sexta-feira, 4 de maio de 2018

O ALTO CUSTO DE SEGUIR A CRISTO (17 de 17)



“Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece seu pai, sua mãe, sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:25-27)
A VERDADEIRA DECISÃO AFETA MEU CONCEITO DE LIBERDADE: “E qualquer que não tomar a sua cruz...”.
        Finalmente, o “tomar a cruz” implica o fato que não poderei ajuntar-me ao conceito mundano de vida. Na conversão é o homem sozinho diante de Deus; tudo se fecha ao derredor e o mundo perde completamente seu valor. Quando o homem encontra o Salvador e a salvação, eis que ele fica sabedor que de agora em diante haverá da parte do mundo e do tentador forte perseguição e tentação. Ó, quanto satanás se mostra amigo dos homens! Quanto ele parece ser bonzinho e ocupado com o bem-estar de cada um! Mas, espere até que o pecador venha a encontrar Cristo e sua salvação, para que logo sua fúria se ergue e ele se apresente como ele é, um homicida e lobo devorador.
        Além disso, devemos considerar o fato que nada poderemos receber de um mundo cruel, o qual perseguiu e ainda se sente forte e motivado para perseguir o Senhor Jesus. Nosso Senhor deixou claro para seus discípulos que se eles O odiaram, então iriam odiar também seu povo. O “tomar a cruz” significa que não terei mais planos para eu mesmo governar a minha própria vida; que estarei pronto para enfrentar este mundo tenebroso e que o Senhor não nos prometeu uma jornada linda e bela até ao céu, mas sim que ele estaria conosco, guardando, protegendo e sustentando seu povo na jornada. Não esqueçamos que a cruz não significa levar o peso do sofrimento de outros, mas sim de seguir aquele que não mudou de rumo quando teve que enfrentar a cruz por nossos pecados.
        Concluo mostrando como o Senhor finda suas palavras de forma negativa: “não pode ser meu discípulo”. Estamos vendo hoje como o sistema evangélico atual põe Cristo como o discípulo. A mensagem santa mostra os verdadeiros crentes como ovelhas, como aprendizes, como aqueles que estão aos pés do Senhor, recebendo seus ensinos para aplica-los no viver. Não haverá lugar para que eu me ocupe com outros interesses; não pedirei um prazo para seguir o Senhor. Tudo, tudo mesmo, vida, família, bens e outras coisas que achamos ser interessantes estarão subordinadas ao Senhor. Se alguém almeja ser um crente, deve considerar essas coisas; não é Cristo para o domingo apenas, mas sim para cada dia, horas e segundos no viver. Não haver espaço para o mundo e suas opiniões; não poderemos argumentar contra as palavras do nosso Senhor e emitir nossas opiniões. Quando Ele ordena, é preciso obediência logo.
        É lógico que para seguir a Cristo é necessária conversão genuína. Não se espera que uma alma que jamais viu seus pecados e sua miséria vai querer algo do Senhor. Segui-lo é algo precioso e carregado de profundo privilégio. Significa que foi chamado para isso. Nunca houve alguém que seguiu a Cristo sem que fosse chamado por Ele. Quando ele convocou seus discípulos, todos se apresentaram voluntariamente a ele; quando chamou Saulo, eis que logo se apresentou um seguidor firme e resoluto, pronto para morrer para a causa do Mestre.
        Segui-lo significa que só tenho ele como meu Senhor; não mais satanás com seu mundo cruel. Segui-lo significa que vou para o céu; sua liderança agora em minha vida é invisível, mas logo o veremos face a face e seremos exatamente como ele é. Não é maravilhoso? Não há decepção em seguir a Cristo. Se alguém se sentiu decepcionado, é porque não era discípulo. Não é o momento de apresentar-nos agora, humildes e prontos perante nosso Senhor?

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