“Grandes
multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a
mim e não aborrece seu pai, sua mãe, sua mulher, os seus filhos, os seus
irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E
quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas
14:25-27)
A
VERDADEIRA DECISÃO AFETA MEU CONCEITO DE LIBERDADE: “E qualquer que não tomar a sua cruz...”.
Finalmente, o “tomar a cruz” implica o
fato que não poderei ajuntar-me ao conceito mundano de vida. Na conversão é o
homem sozinho diante de Deus; tudo se fecha ao derredor e o mundo perde
completamente seu valor. Quando o homem encontra o Salvador e a salvação, eis
que ele fica sabedor que de agora em diante haverá da parte do mundo e do
tentador forte perseguição e tentação. Ó, quanto satanás se mostra amigo dos
homens! Quanto ele parece ser bonzinho e ocupado com o bem-estar de cada um!
Mas, espere até que o pecador venha a encontrar Cristo e sua salvação, para que
logo sua fúria se ergue e ele se apresente como ele é, um homicida e lobo
devorador.
Além disso, devemos considerar o fato
que nada poderemos receber de um mundo cruel, o qual perseguiu e ainda se sente
forte e motivado para perseguir o Senhor Jesus. Nosso Senhor deixou claro para
seus discípulos que se eles O odiaram, então iriam odiar também seu povo. O “tomar
a cruz” significa que não terei mais planos para eu mesmo governar a minha
própria vida; que estarei pronto para enfrentar este mundo tenebroso e que o
Senhor não nos prometeu uma jornada linda e bela até ao céu, mas sim que ele estaria
conosco, guardando, protegendo e sustentando seu povo na jornada. Não
esqueçamos que a cruz não significa levar o peso do sofrimento de outros, mas
sim de seguir aquele que não mudou de rumo quando teve que enfrentar a cruz por
nossos pecados.
Concluo mostrando como o Senhor finda
suas palavras de forma negativa: “não pode ser meu discípulo”. Estamos vendo
hoje como o sistema evangélico atual põe Cristo como o discípulo. A mensagem
santa mostra os verdadeiros crentes como ovelhas, como aprendizes, como aqueles
que estão aos pés do Senhor, recebendo seus ensinos para aplica-los no viver.
Não haverá lugar para que eu me ocupe com outros interesses; não pedirei um
prazo para seguir o Senhor. Tudo, tudo mesmo, vida, família, bens e outras
coisas que achamos ser interessantes estarão subordinadas ao Senhor. Se alguém
almeja ser um crente, deve considerar essas coisas; não é Cristo para o domingo
apenas, mas sim para cada dia, horas e segundos no viver. Não haver espaço para
o mundo e suas opiniões; não poderemos argumentar contra as palavras do nosso
Senhor e emitir nossas opiniões. Quando Ele ordena, é preciso obediência logo.
É lógico que para seguir a Cristo é
necessária conversão genuína. Não se espera que uma alma que jamais viu seus
pecados e sua miséria vai querer algo do Senhor. Segui-lo é algo precioso e
carregado de profundo privilégio. Significa que foi chamado para isso. Nunca
houve alguém que seguiu a Cristo sem que fosse chamado por Ele. Quando ele
convocou seus discípulos, todos se apresentaram voluntariamente a ele; quando
chamou Saulo, eis que logo se apresentou um seguidor firme e resoluto, pronto
para morrer para a causa do Mestre.
Segui-lo significa que só tenho ele como
meu Senhor; não mais satanás com seu mundo cruel. Segui-lo significa que vou
para o céu; sua liderança agora em minha vida é invisível, mas logo o veremos
face a face e seremos exatamente como ele é. Não é maravilhoso? Não há decepção
em seguir a Cristo. Se alguém se sentiu decepcionado, é porque não era
discípulo. Não é o momento de apresentar-nos agora, humildes e prontos perante
nosso Senhor?
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