quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A RUÍNA DA GLÓRIA HUMANA (14)




Por isso, ele fez que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror” (Salmo 78:33).
DIAS DISSIPADOS NA VAIDADE. A suficiência de Cristo
         Caro leitor tenho procurado mostrar o quanto Cristo satisfaz a alma do salvo. A mensagem do evangelho leva o pecador conhecer a glória do Filho de Deus, retira a penalidade do pecado, transforma o coração e impulsiona o homem a andar rumo à glória eterna.
         Voltemos ao texto que deixei pendurado na meditação anterior: “...Cristo em vós, esperança da glória”. Terminei aquela meditação dizendo que a presença de Cristo no salvo proporciona, não a esperança de um mundo melhor; não esperança de riquezas e ambições passageiras; não esperança dessa alegria vulgar, tão ambicionado pela multidão incrédula. O que acontece quando uma alma é salva? O que acontece quando Cristo passa a habitar no crente pelo Espírito Santo? Veja como Paulo responde no texto em de Colossenses 1:27? “...Cristo em vós, a esperança da glória”!. Que verdade sublime, que deve ser buscada com prazer! Foi isso que fascinou os crentes de Colossos. Eles serviam ao Senhor “...por causa da esperança reservada nos céus! (1:5).
         A mensagem moderna propagada pelos falsos mestres não traz o peso da glória de Cristo, mas sim o peso da vaidade, das conquistas mundanas. Não eleva a alma a respirar a atmosfera gloriosa e santa da Nova Jerusalém, pelo contrário, ela cerca o homem da atmosfera terrena e faz os olhos carnais estarem fixos nas promessas de um viver que se amarra aos gostos da carne.
         Então, notemos bem que o evangelho transforma o coração e realiza grande mudança não somente na maneira de pensar do homem como também no caminho pelo qual ele passa a andar. A alma salva passa a ver este mundo como um lugar de peregrinação e passa a viver como um forasteiro aqui. A alma salva mira a glória eterna, fascina-se pelas riquezas eternas. É claro que aqui precisa trabalhar para viver e cuidar normalmente dos seus negócios; muitos santos são abençoados com riquezas materiais, como Abraão, mas seus corações não estão grudados nessas miragens que duram tão pouco tempo. Muitos santos sofrem com pobreza e dificuldades, mas todos igualmente prosseguem rumo ao lar eterno. A riqueza deles está lá no alto; almejam a ressurreição de seus corpos, porque sabem que tomarão posse do corpo glorificado semelhante ao de Cristo.
         Prossigo em afirmar que a esperança da glória fascina a alma justificada e santificada. Porque está firmada na salvação bendita e nas promessas preciosas que virão na eternidade, o crente procura viver em santidade de vida: “E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro(1João 3:3). Então, o que vemos nos atos do povo de Deus é que esse povo prossegue caminha firmemente para a perfeição que há de vir. As coisas transitórias são pesos para a jornada, assim caminham na liberdade de Cristo; prosseguem na liderança do Capitão da salvação. Muitos encontram dificuldades na jornada; muitos sofrem na caminhada; muitos enfrentam tremendas provas, mas jamais voltam atrás. O Senhor conduz suas ovelhas; o Senhor carrega no colo seus cordeirinhos e é o Senhor que atende o clamor individual deles e que na hora da morte o livra, glorifica e o sacia com a eternidade (Salmo 91:15,16).
         Meu amigo, concluo minha abordagem tão superficial sobre a frase: “...dias dissipados na vaidade...”. Minha expectativa é que a verdade tenha penetrado em seu coração; que o pleno discernimento alcançou seu entendimento para saber em que situação você se encontra num mundo religiosamente tão perigoso e cheio de armadilhas colocadas ao longo do caminho.

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