sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A MENSAGEM DO CÉU (23)




Fiel é a Palavra e digna de inteira aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).
         Prezado leitor estou encerrando os comentários em torno desse tema tão precioso. Espero no Senhor que o firme fundamento tenha sido visto pelos meus leitores, pois os santos de Deus precisam estruturar suas vidas no alicerce sólido e inabalável do evangelho. Precisamos ser cautelosos, porque nenhum material estranho pode entrar nessa construção bendita. Tudo é feito do ouro celestial, caso contrário a casa desabará ante as tempestades deste mundo.
         Estamos contemplando o que Paulo disse em tom de confissão no final do verso: “...dos quais eu sou o principal”. Gostaria de avançar um pouco mais na tentativa de explicar essa verdade, antes de encerrar. Paulo está mostrando nessa declaração aquilo que o mundo e os homens jamais poderão fazer. O mecanismo religioso deste mundo trabalha sempre tendo como base a justiça própria e os homens jamais hão de aceitar esse alicerce firme e inabalável que sustenta os salvos. O leitor lembra de Caim e Abel (Gênesis 4). O relato bíblico a respeito daqueles dois irmãos vem para mostrar a diferença entre a religião mundana e a religião verdadeira. A primeira segue sempre a mesma rota – o caminho da justiça própria. A segunda submete-se humildemente ao caminho de Deus. Uma desce rumo ao juízo, a outra segue firme e decidida para o céu.
         Então, caro leitor, Paulo mostra em sua vida aquilo que somente o evangelho celestial pode produzir. A salvação de pecadores é obra de Deus e não dos homens, pois ao Senhor pertence a salvação (Jonas 2:9). Com esperteza e com psicologia podemos introduzir pessoas na igreja; podemos batizar milhares e até mesmo marcar em seus corações uma suposta certeza de salvação. Mas fica bem estabelecido o fato que é Deus quem opera o novo nascimento e, com efeito, um novo homem, criado em justiça e retidão. O evangelho puro e santo é suficiente nele mesmo para fazer com que um Saulo de Tarso tombe no pó e seja erguido um Paulo com um novo coração e com uma real mensagem em seus lábios.
         Ah! Quão inútil é a confiança na vontade e no poder de decisão do homem! Deixado entregue a si mesmo, Zaqueu continuaria sua jornada de malícia e de roubos; o ladrão na cruz seguiria bem decidido para o inferno, juntamente com seu colega de infortúnios. Podemos mostrar com clareza para o ímpio o caminho maravilhoso para o paraíso eterno, mas é certo que ele irá zombar e recusar, assim como um porco recusa a limpeza e prefere a lama.  
         Caro leitor, noutras palavras Paulo está mostrando no verso que não temos para onde apelar, senão exclusivamente para o coração compassivo e rico em misericórdia desse grande Deus. Não, não há outro meio! Se desviarmos dessa verdade que nos foi revelada, o Senhor nos abandonará, a fim de que colhamos resultados desastrosos. Satanás é hábil em enviar pessoas supostamente convertidas para as igrejas. Se abrirmos estradas belas e agradáveis à natureza; se pintarmos o caminho largo de vivas cores de versos bíblicos, os ímpios e mundanos vão querer andar por essas vias e terão seus corações encharcados da falsa paz que vem do mundo e do pecado.
         A mensagem do evangelho não expõe um Deus que é o paizão de todos; não liga as luzes para os festejos da carne com trajes evangélicos. A mensagem do evangelho mostra um Deus cheio de compaixão! A mensagem do evangelho proclama um Deus que é Santo, que odeia o pecado e que declara a culpa de cada ser humano. O evangelho proclama que Ele enviou Seu Unigênito ao mundo e que ali na cruz derramou Sua fúria contra o Seu Filho, a fim de que pecadores pudessem escapar da Ira vindoura. A mensagem do evangelho proclama que Deus desce do céu para conversar com contritos e quebrantados; que Ele é Deus de pecadores arrependidos.
         É essa verdade que agora proclamo, convidando leitores arrependidos para essa tão grande salvação!






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