quinta-feira, 17 de maio de 2018

OS QUEIXUMES PECAMINOSOS DOS HOMENS (9)



“De que pois, se queixa o ser vivente? Queixe-se cada dos seus próprios pecados”  (Lamentações 3:39).
A RESPOSTA DE DEUS ÀS NOSSAS QUEIXAS: “...queixe-se...”
        As nossas queixas devem estar voltadas contra nós mesmos, porque somos nós os culpados; fomos nós que voltamos contra Deus e contra seu reino de santidade e amor. Somos atrevidos, a ponto de jogar a culpa em Deus; chegamos ao ponto de um arrogante atrevimento em desafiar o todo-poderoso, quando ele mesmo em santidade, justiça e juízo poderia acabar conosco de uma vez por todas. Boa parte de Jerusalém morreu em seus pecados. Ele em sua ira enviou o brasume do seu furor e exterminou Sodoma e Gomorra; ele derramou sua ardente ira quando despejou do céu chuvas tais que inundaram o planeta nos dias de Noé.
        Podemos nós queixar do Senhor? Mas é a tendência nossa fazer isso. Não raro fazemos isso contra nossos semelhantes, porque é muito fácil jogar nossas responsabilidades sobre os ombros de nosso próximo, achando que somos inocentes e ele o absoluto culpado. Foi assim desde o princípio, porque o homem jogou a culpa sobre sua esposa e ela atirou sua culpa sobre a serpente. Vejamos como o pecado anulou o amor genuíno, tanto em relação a Deus como em relação ao próximo. O fato é que Deus mostra com justiça nossa desobediência, rebelião e ingratidão. A soma de tudo isso é denominado de pecado. É nossa culpa de toda desgraça que vemos ao derredor; não podemos jogar a culpa sobre a criação, porque ela sofre agora aquilo que não merecia; os seres vivos agora respiram sobrevivência, por causa do terror ocasionado pela queda.
        Mas a culpa continuará sendo nossa. Por que sofremos na família? Por que vemos desgraças acontecendo com nossa posteridade? Por que a fome ameaça todos? Porque epidemias letais, a todo o momento ameaçam dizimar toda população? Não é nossa culpa? Culpar a Deus de que? Foi ele a causa de nossa situação tão caótica? Não é ele o Deus para sempre santo e justo? Não tem ele direito absoluto de limpar sua criação e purifica-la de tanta imundície? Não tem ele todo direito de fazer o que quiser e usar quem ele bem quiser, a fim de extirpar elementos inimigos da face da terra? Não tem ele o direito de usar as armas que ele bem quiser? Contra o mundo nos dias de Noé ele usou agua; nos dias de Abraão e Ló ele varreu Sodoma com fogo e enxofre; nos dias de Jeremias usou uma nação pagã e aterrorizante, a fim de punir Jerusalém e o mundo.
        Meu amigo, a culpa é totalmente nossa e não dele; ele será sempre justo, santo e reto. De nossa parte devemos prostrar-nos no pó, porque viemos do pó; ali nossa boca fica tapada, considerando que ele poderia muito bem tapar nossa respiração, e nos jogar com justiça no castigo eterno que tanto merecemos. Mas é no pó que podemos ouvir sua voz e ficarmos calados! Ele é Deus, eu sou um verme; ele é santo e eu sou imundo; ele é justo e eu sou indigno e infame. Foi essa a mensagem que Jeremias procurou transmitir a nós de forma inspirada. O mesmo Deus de Jerusalém é o Deus de agora, glorioso e soberano. A sociedade tão arrogante e rebelde de agora precisa saber dessas coisas, pois, quem sabe o Senhor fará o sol da sua compaixão brilhar sobre nós!

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