terça-feira, 29 de maio de 2018

PODEROSO MOTIVO DE NOSSA ALEGRIA (2)



“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas 10:17-20).
INTRODUÇÃO:
        Amigo leitor, nesta página quero me ocupar um pouco mais com a introdução, porque vejo o quanto essa lição deve ser entendida à luz da nossa presente situação. Nosso Senhor está tratando com seus alegres discípulos, uma vez que eles voltaram trazendo um relatório abençoado dos seus feitos. Nosso Senhor não estava apagando o fogo das emoções resultantes de atos jamais vistos neste mundo; eles regozijavam com razão, porque jamais viram nem experimentaram essas coisas antes. Nosso Senhor, entretanto lhes adverte que eles deviam alegrar sim, não por causa desses maravilhosos relatórios, mas sim porque seus nomes estavam escritos lá no céu.
        Enfatizo nesta introdução o fato que as palavras do Senhor devem servir de cautela, porque o mundo gosta de grandes feitos, especialmente aqueles que parecem espirituais. Esses atos têm efeitos incrivelmente terapêuticos, porque fazem muito bem à alma. Parece que os homens são elevados às alturas quando sentem que estão fazendo o bem ao próximo. Não condeno essas atividades, mas o fato é que elas, em si mesmas podem ter um efeito destruidor. Não foi o caso dos discípulos, mas pode ser esse o efeito até dentro das igrejas. A razão que mostro é que hoje, devido a esse programa social, entrou esse evangelho que mobiliza pessoas às ações sociais em favor daqueles que materialmente sofrem aqui. Muitos fazem isso porque o evangelho social os mobiliza a esses atos. Muitos pensam que esse é o evangelismo correto; muitos creem que o ouvir uma palavra amiga e bens materiais juntamente com versos bíblicos, certamente resolverão o problema do homem caído em Adão.
        Ora, tudo isso pode esconder o coração perverso do homem e leva-lo a sentir que tudo está bem com Deus. Para vocês entenderem é comum ver hoje todos unidos em cultos sigilosamente ecumênicos, porque os ambientes chamados “evangélicos” são envolventes nessa emoção de que interiormente vai tudo bem. Mas podemos perceber que o que acontece no íntimo é resultado dessas atividades externas. Preguei numa igreja onde a resposta para uma mensagem de salvação era zero, porque não havia ali convicção de pecado e confissão. Veja bem o que quero dizer a vocês que isso resulta numa alegria diferente daquela vivida pelos apóstolos quando chegaram ao Senhor trazendo o relatório de suas atividades. Notemos bem que mesmo os salvos podem ser sufocados com alegrias transitórios, resultantes de atividades. Cristo procurou apagar esse fogo, porque o mundo é um lugar diferente. Hoje estamos nas alturas da felicidade, mas amanhã poderemos estar cercados de tristezas e até mesmo deprimidos. Por essa razão nosso Senhor deixou claro para seus discípulos que a alegria deles devia estar voltada para aquilo que a graça operou por eles antes da fundação do mundo.
        Espero que meus leitores vejam o quanto esse tema é de grande relevância para nossas vidas agora. Os crentes se sentem alegres e são bem motivados nas atividades, porque elas promovem essa satisfação interior, mas a verdade é que se buscarmos alegria em serviços externos o efeito é que dependeremos dessas atividades para estarmos motivados e contentes. Foi isso o que ocorreu com os discípulos. Mesmo nossas atividades que resultam em bênçãos no meio dos homens, em glória para o Senhor, devemos saber que nada podemos fazer; que é Deus quem efetua em nós e através de nós. Foi essa a mensagem que Paulo quis transmitir em 1 Coríntios 15, pois ali ele aponta a ressurreição como o fator que deve nos motivar a servir incansavelmente ao Senhor com nossos corpos aqui. Nós queremos ser alegres? Sim! Queremos sentir o gozo de servir ao Senhor, ver homens e mulheres conhecendo a salvação e ver o reino de satanás sendo destruído neste mundo. Mas nossa alegria não deve ser focada em nada disso, mas sim no fato que nosso nome foi escrito no céu.

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