terça-feira, 3 de abril de 2018

“O VIVER ENGANOSO DOS MUNDANOS” (9 de 10)



“Por que te orgulhas de teus vales? Por que te orgulhas dos teus luxuriantes vales? Ó Filha infiel! Tu confias em tuas riquezas e dizes: Quem me atacará?” (JEREMIAS 49:4).
O CHAMADO COMPASSIVO DE DEUS.
        Também, nessa compaixão Ele mostra a cegueira e surdez espiritual deles: “...quem virá contra mim?”. Assim como os amonitas, os ímpios no mundo inteiro agem da mesma maneira; como loucos eles vivem, andam, deitam, comem, bebem e dormem, acreditando que não estão sendo vistos. Os olhos do Senhor vigiam as nações; acompanham os homens por onde eles vão; não há lugar oculto para Deus; não há escuridão, nem distância, nem qualquer coisa que possa encobrir a visão de Deus. O Salmista entendeu essa verdade, por isso disse em tom de temor e adoração: “Se subo aos céus, tu lá estás; se faço a minha cama no profundo do abismo...”.
        Mas a visão de Deus é diferente da nossa, porque precisamos de meios aqui, como um rei ou governante pode usar seus servos, vigias, agentes, etc. a fim de sondar e investigar as coisas. O Senhor em nada precisa disso. Quando Natã foi enviado para falar com o rei Davi, Deus já estava ciente de tudo o que acontecido em lugar escuro. As narrativas bíblicas em tudo mostram um Deus que tudo sabe, tudo vê e que em nada necessita da assistência de terceiros. Quando as aguas do dilúvio cobriram a face da terra, Deus com precisão mostrou a medida exata que entre o cume do mais alto monte até a superfície (Gênesis 7:20). A onisciência de Deus vai infinitamente além, porque ele vê o que passa no coração, sabe das intenções dos homens e em nada é pego de surpresa: “Ainda a palavra não chegou à língua, e tu Senhor já a conhece”.
        Também, os homens acreditam que não há punição para seus pecados. Eles estão tão dominados pelo engano e pelo espírito enfeitiçador do pecado, que nem percebem o fato que a punição para suas maldades chegam imediatamente. Para Davi a assolação chegou repentinamente sobre sua vida, família e reinado. A graça de Deus não há de encobrir nossas maldades. Aos crentes a situação é ainda pior, porque eles sofrem a consequência de forma imediata, vinda como disciplina. Aos incrédulos suas mentes ficam entorpecidas pelo engano e a vaidade lhes cega de tal maneira que eles acreditam que o tempo apaga seus atos. Normalmente vemos os ímpios forçando suas consciências e anulando toda culpa, a fim de ficarem sem qualquer sensibilidade em suas práticas.
        Com isso, os mundanos também acreditam que podem prosseguir; para eles o caminho está aberto e é esse o propósito do pecado em usá-los em seu programa de perversidade aqui. Então, não há mudança no homem mundano. Pode haver uma mudança por fora, mas não em seu ser. Podemos tirar lições na vida do perverso Acabe, porque mesmo sua humilhação foi uma atitude temporária. O medo do castigo de Deus foi como um temporal passageiro em sua mente e emoções, mas assim que o vendaval passou, as palavras de julgamento do profeta Elias foram aos poucos sumindo de sua mente. No tocante à sua esposa Jezabel, seu coração foi terrivelmente pior, porque não houve qualquer sinal de remorso devido suas mentiras, seus crimes e outras atividades. Ela era a mesmíssima Jezabel e quando a morte chegou nada impediu que seus próprios servos fossem seus algozes, mostrando assim o quanto os atos perversos dos homens são odiosos e odiados.
        Meu amigo leitor, neste mundo somos assim, até que Jesus o Filho venha e nos salve dessa situação onde o pecado nos colocou. Os mundanos amonitas não eram diferentes dos brasileiros e outros de outras nações neste mundo. Cristo veio salvar perdidos, homens e mulheres arrependidos, para fazer deles salvos e participantes do seu reino eterno.




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