quarta-feira, 4 de abril de 2018

A ORAÇÃO PERSISTENTE (6)



“Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe; o que busca, encontra; e o que ao que bate, abrir-se-vos-á”   MATEUS 7:7,8
O QUE SIGNIFICA “PEDIR”: “Pedi, e dar-se-vos-á...”.
        A orgulhosa e altiva natureza humana odeia a ideia de depender de Deus. Por natureza preferimos depender dos homens; preferimos cair aos pés de meros mortais. O ambiente mundano hoje é terrivelmente contagiado pela moléstia da autossuficiência, por isso os cultos de oração normalmente são vazios, porque são poucos os que querem chegar ao trono de graça e depender exclusivamente de Deus. Mas o fato é que não há outra esperança para a igreja nem para o mundo, se realmente fugirmos dessa santa e preciosa atividade. Aliás, é imensamente grande o perigo que nos assalta, se continuarmos nessa indolência, confiando em nossos recursos e abandonando esse santo lugar onde devemos estar sempre.
        Deus deu aos crentes suas promessas e ele enche sua palavra de ilustrações maravilhosas, mostrando que ele age conosco na base de seus milagres. Para nós é milagre, mas para ele é o modo normal de agir. Ele ensina aos seus santos que o mundo inteiro é dele e que tudo está ao seu dispor. Jonas precisou de alguns dias de pavorosa experiência, a fim de saber dessas coisas. Deus fez com que seu servo ficasse enclausurado num recinto bem estranho – o ventre de um grande peixe, e foi ali que ele realmente orou. Foi num palácio de ímpios, de adoradores de deuses estranhos, distante do seu povo e do templo que Daniel e seus três amigos aprenderam a orar e depender de Deus. Então, se o conforto diário, com tudo ao nosso dispor nos afasta de uma vida de oração e adoração ao Senhor, então é claro que ele poderá nos confinar num ambiente não agradável à nossa natureza.
        O reino de Deus é diametralmente oposto a este sistema mundano de vida aqui. Neste mundo temos que trabalhar, ganhar nosso sustento, a fim de comprarmos o que precisamos. No reino de Deus temos que pedir. O dom de Deus é dar; seu trabalho é gracioso, porque ele é dono absoluto de todas as coisas. Os seus súditos precisam dele e toda criação expõe o fato que esse Deus estende sua mesa farta. Os crentes devem saber que para tudo o que precisam, tanto espiritual, como material depende inteiramente de Deus e é conquistado em oração. Quão precioso é esse ambiente de pedintes espirituais! Como o Senhor se compraz em dar! Aquele que não poupou seu próprio Filho prometeu cuidar de nós e atender em tudo o que é perfeitamente bom e precioso.
        O que temos de fazer? Não é aprender a pedir, bater e buscar? Afinal, não conhecemos nosso Deus? Não é Ele o Deus vivo e verdadeiro? Veja como os mundanos buscam seus ídolos! Veja como ele utiliza todo mecanismo de superstição, a fim de atrair a atenção dos seus ilusórios deuses! Eles fazem isso sem base, dizem que creem, mas não têm documento que os habilite a buscar com insistência aquilo que precisam. Mas nós os crentes temos o mais poderoso documento – as Escrituras e elas são suficientes para nós, porque cremos que Deus fala; cremos que ele não nos deixou órfãos; cremos que ele cuida constantemente dia e noite e trabalha para nós enquanto dormimos (Salmo 127).
        Que essas palavras motivem meus leitores! Que o Senhor venha a usar de compaixão por nós! Que não venhamos a nos esconder em nossas desculpas esfarrapadas, achando que somos vítimas da época. Somos crentes e somos conhecidos como os que creem. Que aprendemos a erguer nossas vozes, sermos firmes em perseverar em oração, pois temos um Deus que prometeu atender as súplicas do seu povo!

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