sexta-feira, 20 de abril de 2018

O FUNDAMENTO DOS JUSTOS (7)


    
“Ora, se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (SALMO 11:3)
CONHECENDO O FUNDAMENTO DOS JUSTOS.
        É provável que alguns dos meus leitores não estejam compreendendo o que realmente significa o fundamento dos justos. Minha esperança é que a verdade seja vista por todos do ponto de vista da palavra de Deus. Ninguém abala a salvação; ninguém pode destruir o que foi conquistado na cruz; ninguém pode tirar a salvação do salvo. Esse firme fundamento é indestrutível e inabalável. Santos de Deus chegam a tombar, cair, desanimar e abalar ante as pressões e tribulações, mas logo são erguidos no poder da mesma graça que um dia os salvou. Pedro chegou a negar o Senhor, mas logo podemos vê-lo chorando sua miséria e achegando humildemente aos pés do seu bondoso Senhor. Anelo explicar o que a bíblia apresenta de forma notável esse assunto.
        A primeira lição é que o fundamento dos justos é a base de onde tiraram o nome de “justos”. Os crentes foram justificados por causa do “Justo”. No Velho Testamento vemos esse formidável título dado ao Senhor Jesus, especialmente no livro de Isaías. “O Justo”, porque ele veio para expor ao mundo o que realmente significa justiça em sua essência, perfeição e simetria. Não há desfalque na justiça perfeita; não há como descobrir qualquer falha no Senhor, caso contrário ele não teria esse nome tão exaltado pelo Pai. É nesse nome e nessa perfeita justiça que os crentes recebem o título de justos em toda extensão das Escrituras. Vemos o justo Abel, o justo Noé, o justo Abraão, o justo Jó e, por incrível que pareça o justo Ló, e assim por diante. Nada deles, nada de nós, mas tudo desse Senhor maravilhoso, o qual veio ao mundo tendo em vista tirar nossas vestes imundas, tratar-nos com purificação completa e vestir-nos dessa veste mais alva que a neve.
        Assim, sem esse fundamento não seriam justos. O que nós somos neste mundo? De onde viemos? Somos de uma raça caída, condenada e nossa história em nada é bela; não nascemos em “berço de ouro”. Viemos de escravidão, da miséria, de elementos marcados para serem atirados no tormento eterno com toda justiça, porque pecamos contra Deus. Acredito que muitos chamados crentes hoje nem sequer entenderam essas verdades no íntimo. O engano do pecado sabe bem como manter a verdade tão oculta que por fora os homens se sentem abençoados e até mesmo salvos. Mas a mensagem do evangelho vem destruir todo esse falso fundamento e destruir toda construção religiosa que é vã. Sem o fundamento certo ninguém consegue ser crente, nem tampouco viver como crente.
        Ah! Que tristeza ver como satanás atua de tal maneira que encobre a realidade do estado miserável e vil do homem! Todos gostam de ser visto como religiosos, bonzinhos e aparentemente santos. Mas, enquanto o homem não receber o título, dado por Deus de “justo”, tudo o que ele pensa ser válido aqui cai por terra como uma árvore que tombou ante a força do vento. Sem a justiça de Cristo o homem não passa de um inimigo de Deus, caído e marcado para a destruição eterna. O fundamento do salvo é a cruz, o firme e inabalável alicerce da salvação de suas almas. Quem poderá destruir esse fundamento feito pela graça? Ninguém! Tudo o que o salvo é foi conquista pelo sangue remidor do nosso Cordeiro amado. O que obtivemos? Perdão, reconciliação, justiça, santidade, amor e esperança. Tudo obtido na perfeita justiça que há no Filho de Deus. Nada disso é abalado.
        O que estamos tratando, entretanto é o perigo que neste mundo você e eu amado irmão estamos sendo empurrados para negar o Senhor. O perigo está em sermos fragilizados na fé e desviar nossos olhos da graça e assim sair da firmeza da verdade. Que o Senhor venha em sua bondade nos livrar de todo mal.

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