C. H.
Spurgeon
“Cingido
pelo peito com um cinto de ouro.” (Apocalipse 1:13)
“UM semelhante ao Filho do Homem”
apareceu a João em Patmos, e o discípulo amado observou que usava um cinto de
ouro. Um cinto, porque Jesus, enquanto andou na terra, nunca esteve não
preparado, mas sempre preparado para servir, e agora, diante do trono eterno,
Ele não interrompe o Seu santo ministério, porém, como um sacerdote, Ele
cinge-se com “o cinto de obra esmerada do éfode.”
É
bom para nós saber que Ele não deixou de cumprir o Seu ministério a favor de
nós, e o fato de que Ele vive para sempre para interceder por nós é uma das
nossas mais seguras defesas. Jesus nunca Se mostra uma pessoa ociosa. As Suas
vestimentas nunca estão soltas como se o Seu ministério tivesse terminado; pelo
contrário, Ele promove diligentemente a causa do Seu povo. Um cinto de ouro,
para demonstrar a superioridade do Seu serviço, a realeza da Sua pessoa, a
dignidade do Seu estado e a glória do Seu galardão. Já Ele não clama mais do
pó, mas, sim, Ele intercede com autoridade como Rei e como Sacerdote. Muito
segura está a nossa causa nas mãos do nosso entronizado Melquisedeque.
Nosso
Senhor dá a todo o Seu povo um exemplo. Nós nunca devemos desatar os nossos
cintos. Este não é tempo de nos deitarmos a descansar, é o tempo de trabalho e
de luta. Precisamos de atar o cinto da verdade mais e mais fortemente, em redor
dos nossos lombos. É este um cinto de ouro, e por isso ele será para nós um
ornamento muito valioso, e nós necessitaremos muito dele, pois um coração que
não está atado com firmeza com a verdade como ela está em Jesus e com a
fidelidade que é operada pelo Espírito, ele será enredado facilmente com as
coisas desta vida e será derrubado pelos laços da tentação.
Não
vale nada que tenhamos as Escrituras se não as atarmos em nosso redor como um
cinto que nos rodeie completamente, conservando em ordem cada parte do nosso
caráter e unindo todo o nosso ser. Se no Céu Jesus não desata o cinto, muito
menos o podemos nós desatar sobre a Terra. “Estai, pois, firmes, tendo cingidos
os vossos lombos com a verdade.”
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