“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos
de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas
10:17-20).
INTRODUÇÃO:
Amigo
leitor, nesta página quero me ocupar um pouco mais com a introdução, porque
vejo o quanto essa lição deve ser entendida à luz da nossa presente situação.
Nosso Senhor está tratando com seus alegres discípulos, uma vez que eles
voltaram trazendo um relatório abençoado dos seus feitos. Nosso Senhor não estava
apagando o fogo das emoções resultantes de atos jamais vistos neste mundo; eles
regozijavam com razão, porque jamais viram nem experimentaram essas coisas
antes. Nosso Senhor, entretanto lhes adverte que eles deviam alegrar sim, não
por causa desses maravilhosos relatórios, mas sim porque seus nomes estavam
escritos lá no céu.
Enfatizo
nesta introdução o fato que as palavras do Senhor devem servir de cautela,
porque o mundo gosta de grandes feitos, especialmente aqueles que parecem
espirituais. Esses atos têm efeitos incrivelmente terapêuticos, porque fazem
muito bem à alma. Parece que os homens são elevados às alturas quando sentem
que estão fazendo o bem ao próximo. Não condeno essas atividades, mas o fato é
que elas, em si mesmas podem ter um efeito destruidor. Não foi o caso dos
discípulos, mas pode ser esse o efeito até dentro das igrejas. A razão que
mostro é que hoje, devido a esse programa social, entrou esse evangelho que
mobiliza pessoas às ações sociais em favor daqueles que materialmente sofrem
aqui. Muitos fazem isso porque o evangelho social os mobiliza a esses atos.
Muitos pensam que esse é o evangelismo correto; muitos creem que o ouvir uma
palavra amiga e bens materiais juntamente com versos bíblicos, certamente
resolverão o problema do homem caído em Adão.
Ora,
tudo isso pode esconder o coração perverso do homem e leva-lo a sentir que tudo
está bem com Deus. Para vocês entenderem é comum ver hoje todos unidos em cultos
sigilosamente ecumênicos, porque os ambientes chamados “evangélicos” são
envolventes nessa emoção de que interiormente vai tudo bem. Mas podemos
perceber que o que acontece no íntimo é resultado dessas atividades externas.
Preguei numa igreja onde a resposta para uma mensagem de salvação era zero,
porque não havia ali convicção de pecado e confissão. Veja bem o que quero
dizer a vocês que isso resulta numa alegria diferente daquela vivida pelos
apóstolos quando chegaram ao Senhor trazendo o relatório de suas atividades.
Notemos bem que mesmo os salvos podem ser sufocados com alegrias transitórios,
resultantes de atividades. Cristo procurou apagar esse fogo, porque o mundo é
um lugar diferente. Hoje estamos nas alturas da felicidade, mas amanhã
poderemos estar cercados de tristezas e até mesmo deprimidos. Por essa razão
nosso Senhor deixou claro para seus discípulos que a alegria deles devia estar
voltada para aquilo que a graça operou por eles antes da fundação do mundo.
Espero
que meus leitores vejam o quanto esse tema é de grande relevância para nossas
vidas agora. Os crentes se sentem alegres e são bem motivados nas atividades,
porque elas promovem essa satisfação interior, mas a verdade é que se buscarmos
alegria em serviços externos o efeito é que dependeremos dessas atividades para
estarmos motivados e contentes. Foi isso o que ocorreu com os discípulos. Mesmo
nossas atividades que resultam em bênçãos no meio dos homens, em glória para o
Senhor, devemos saber que nada podemos fazer; que é Deus quem efetua em nós e
através de nós. Foi essa a mensagem que Paulo quis transmitir em 1 Coríntios
15, pois ali ele aponta a ressurreição como o fator que deve nos motivar a
servir incansavelmente ao Senhor com nossos corpos aqui. Nós queremos ser
alegres? Sim! Queremos sentir o gozo de servir ao Senhor, ver homens e mulheres
conhecendo a salvação e ver o reino de satanás sendo destruído neste mundo. Mas
nossa alegria não deve ser focada em nada disso, mas sim no fato que nosso nome
foi escrito no céu.
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