quinta-feira, 26 de abril de 2018

O ALTO CUSTO DE SEGUIR A CRISTO (14)



“Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece seu pai, sua mãe, sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:25-27)
A VERDADEIRA DECISÃO AFETA A VIDA NATURAL “... e ainda a sua própria vida...”.
        Tenho algo mais para falar sobre o fato que a verdadeira decisão afeta a vida particular, natural. Creio que todos os sinceros crentes sabem que sua conversão a Cristo não foi decisão deles, mas que houve uma chamada da graça que lhes atraiu a Cristo. Acredito que muitos estão enganados com sua decisão, porque pensam que há na natureza humana uma vontade inerente para aceitar Jesus. É claro que muitos aceitam a decisão de seguir a Cristo por causa de seus favores, assim como a multidão queria ver seus milagres. Muitos querem Jesus até mesmo pelo interesse que têm de entrar no paraíso celestial aqui. Mas a verdade que milhares não sabem, nem avaliaram o alto custo de segui-Lo aqui.
        Creio que o próprio ato do arrependimento e conversão é aborrecer a própria vida. Afinal, quem quer isso? O pecado é um romance contínuo no coração e sempre os homens estão interessados em retornar aos seus atos, assim como leões querem carne. A conversão é ato de Deus: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer” (João 6:44). Quando homens e mulheres se convertem a Cristo de todo coração o que aconteceu foi que a vontade Deus imperou ali e ordenou essa obra graciosa. Tem que ser assim, caso contrário não tem como ir a Cristo. Seguir o Senhor leva o homem a aborrecer a sua própria vida e isso os verdadeiros crentes sempre demonstraram e demonstram no dia a dia. Segui a Cristo significa que houve um rompimento com o pecado e com o mundo; significa que aquilo que tanto amava, não ama mais e que a força de atração do crente é o gracioso Senhor: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu”.
        Também posso afirmar que caminhar pelo caminho estreito é aborrecer sua própria vida. Naturalmente os homens consideram loucura trilhar as veredas santas, como fazem os genuínos crentes. Caminhar para o céu custa luta contra inimigos invisíveis, contra este mundo, contra a natureza carnal, sempre oposta às coisas de Deus. Realmente, caminhar para o céu é remar contra a correnteza; é entrar numa batalha contínua contra inimigos invisíveis. Notemos os não crentes, porque eles preferem o caminho oposto. Descer rumo ao abismo é fácil e agradável, mas isso não ocorre com aqueles que foram salvos. Também, a vida cristã não é algo emocional, mas sim racional, porque prevalece o pensar, estudar, analisar tudo à luz da Bíblia. Os santos são exortados a serem sóbrios, porque devem encarar a vida cristã como é e que não há lugar para nossos sonhos e fantasias.
        Concluo esta página, para afirmar que é aborrecer a própria vida o servir ao Senhor. No reino de Deus todos são servos e não senhores. Só temos um Senhor a quem servimos. Por isso no reino de Deus não há lugar para egoístas; os santos servem e edificam uns aos outros. Enquanto peregrinamos rumo ao céu, muitos são os crentes fracos, inconstantes e carentes de exortações e ajuda. O mundo é um ambiente perverso e os homens são cruéis contra os crentes. Por isso estamos aqui para esse objetivo. Então, os perigos são constantes e quem amar a si mesmo há de fugir. A fé deve prevalecer; a confiança em Deus deve ser suprema, porque não há lugar para covardes e para os que buscam honras deste mundo maligno. Que o Senhor nos fortaleça, a fim de que venhamos a agir assim em toda nossa maneira de viver.

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