quinta-feira, 31 de maio de 2018

PODEROSO MOTIVO DE NOSSA ALEGRIA (4)



“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas 10:17-20).
                        UM EXTRAORDINÁRIO TRIUNFO: (versos 17-19)
        Quando nosso Senhor orientou os setenta discípulos, ele deixou claro acerca, não só das atividades, como também das reações nas adversidades. É surpreendente o trabalho de Deus neste mundo, porque poderemos chegar às alturas das bênçãos hoje e amanhã estaremos entregues à solidão e desamparo. A vitória de Elias hoje resulta numa perseguição de uma perversa Jezabel amanhã, trazendo profunda depressão na vida de um servo de Deus. Quando nosso Senhor passou por três cidades: Betsaida, Corazim e Cafarnaum, o resultado foi que nosso Senhor deixou palavras terríveis contra elas, porque o Senhor havia mostrado suas marcas de sinais e maravilhas e aquele povo não creu. O trabalho de Deus é assim, pois quando pensamos que é sucesso e bênçãos, logo veremos que contamos como sendo bênçãos as coisas que acreditamos serem positivas.
        Nosso Senhor deixa claro para seus discípulos (no verso 16) que eles teriam pela frente pessoas que receberiam a mensagem, mas também aquelas que rejeitariam. O trabalho do Senhor nos posiciona perante um leão que ruge a todo instante, querendo nos devorar. Mas não pensemos que nossos problemas restringem a satanás e seus agentes invisíveis. Nós enfrentamos o velho homem em Adão, rebelde contra Deus; muitos parecem crentes, mas não passa de fachada, além de enfrentarmos forte oposição dos mundanos contra a verdade. Sempre foi assim. Não devemos esquecer que este mundo jaz no maligno e que a mensagem do reino de Deus vem mexer com a multidão aliada e engajada na construção do império das trevas. O mundo não recebe a mensagem com um “Bem-vindo!”; os porta-vozes do céu não encontram neste ambiente uma recepção alegre e festiva.
        O que realmente nosso Senhor quer transmitir aos seus servos? Ali estavam meros homens, caídos em Adão, incapazes de conhecer o que está por detrás deste sistema vil e organizado. O Senhor não queria que eles estravassem suas emoções em torno do sucesso aqui, porque poderia ser que tudo mudaria de repente. O trabalho deles era mais do que lidar com seres humanos. É claro que nossa visão é terrena e limitada, por isso nós vamos sempre agir como eles agiram. Mas o fato é que os homens são iguais a nós, são nossos semelhantes e queremos o bem deles. Mas o que realmente está por detrás dessa fachada, dessa massa visível é satanás com seu exército do mal. Paulo trata desse assunto ao concluir a carta enviada aos Efésios. O apóstolo inspirado afirma que nossa luta não está engajada contra os seres humanos, mas sim contra os poderes das trevas.
        Posso afirmar que a maior parte dos crentes nada sabe acerca dos terrores invisíveis neste mundo. Nós afirmamos que cremos que satanás opera aqui, mas o fato é que não aprendemos a lidar com esse assunto pela fé. Paulo afirma em 2 Coríntios que ele não desconhecia os ardis do inimigo, como ele age por detrás de tudo o que é visível aqui. Assim como os setenta discípulos desconheciam isso, nós também desconhecemos e essa ignorância pode nos causar perturbações, tirar nossa alegria e nos trazer desânimo. É claro que satanás e suas tropas infernais já estão derrotados, mas não significa que o príncipe deste mundo desanimou em seu trabalho aqui. Ele é o enganador porque é enganado.
        Nossas atividades para o Senhor, nossas conquistas contra o mal, nossa vitória nas tentações e nossa perseverança na fé não são provenientes de nós mesmos. Somos extremamente débeis e frágeis aqui. Toda vitória vem da graça em nós e por nós. Por isso, cuidemos com essa alegria que pode ser transformada em tristeza. O Senhor quer que envolvamo-nos com aquilo que proporciona alegria eterna. Ele quer que desfrutemos daquilo que jamais vai findar e que mesmo as tristezas e decepções neste mundo furtariam de nossos corações. Foi assim que muitos crentes viveram e encararam a morte.

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