terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A GENUINA CONFISSÃO DE UM CRENTE (12)




"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”

(Cantares 6:3)

            Amigo leitor consideremos bem essa confissão de fé, porque é uma declaração ofensiva ao diabo. A vida piedosa neste mundo é alvo de perseguição. Nenhum crente é bem-vindo aqui porque ama o serve ao Senhor de todo coração. Satanás odeia alguém cujo coração pertence ao Filho de Deus, isso não é admissível neste império das trevas, onde seu príncipe é deus e é amado e admirado no mundo inteiro. Os genuínos crentes brilham como luzeiros neste mundo, mostrando pelas suas vidas transformadas a glória do verdadeiro Deus, como foram salvos e como a verdade os libertou (João 8:32). Somente os cuidados do Senhor pelos Seus servos podem livrá-los, deveras, de perigos: “Não toqueis nos meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas” (Salmo 105:15), foram palavras de advertências aos reis. Daniel e seus amigos na Babilônia não foram massacrados pela perversidade dos instrumentos de satanás, devido a providência de Deus para livrar Seus servos. Por isso, com esse prazer no íntimo em ser santo e pertencente inteiramente ao Filho de Deus, certamente o crente sentirá a hostilidade por parte daqueles que pertencem ao mundo, mesmo parente e amigos íntimos.
         Vou adiante ao afirmar que essa confissão parte de um amor recíproco. Uma vez que “Eu sou do meu Amado...”, então “... Ele é meu”. Há uma profunda gratidão num coração regenerado, porque ao meditar no amor do Salvador no calvário, tudo ao seu derredor vira mesquinhez. O prazer, a fama, a glória, tudo passa ser inutilidade e lixo ante a verdade do amor que impulsionou o Senhor a ocupar nosso lugar, a fim de que a Ira de Deus que merecidamente cairia sobre nós esmagasse aquele que nunca conheceu pecado (2 Coríntios 5:21). Foi essa a confissão dos discípulos do Mestre em toda história da igreja, quando se posicionaram perante os perigos e crueldade dos homens. A verdade da cruz é a Rocha firme e inabalável onde a fé do salvo está firmada, e que jamais será abalada. Não existe cristianismo autêntico fora dessa sublime verdade, tudo mais vira caco de barro ante a ferocidade dos inimigos visíveis e invisíveis.
         Amigo leitor, os lábios que confessam o Senhor não podem ao mesmo tempo confessar amor a este mundo. Não pode haver coração dividido ao seguir a Cristo. Meditemos na glória da cruz! Meditemos no amor perfeito e maravilhoso do Senhor e assim comparemos com este mundo. Cristo satisfaz a sua alma? Você ainda precisa da alegria, riqueza, prazeres e felicidade deste mundo para encher sua alma? Nosso Senhor não aceita confissão superficial! Ou o amor é totalmente Dele, ou a alma está enganada, e diante das provas a pessoa verá que há de inclinar-se para aquilo que é realmente seu amor. Não há possibilidade de ficar neutro. Pedro simplesmente negou o Senhor e ao negá-Lo confessou o lado onde estava.
         Encaremos positivamente essa confissão: “... Ele é meu”. Que felicidade do crente! Ele agora pertence a Cristo o que representa o mais alto privilégio! Não tem alguém mais feliz do que uma alma que foi achada por Deus e entregue ao Filho (João 6:37). O salvo é um multimilionário celestial, porque foi chamado para a glória e é um vaso de misericórdia! Você é um crente, caro leitor? Já meditou nessas preciosíssimas verdades? A ordem bíblica é: “Alegrai-vos no Senhor, outra vez digo, alegrai-vos!” (Filipenses 4:4). Um verdadeiro crente toma essa ordem pela fé para aplicá-la no viver; não vive esperando sentir essa alegria, porque a fé apóia-se nas Escrituras e se alimenta das verdades reveladas ali.  Como satanás tem iludido milhares! Como o príncipe deste mundo fascina corações não regenerados! Somente a misericórdia chega para abrir os olhos e mostrar a verdade, do contrário os homens não conseguem ver que estão algemados e agrilhoados numa escravidão. Somente verão tarde demais, quando a morte chega para selar o destino eterno.

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