“De
que pois, se queixa o ser vivente? Queixe-se cada dos seus próprios
pecados” (Lamentações 3:39).
A
RESPOSTA DE DEUS ÀS NOSSAS QUEIXAS: “...queixe-se...”
Nossas queixas se escondem atrás de
nossas exigências infundadas, porque não admitimos um Deus soberano, o qual age
como quer agir, porque é Deus. O pecado realmente é a revolta contra Deus; é o
homem no íntimo querendo ser soberano em lugar do todo-poderoso. Por essa razão
as queixas são diretamente dirigidas contra os céus. Não queremos admitir que
nada de errado aconteça conosco; não temos qualquer pretensão de dar graças a
Deus e render-lhe glórias. Almejamos ter um viver radiante aqui e não admitimos
que os resultados desastrosos do pecado venham sobre nós. Queremos o amor de
Deus sim, mas do nosso modo de pensar acerca do amor; queremos bonanças, por
isso quando vem a tempestade queixamos de Deus e achamos que ele foi injusto
conosco.
Mas o texto vai além, porque Deus
imediatamente traz a resposta às nossas queixas: “...queixe-se cada dos seus
próprios pecados”. O Deus que usou os profetas para advertir a nação de Israel,
avisando ao povo que, caso eles não se arrependesse sofreriam o castigo pelos
seus atos, esse Deus pode mostrar seu imenso amor. Ninguém em Israel poderia
dizer que Deus foi injusto com eles. Os sobreviventes que foram levados para o
exílio na Babilônia, milhares deles eram crentes sinceros e entenderam a razão
porque foram arrancados da sua terra e levados para uma terra tão distante.
Notemos a oração de Daniel (Daniel 9). Que incrível oração! Ali estava um homem
consciente e bem humilhado diante de Deus, reconhecendo que tudo o que ocorrera
com Israel foi um ato de justiça e de compaixão de Deus. Ao invés de queixar,
Daniel invocou ao Senhor, pedindo misericórdia pela nação.
O mesmo Deus sempre mostrou a imensidão
de sua compaixão aos homens no mundo inteiro. Por todos os lados e em todas as
direções vemos as marcas da comunicação amorosa de Deus na criação. Para
milhares Deus tem avisado pela sua palavra, advertindo a todos por meio do
evangelho, acerca das consequências terríveis do pecado. Como pode o homem
queixar-se de Deus? Os verdadeiros crentes sabem disso e quando vêm o mal, as
lutas e provas eles agem com humildade e aceitam com gratidão o que Deus lhes
tem enviado, porque sabem que é para o bem. Muitos crentes tropeçam em suas
queixas, mas logo são erguidos em sincero arrependimento e aprendem pela graça
a dar a Deus as honras e glórias.
O que nós somos neste mundo? Nada! O
pecado é tão vil e enganador que nos leva a pensar em grandeza e vaidade, como
se nós fôssemos deuses. O Salmista meditou nisso no Salmo 131, quando disse que
agia como criança nos braços do Senhor, porque não havia aquele espírito de
querer grandes coisas para si. É esse espírito de ganância, de grandeza e de
posição que nos leva a essa atitude tão vil e desprezível em viver queixando e
com amarguras na vida. Que sejamos humildes, dependentes do Senhor; que
aceitemos com gratidão as dificuldades, bem como as bênçãos, acreditando que em
tudo somos abençoados em Cristo Jesus. Que aprendamos a cultuar ao invés de
murmurar, a fim de não dar lugar ao diabo.
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