quinta-feira, 26 de abril de 2018

O FUNDAMENTO DOS JUSTOS (10 de 11)



“Ora, se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (SALMO 11:3)
O FALSO FUNDAMENTO DOS ÍMPIOS.
        Para finalizar esse assunto não posso deixar de mostrar o fato que os ímpios têm seu fundamento também. Há uma alegria, prazer em viver, felicidade e esperança no ímpio e tudo isso está estribado num fundamento. Os ímpios acreditam que seu caminho é durável e que nada de desventura lhe tocará. Religiosamente ele utiliza de todas as superstições possíveis, a fim de lançar fora as maldições, a fim de conquistarem seus sonhos de ter um mundo melhor e mais paradisíaco aqui. Não há um lugar melhor para os ímpios; eles consideram aqui o lugar perfeito e adequado para se estabelecer e viver; porque veem tudo belo ao derredor. Tomemos a vida de Esaú, filho de Isaque, porque ele tinha sonhos e ambições para se estabelecer aqui e conquistar riquezas nesta vida, por isso queria as bênçãos do seu pai.
        Mas é bom que examinemos de perto esse fundamento, porque ele é falso e perigosíssimo. A bíblia apresenta o único fundamento que é Cristo e sua segura e eterna salvação. Quando a bíblia trata da salvação dos pecadores é porque está assegurando que os homens neste mundo estão em perigo. O pecado não é brincadeira; não foi um mero erro; não foi um mero engano. O pecado é o horror do universo; é a criatura querendo tomar a glória do Criador e assentar-se no Seu trono. O pecado é ofensa a um Deus santo, puro, reto e bondoso. O pecado quer se instalar no universo e para isso quer destronizar Deus do seu lugar; o pecado quer dizer à criatura que não há felicidade em Deus e que tem tudo para criar seu deus e seu paraíso que tanto os homens querem e gostam.
        Veja bem, caro leitor que o pecado transmite uma mensagem aparentemente segura e convincente a todos e isso parece ser óbvio e bem fundamentado. O pecado sacramenta tudo, trazendo aos homens um ambiente onde Deus não está presente e que toda criação veio de alguma divindade desconhecida. Assim, este mundo parece ser um lugar bonito e admirável, de tal maneira que os homens gostam daqui. Tudo é desenhado conforme os planos da mentira e da iniquidade e não há qualquer plano para o pecado através de seus instrumentos, a não ser a disseminação da mentira, a fim de que tudo o que é vil e perverso sejam estabelecidos.
        Os homens gostam disso? Claro que sim! Nem mesmo a morte e o inferno podem tirar esse poder encantador de um mundo melhor. Os homens não querem o céu, eles amam e querem o mundo. Mesmo as ameaças divinas são para eles motivos de gozação, porque não há qualquer ligação com as atividades soberanas do Senhor. Os crentes vivem pela fé e foi pela fé que Noé construiu a arca. Mas os que estão ao derredor vivem sob essa camada de poder que satisfaz a carne e que faz festa em seus corações. Não há quem possa tirar isso dos ímpios; nem mesmo o sofrimento físico, nem mesmo a morte. Quando são acordados no desespero, logo esquecem das aflições, e estão prontos para assentar-se para comer e levantar em seguida para divertir.
        Israel no deserto mostra um exemplo nítido do que significa o poder do pecado. Tudo eles viram do poder, da bondade e da grandeza de Deus, mas mesmo assim estavam prontos a desafiar a autoridade e liderança do Senhor. Mesmo sendo colocados no local do juízo, para sem tragados para o abismo, nada disso trouxe qualquer disposição de arrependimento. Que fundamento eles têm? É esse o falso fundamento que parece tão sólido e inabalável. Mas o fato é que eles pisam em lugares perigosos e essa fina camada logo há de quebrar para lançar-lhes no terror eterno. Então, percebemos o quão enganoso e perverso é o reino do pecado aqui.

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