“De
que pois, se queixa o ser vivente? Queixe-se cada dos seus próprios
pecados” (Lamentações 3:39).
NOSSAS
QUEIXAS COMO RESULTADO DO ORGULHO DO PECADO: “Por
que pois se queixa...?”
Os queixumes dos homens aparecem por
detrás de auto justiça. Normalmente vemos isso ocorrendo em atividades
religiosas, porque a natureza carnal é extremamente habilidosa, na tentativa de
mostrar o quanto é capaz de fazer por Deus e para Deus. Os homens sempre usam a
religião como meios de conquistar bênçãos, por isso muitos parecem dedicados.
Veja bem, não estou contra a dedicação, quando é resultado da graça de Deus na
vida; quando pessoas compreendem no íntimo o resultado da grande salvação
concedida por Cristo. É nosso prazer ver isso, vidas dedicadas, servindo com
alegria ao Senhor.
O perigo vem quando não há compreensão
da verdade graciosa e misericordiosa de Deus na salvação. Assim, o ambiente
pode se tornar bem fervoroso e dedicado, porque todos se ocupam em trabalhar
para obter favores de Deus. O queixume logo aparece quando os favores de Deus
não aparecem. Um pastor amigo meu uma vez me disse que ele chegou a ver em
algumas igrejas o que eles chamavam de “cultos dos revoltados”. Parece
brincadeira, né? Mas é pura verdade, porque a natureza adâmica age assim por
desconhecer a natureza da graça de Deus. Por que os homens se queixam? Quando
foi que Deus fez promessas em troca de favores? Com Deus não existe esse
negócio que tanto é visto com políticos, o chamado “toma lá, dá cá”. Os
verdadeiros crentes são humildes, não agem por esse impulso carnal, porque eles
se estribam nas promessas de um Deus que dia a dia cuida do seu povo.
Quando pessoas agem assim elas
demonstram isso em suas orações, porque não evidenciam ações de graças,
adoração e contentamento. A religião daqueles que vivem queixando é a religião
das obras humanas e a divindade que eles servem em nada difere dos ídolos que
sempre os homens buscaram e serviram. Notamos isso no capítulo 44 de Jeremias,
porque o profeta imaginou que a população mais pobre que havia deixado em
Jerusalém por ocasião da destruição haveria de ser obediente a Deus e que
ficaria ali em Jerusalém. Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário, pois
aquele povo simples estava decidido a não obedecer a ordem de Deus. Eles
argumentaram com Jeremias que iriam para o Egito, que adorariam a “rainha do
céu”, porque, segundo eles, sempre foram “abençoados” por ela. Para aquele povo
Deus era um Deus injusto, que não compensava servi-lo. Na realidade aquele povo
estava queixando de Deus, mostrando o quanto a natureza humana é maligna,
perversa e rebelde.
Será que os homens mudaram? Será que o
homem moderno é mais grato e obediente? Claro que não! Quanto mais eles
estiverem cercados de favor, bênçãos materiais, etc. mais cheios de queixas
estarão e mostrarão isso por meio de rebelião contra a mensagem do céu. A
natureza idólatra dos homens acredita que um pedaço de pau ou um barro moldado
são capazes de abençoar suas vidas. Somente o trabalho da graça para
transformar o coração do homem, dando-lhe temor ao Senhor, caso contrário ele
seguirá assim e será queixoso até no inferno.
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