“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos
de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas
10:17-20).
O
GLORIOSO TRABALHO DO SENHOR.
É
bem provável que não fui tão eficiente na introdução, mas espero que mesmo
sendo pequena porcentagem pude trazer meus leitores aos detalhes. Havia alegria
no serviço feito pelos apóstolos? Claro! Nosso Senhor, entretanto está levando
seus servos a pisar o terreno sólido daquilo que dura para sempre: “Vosso nome
está escrito nos céus”. O fato é que nesta jornada terrena teremos momentos
incríveis, quando estaremos no tope da felicidade cristã, mas pode bem ser que
amanhã estaremos gemendo ante as provações que chegam nos pegando de surpresa. A
alegria de Jó com seus filhos hoje, poderá ser esmagada com o funeral deles
amanhã. Sendo assim, creio que é o momento para que pautemos o caminho certo,
da sobriedade e da fé que nos faz mirar as glórias eternas em Cristo. Não
devemos jogar nossa alegria temporária fora, desde que seja motivada pela
justiça e santidade.
A
primeira lição que quero trazer agora é que aqueles homens foram enviados pelo
Senhor para uma obra sobrenatural. Eles não estavam vindo de atividades normais
desta vida; eles não chegaram para contar quantos peixes pescaram, a fim de
vender e sustentar suas famílias. Eles não estavam vindo de serviços sociais,
tão promovidos pelo mundo. Nosso Senhor havia chamado aquele grupo de setenta
homens para uma obra incrível. Eles foram chamados para pregar o evangelho do
reino, diferente de tudo o que o povo de Israel havia ouvido. Eles iriam de
cidade em cidade; nada levariam para suas necessidades. Eram eles homens
simples, mas levando em seus lábios uma mensagem do céu. Também eles estavam imbuídos
de poder para curar e fazer outros milagres, além de mostrar juízo contra
qualquer cidade que não os escutassem. Cristo não os deixou sem as informações
de tudo o que deveria ser feito e inclusive deixou claro que eles não passariam
fome.
Veja
bem que nosso Senhor não enviou aqueles homens sem uma prévia comunicação de
tudo o que ocorreria com eles. Acontece que nós partimos para o trabalho de
Deus achando que só haverá bênçãos do nosso ponto de vista, que tudo será
felicidade. Quando Deus enviou Ezequiel o Senhor deixou claro que ele não seria
bem ouvido e que ele haveria de sofrer ao cumprir com fidelidade seu dever de
profeta. O serviço do Senhor neste mundo jamais terá a recepção que tanto
esperamos. Isaías foi enviado a pregar uma mensagem que endurecia os corações,
para que aquele povo não se convertesse (Isaías). Não é motivo de tristeza para
um Isaías chegar e notificar que não houve qualquer resultado positivo? Então,
tudo isso pode ser motivo de tristeza e angústia e não de retumbante alegria de
nossa parte. As palavras do Senhor soaram como advertência, porque eles
precisavam saber que o mundo é assim. Hoje vemos os demônios fugindo
assombrados ante a força do evangelho e do poder de Deus, mas amanhã poderemos
experimentar a fúria de satanás vindo contra nós. Hoje Jacó está confiante, com
todos os seus filhos ao derredor, mas amanhã poderá seu coração dilacerado de
dor ao ouvir notícias sobre a morte de seu querido filho.
A
obra de Deus não tem explicação neste mundo. Nosso nome não está aqui, por isso
somos desconhecidos neste vale. Nosso nome está no céu e é lá que devemos ir
pela fé, para que nos alegremos naquilo que já foi feito de uma vez para
sempre. Acredito que não houve um momento mais difícil para os discípulos do
que aqueles dias e horas quando ficaram com o Senhor, sabendo que ficariam
sozinhos, ante o fato que seu Mestre iria ser crucificado e morto. Tudo isso
pode trazer tristeza e até mesmo depressão. Por essa razão nosso Senhor os leva
sempre para cima; coloca seus pensamentos no alto, para que eles se estribem
naquilo que jamais há de passar. Nossa história começou na eternidade para a
eternidade. Tudo isso aqui passa; toda essa alegria é momentânea; todos os
prazeres somem com o tempo. Por isso devemos sustentar no fato que nosso nome
está escrito no céu.
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