domingo, 9 de dezembro de 2012

MEDITAÇÕES DE SPURGEON

“Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram as suas vestes, e Comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.” (Ap 3:4)


ENTENDEMOS que isto se refere à justificação. “Andarão de branco”, quer dizer, gozarão de uma constante consciência da sua justificação pela fé; saberão que a justiça de Cristo lhes é imputada, que foram lavados e tornados mais alvos do que a neve.
Além disso, esta passagem refere-se ao gozo e à alegria, pois as vestes brancas eram, entre os judeus, vestuário de festa. Os que não contaminaram as suas vestes têm sempre os seus rostos esplendorosos. Eles entenderão o que Salomão quer dizer na seguinte passagem: “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho. Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, pois já Deus se agrada das tuas obras.” O que é aceite por Deus usará, enquanto anda em doce comunhão com o Senhor Jesus, as vestes brancas do gozo e da alegria. De onde procedem tantas dúvidas, tanta miséria e tanta desolação? Muitos crentes contaminam as suas vestes com o pecado e com o erro, e por causa disto perdem a alegria da sua salvação e a consoladora comunhão com o Senhor Jesus, quer dizer, não andam de branco.
Esta promessa refere-se também aos que andam de branco diante do trono de Deus. Os que aqui não contaminaram as suas vestes, andarão certamente de branco lá, onde as hostes vestidas de branco cantam perpétuas aleluias ao Supremo. Eles possuirão um gozo inconcebível, uma felicidade não sonhada, uma bem-aventurança inimaginável e uma felicidade maior do que aquela que possam desejar. Os “não contaminados no caminho” terão tudo isto, não por mérito, nem por obras, mas por graça. Eles andarão com Cristo de branco porque Ele os tem feito “dignos.” Na Sua grata companhia eles beberão das fontes de águas vivas.

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