aquele que na cruz ocupou seu lugar, e poder clamar ao Senhor pela sua salvação!

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