“De
que pois, se queixa o ser vivente? Queixe-se cada dos seus próprios
pecados” (Lamentações 3:39).
A
RESPOSTA DE DEUS ÀS NOSSAS QUEIXAS: “...queixe-se...”
As nossas queixas devem estar voltadas
contra nós mesmos, porque somos nós os culpados; fomos nós que voltamos contra
Deus e contra seu reino de santidade e amor. Somos atrevidos, a ponto de jogar
a culpa em Deus; chegamos ao ponto de um arrogante atrevimento em desafiar o
todo-poderoso, quando ele mesmo em santidade, justiça e juízo poderia acabar
conosco de uma vez por todas. Boa parte de Jerusalém morreu em seus pecados.
Ele em sua ira enviou o brasume do seu furor e exterminou Sodoma e Gomorra; ele
derramou sua ardente ira quando despejou do céu chuvas tais que inundaram o
planeta nos dias de Noé.
Podemos nós queixar do Senhor? Mas é a
tendência nossa fazer isso. Não raro fazemos isso contra nossos semelhantes,
porque é muito fácil jogar nossas responsabilidades sobre os ombros de nosso
próximo, achando que somos inocentes e ele o absoluto culpado. Foi assim desde
o princípio, porque o homem jogou a culpa sobre sua esposa e ela atirou sua
culpa sobre a serpente. Vejamos como o pecado anulou o amor genuíno, tanto em
relação a Deus como em relação ao próximo. O fato é que Deus mostra com justiça
nossa desobediência, rebelião e ingratidão. A soma de tudo isso é denominado de
pecado. É nossa culpa de toda desgraça que vemos ao derredor; não podemos jogar
a culpa sobre a criação, porque ela sofre agora aquilo que não merecia; os
seres vivos agora respiram sobrevivência, por causa do terror ocasionado pela
queda.
Mas a culpa continuará sendo nossa. Por
que sofremos na família? Por que vemos desgraças acontecendo com nossa
posteridade? Por que a fome ameaça todos? Porque epidemias letais, a todo o
momento ameaçam dizimar toda população? Não é nossa culpa? Culpar a Deus de
que? Foi ele a causa de nossa situação tão caótica? Não é ele o Deus para
sempre santo e justo? Não tem ele direito absoluto de limpar sua criação e purifica-la
de tanta imundície? Não tem ele todo direito de fazer o que quiser e usar quem
ele bem quiser, a fim de extirpar elementos inimigos da face da terra? Não tem
ele o direito de usar as armas que ele bem quiser? Contra o mundo nos dias de
Noé ele usou agua; nos dias de Abraão e Ló ele varreu Sodoma com fogo e
enxofre; nos dias de Jeremias usou uma nação pagã e aterrorizante, a fim de
punir Jerusalém e o mundo.
Meu amigo, a culpa é totalmente nossa e
não dele; ele será sempre justo, santo e reto. De nossa parte devemos
prostrar-nos no pó, porque viemos do pó; ali nossa boca fica tapada,
considerando que ele poderia muito bem tapar nossa respiração, e nos jogar com
justiça no castigo eterno que tanto merecemos. Mas é no pó que podemos ouvir
sua voz e ficarmos calados! Ele é Deus, eu sou um verme; ele é santo e eu sou
imundo; ele é justo e eu sou indigno e infame. Foi essa a mensagem que Jeremias
procurou transmitir a nós de forma inspirada. O mesmo Deus de Jerusalém é o
Deus de agora, glorioso e soberano. A sociedade tão arrogante e rebelde de
agora precisa saber dessas coisas, pois, quem sabe o Senhor fará o sol da sua
compaixão brilhar sobre nós!
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