“De
que pois, se queixa o ser vivente? Queixe-se cada dos seus próprios
pecados” (Lamentações 3:39.
NOSSA
TENDÊNCIA A QUEIXAR.
Devemos com humildade e temor considerar
o que ocorreu em Jerusalém, porque pode bem acontecer conosco. Não somos em
nada melhores do que aquela população de Jerusalém. O próprio Jeremias sentiu
sua miséria e ajuntou-se à miséria daquele povo. Não somos todos nós
tendenciosos a viver queixando? A essência do pecado é não dar a Deus a glória
que é devida a ele, sendo assim nossas queixas mostram o quanto estamos longe
de oferecer a Deus o culto requerido por ele: “Ações de graças”. A queda no
Éden foi resultado de queixa, satanás levou a dúvida acerca da fidelidade e do
amor de Deus e assim é o viver neste mundo.
Acontece que olhamos para Deus e para as
circunstâncias e perguntamos: “Por que ocorreu isso comigo?”. Tornamo-nos
queixosos porque não admitimos nossa culpa em nada. Os judeus que escaparam
podiam exalar amarguras em suas vidas, acreditando que não mereciam aquela
tamanha tragédia. Precisamos examinar essa situação que sempre está ocorrendo
conosco; lembremos que até mesmos homens de Deus, grandemente usados por ele
tiveram esses momentos de depressão e de tristeza no viver. É claro que as
Escrituras não falam de todos os momentos pelos quais passaram José no Egito. O
que foi escrito tinha como intenção trazer aquela história para mostrar os
planos eternos de Deus por meio de elementos frágeis e quanto sua graça é
poderosa para agir neste mundo.
Quem não queixaria numa situação como a
que José enfrentou? Após um trabalho e viver fiel na casa de Potifar, eis que
foi atirado injustamente numa masmorra. Tem momentos que não conseguimos entender
quais são os planos de Deus; não vemos qualquer sinal de luz no túnel. Uma
situação dessa é de fato desanimadora. Foi ali, quando interpretou o sonho do
copeiro de Faraó que José pode ver naquele homem uma esperança de liberdade;
foi ali que ele queixou-se de sua sorte, dizendo que nada fez para estar jogado
ali. A mão de Deus estava ali, mas ele não podia discernir isso do ponto de
vista espiritual. O que aconteceu? O copeiro esqueceu-se de José! Não é
desanimador?
Por que Deus não “entrou em ação” para
libertar seu servo? A resposta é que tudo estava ocorrendo conforme os planos
eternos; não havia chegado o momento certo e ninguém podia atrapalhar os planos
do Senhor, nem Jacó, nem o copeiro e nem José. Assim vemos o quanto neste mundo
tudo se fecha e faz com que percamos a esperança e assim tornamo-nos queixosos,
aborrecidos e não raro, deprimidos. A queixa de José não foi forte, ela foi considerada
como fracasso. Não somos assim? Não estamos sempre gritando contra Deus e
resmungando? O que Deus fez com José? Deus simplesmente concedeu graças para
ele continuar na masmorra até o tempo adequado. O alvo de Deus é que sua
soberana vontade seja executada e não a vontade do homem.
O que para nós parece ser injusto;
quando parece que Deus esqueceu-se de nós, o que está acontecendo é que ele
está agindo para nosso bem. Precisamos por a boca no pó e não erguê-la contra
os céus. Nós somos os culpados de toda nossa situação e devemos reconhecer que
poderíamos estar em condições piores.
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