“De
que pois, se queixa o ser vivente? Queixe-se cada dos seus próprios
pecados” (Lamentações 3:39.
NOSSA
TENDÊNCIA A QUEIXAR.
Em nossa tendência a queixar, sempre
direcionamos para o céu, contra Deus. A queda no Éden foi satanás incitando o
homem contra Deus; foi em pleno paraíso terreno que o homem queixou-se contra o
santo Criador, declarando que ele era injusto e cruel. Somos assim, não temos
disposição para adorar a Deus, para dar-lhe glórias e honras devido à sua
soberania e direitos. Estamos andando e respirando em pleno reino de Deus, mas
mesmo assim estufamos nossos peitos, acreditando que somos senhores de tudo e
dono da situação.
Muitas vezes Deus nos entrega às
circunstâncias difíceis, só para provar o quanto somos levados pelo nosso
orgulho próprio e que devido aos nossos grandes feitos devemos ser condecorados
como exímios heróis aqui. O profeta Elias enfrentou essa situação e foi ali em
Samaria que ele foi grandemente usado por Deus, a fim de mostrar a Israel que o
Deus de Abraão estava vivo e que se importava com seu povo. Não é fácil a
tarefa de um profeta, mas Elias foi ali, a fim de expor o fracasso dos ídolos e
revelar aos homens o quanto o Senhor é compassivo. Foi uma mensagem de
misericórdia e de juízo; foi uma mensagem que trouxe grande demonstração de
poder, quando Elias orou e o fogo desceu do céu. Foi uma mensagem de juízo também,
porque os perversos profetas de baal foram exterminados.
O que Elias recebeu? Afinal, o povo veio
lhe erguer e mostrar-lhe gratidão por tudo? Não! Não demorou muito para que a
voz perversa de Jezabel ecoasse com a mensagem enviada ao profeta, dizendo-lhe
que ele seria morto, porque havia matado os profetas. Não houve ninguém pelo
profeta; mesmo com toda essa evidência da bondade de Deus, enviando chuvas,
após longa temporada de seca, o rei Acabe não foi solidário com o profeta,
mandando soldados para protegê-lo. Elias estava sozinho e Deus o deixou assim,
a fim de mostrar ao seu servo que não há honras vindas deste mundo para os que
vivem e trabalham para Deus.
Elias fugiu sim, porque nós os homens
pensamos que somos grandes coisas. Devemos saber que as grandes conquistas são
efetuadas por Deus e não por nós. Devemos entender que se Deus nos abandona, fugiremos
até de uma folha seca. Ali estava um homem que enfrentou aquela multidão e que
obteve aquela grande conquista para o nome do Senhor, mas que agora estava
fugindo das ameaças de uma mulher. Para onde Elias foi? Entrou em depressão e
fugiu para uma caverna. Quando Deus veio conversar com seu servo, eis que suas
palavras ecoam o que mesmo? Suas queixas! Noutras
palavras Elias estava dizendo que a vitória foi dele e não de Deus; que ele
esperava outra atitude da parte dos homens; que ele aguardava submissão e
respeito de todos. Mas agora sua vida estava ameaçada e ele se encontrava
sozinho. Suas queixas evocavam compaixão e ali a fé deu lugar a vil
incredulidade. Foi ali que Deus mostrou a seu servo que o trabalho não era de
Elias, mas sim do grande Senhor, e que o que Elias não podia ver Deus já havia
feito: “Reservei sete mil que não se curvaram perante baal”. Que o Senhor nos
livre desse dessa perigosa arte da carne!
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