terça-feira, 26 de setembro de 2017

VIVER E MORRER (4)




“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O QUE REALMENTE SIGNIFICA “O VIVER É CRISTO”.
        É claro que não estamos lidando com meros argumentos supersticiosos de homens religiosamente fanáticos. O “viver é Cristo” nos leva a entender que Paulo está tratando de vida e não de um estilo de vida que alguém determina a seguir. Um comunista pode declarar que para ele o viver é seu partido e que está pronto a morrer por aquele ideal. Homens vivem e morrem pelos seus líderes políticos e religiosos. Mas o que Paulo fala em Filipenses não está tratando dessa escolha irracional dos homens. Paulo um dia se converteu a Cristo numa experiência única, especialmente preparada para ele. O velho Saulo ligado a Adão morreu e nasceu um novo homem humilde, que conheceu seu Senhor e Salvador, o qual tanto lhe amou e morreu em seu lugar. O que ocorreu com ele a bíblia chama de “novo nascimento”. Por essa razão Paulo sabia que a vida Dele está na pessoa, e essa vida está em todo aquele que um dia se converteu ao Senhor.
        Preciso encher meu comentário dessas verdades. Todos nós nascemos em Adão e temos a vida que veio de nossos pais terrenos. Carregamos em nós a imagem de nosso pai e sua natureza pecaminosa é a nossa natureza também. Não há um homem especial neste mundo; não há alguém que nasceu fora desse contexto natural: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo..., assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12). Os homens pensam que há diferença; pensam que os mais ricos, os mais cultos e os mais fortes são pessoas diferentes, especiais. Mas quanta ilusão! Deus vê a todos na mesma família caída e no mesmo tamanho do pecado. Não há diferença para ele.
        No novo nascimento a pessoa recebe a vida que há no Filho de Deus. Cristo Jesus veio ao mundo para identificar-se como Homem com uma nova raça. Ele é chamado de “o segundo Adão”. Assim, todos os verdadeiros crentes estão unidos a ele nessa nova vida; todos os salvos têm igualmente a mesma vida. Tanto faz Pedro, Paulo, Joaquim, Maria, José, Joana, etc. Aquele que um dia ouviu a mensagem do evangelho e foi salvo, participa agora e para sempre dessa ligação com Cristo e forma a raça em Cristo. Assim todos os crentes podem dizer com a firmeza da fé: “Porque para mim o viver é Cristo”. Isso não é orgulho, não é querer ser super espiritual. Isso é pura verdade que está registrada no coração.
        Essa estrutura inabalável já foi montada, porque na cruz Cristo conquistou para seu povo essa grandiosa e eterna posição nele. Todos os salvos estão “em Cristo” (Romanos 12:1). A cruz é a fonte da nossa história; foi ali que todos os pecadores por quem Cristo morreu foram unidos a ele em sua morte, sepultamento e ressurreição. A circunstância que passa cada um em sua conversão pode ser diferente. Nunca houve alguém fora de Paulo que ouviu a voz do Senhor na entrada de Damasco. As circunstâncias diferem e cada um pode contar como foi que Deus o chamou à salvação. Mas a salvação é igual a todos; a fé é a mesma. O ladrão na cruz foi salvo da mesma maneira que Paulo foi, que eu fui e que outros foram. O novo nascimento é igual e os instrumentos – a palavra e o Espírito Santo – fazem o trabalho igualmente na vida de todos.

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