quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O VERDADEIRO PECADOR (8)




“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).  A CONFISSÃO (sexta)
         Amigo leitor, digo mais que, na confissão o pecador é humilhado. Fomos nascidos no pecado e tornamo-nos tão arrogantes quanto satanás é. Tal pai, tal filho. O orgulho obstinado é a marca registrada do pecado, e se manifesta especialmente quando o pecador se vê à mercê da gloriosa luz do evangelho. Perante o evangelho o pecador é desmascarado como sendo um condenado; completamente inútil perante Deus; herdeiro do inferno e não do céu; que trilha o caminho largo rumo à perdição; filho da ira e não filho de Deus; odiador de Deus e da Sua Santa lei; que está descendo e não subindo em direção ao céu. Ora, todas essas verdades estampadas perante seus olhos levam-no à humilhação. Mas, qual deve ser nossa atitude perante o Altíssimo? Fiquemos calados perante Ele; emudecidos perante Sua verdade revelada; caídos ao pó, porquanto é ali o lugar onde o pecador deve estar. Ele é o Oleiro, nós somos o barro. O orgulho que infesta o coração humano só tende a torná-lo mais endurecido e refém do pecado. Ai do homem quando Deus se afasta dele, porquanto ficará mais adornado e enfeitiçado pelo rei dos orgulhosos.
         Mas, na confissão o homem não estará no alto de sua altivez de espírito, pelo contrário, ele estará exatamente no pó. A presença de Deus fez com que ele caísse e se atirasse aos pés do Salvador. Toda muralha erguida em torno do vaidoso e arrogante coração foi derribada para que a mentira fosse dissipada e a luz da verdade entrasse e o Rei da Glória achegasse ali para reinar no lugar do pecado. Na confissão, também, o pecador se vê incapaz de lutar por si. Ele se vê como alguém que está se afogando num rio profundo por não saber nadar. Ele clama por socorro; ele pede o livramento de Deus; ele vê que o Deus da Bíblia é de fato, o Deus Forte; que o poder é Dele e não do homem; que a honra e a glória pertencem a Ele e não ao pobre mortal, que não passa de ser um verme; que Deus é Soberano e que faz o que Ele bem quiser fazer; que salva quem ele quiser salvar; que age por misericórdia e não por compulsão externa.
Tudo era prazeroso na vida daquele jovem pródigo, (Lucas 15) enquanto sentia a segurança do dinheiro e das amizades que estavam ao seu derredor; tudo era sinal de segurança porque podia sentir-se fortalecido pelos bens que ainda possuía; nada via de abismo, de vergonha, de confusão e de tristeza à sua frente, porque ao seu derredor tudo lhe favorecia. Até que chegou aquele ponto de perder tudo, dinheiro, amigos, conforto, etc.; Toda alegria foi transformada em tristeza; toda gargalhada foi embora para dar lugar às lágrimas; todo companheirismo tão buscado deu lugar à imensa solidão; toda força foi rasgada como mero papel para mostrar a verdade de que ele não passava de um fraco e inútil; toda arrogância de querer o mundo aos seus pés foi mudada para uma cena profundamente humilhante de se tornar um servidor de porcos, até que aquele jovem foi envolvido pela visitação do arrependimento. Foi achado no pó e foi erguido do pó para ir como homem ao lugar certo, ao encontro do seu querido pai. Não era mais aquele atrevido, revoltado e egoísta que havia abandonado seu lar para descer rumo ao mundo à busca de sucesso e vaidades. Era agora um homem novo que nada tinha a pedir ao pai, senão somente que ele tivesse misericórdia e que assim atentasse para sua drástica situação na qual ele voluntariamente caiu. Seu querido Pai estendeu-lhe as mãos para lhe socorrer, porque já tinha preparado tudo para uma grande festa na recepção daquele moço arrependido que voltara ao lar. O velho pai não tinha selecionado um emprego para ele em sua fazenda; não havia arrumado um quarto para ele no fundo de sua casa; nem havia guardado um pouco de dinheiro para atender-lhe em qualquer necessidade. Não! Tudo era dele! Ele era filho querido, riquíssimo com o pai, e herdeiro na família! Enfim, o pai estava lhe dizendo que tudo era dele. É assim quando o pecador se achega em sincero coração de arrependimento e fé perante o Deus Salvador.

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