terça-feira, 8 de maio de 2018

A PERIGOSA HIPOCRISIA (2)


                          
“Posto que miríades de pessoas se aglomeravam, a ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos; Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia” (LUCAS 12:1)
                        O SIGNIFICADO DA PALAVRA
        Não sei se a introdução foi suficiente para explicar o quanto esse assunto é de tamanha relevância, mas estou certo que todos os que levam a palavra de Deus com seriedade sabem o quanto nossa geração enfrenta os maiores perigos religiosos já vistos. Satanás é habilidoso em fazer como que lobos fiquem bem disfarçados de ovelhas, com a finalidade de enganar todos. Sem o firme alicerce da salvação bíblica, certamente o ambiente é adequadíssimo para criar hipócritas. Muitas dessas hipocrisias não são perceptíveis por muitos, porque a situação é parece ser “abençoada” nos corações. Creio que nenhum dos apóstolos pode perceber o quanto Judas era um homem perigoso; creio que Pedro nunca imaginaria que o medo mostraria sua disposição de negar o Senhor.
        O termo bíblico traduzido por “hipócrita” realmente é formado pela composição de duas palavras: “Upó” e “krinéo”. A ideia que elas juntas dão é que o hipócrita é aquele que esconde, encobre toda capacidade de ser julgado por Deus e pelos homens. Noutras palavras, o hipócrita é aquele que consegue tapar a sua condição interior, a realidade do seu coração e que faz com que todos o vejam apenas por fora. O hipócrita é aquele que consegue caiar sua vida de tal maneira que, visto por fora (como os homens conseguem ver) é visto como alguém realmente autêntico, espírito e indigno de qualquer juízo. Olhando de outro ângulo, o hipócrita é satanás adornando externamente os homens com sua própria habilidade de parecer justo, religioso e espiritual.
        Estamos presenciando essa atuação tão ardilosa em nossos dias, pois homens extremamente perigosos estão travestidos de religiosos, espirituais e agem como se fossem enviados diretamente do céu para os homens. São esses elementos caracterizados por hipocrisia que tendem a fazer os outros hipócritas também. Vemos a sociedade cheia de homens e mulheres não mais autênticos e até mesmo as igrejas ortodoxas passam a aceitar tais tipos de indivíduos. Nosso Senhor adverte seriamente seus discípulos contra isso que ele chama de “fermento”. Quando os homens se tornam hipócritas, então eles passam a defender rigorosamente os hipócritas também e atacam aqueles que são autênticos na fé.
        Voltando um pouco mais aos fariseus, eles na realidade eram mais perigosos do que os gentios; eles conseguiam fazer discípulos na fé deles, a tal ponto que tornavam as pessoas dignas do inferno duas vezes. A hipocrisia é tão terrível e contagiosa que eles ultrapassam fronteiras levando suas maldades. Nós vemos isso hoje, como a religião hipócrita avança e consegue ajuntar milhares, incapacitando os homens a pensar com seriedade e dominando suas emoções. Consideremos a situação atual, porque a função do evangelho é julgar o coração; a verdade sempre foi penetrante, como faz a espada. Quando a religião da hipocrisia se espalha tanto como estamos presenciando, então o povo há de queixar-se contra a verdade; vai se opor aos mensageiros fieis e vai rejeitar o amor da verdade, a fim de ser salvo.
        O hipócrita não quer ser julgado, visto, examinado à luz da revelação bíblica. O hipócrita contenta-se com aquilo que ele acredita ser verdade; toda sua luz é externa e não interna. O hipócrita não gosta que mexa em sua “enfermidade mortal”; ele quer médicos que curem superficialmente a sua situação e é exatamente isso o que os falsos mestres fazem. Eles usam alguma pomada, têm algum comprimido contra dores e com isso dão calma aparente aos corações. Os homens amam esse estilo de vida, porque encontram satanás como deus deste século, hábil e capaz para realizar seus empreendimentos tão insanos e homicidas (João 8:44)

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