“Porque
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O
QUE REALMENTE SIGNIFICA “O VIVER É CRISTO”.
É claro que não estamos lidando com
meros argumentos supersticiosos de homens religiosamente fanáticos. O “viver é
Cristo” nos leva a entender que Paulo está tratando de vida e não de um estilo
de vida que alguém determina a seguir. Um comunista pode declarar que para ele
o viver é seu partido e que está pronto a morrer por aquele ideal. Homens vivem
e morrem pelos seus líderes políticos e religiosos. Mas o que Paulo fala em
Filipenses não está tratando dessa escolha irracional dos homens. Paulo um dia
se converteu a Cristo numa experiência única, especialmente preparada para ele.
O velho Saulo ligado a Adão morreu e nasceu um novo homem humilde, que conheceu
seu Senhor e Salvador, o qual tanto lhe amou e morreu em seu lugar. O que ocorreu
com ele a bíblia chama de “novo nascimento”. Por essa razão Paulo sabia que a
vida Dele está na pessoa, e essa vida está em todo aquele que um dia se
converteu ao Senhor.
Preciso encher meu comentário dessas
verdades. Todos nós nascemos em Adão e temos a vida que veio de nossos pais terrenos.
Carregamos em nós a imagem de nosso pai e sua natureza pecaminosa é a nossa
natureza também. Não há um homem especial neste mundo; não há alguém que nasceu
fora desse contexto natural: “Assim como por um só homem entrou o pecado no
mundo..., assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”
(Romanos 5:12). Os homens pensam que há diferença; pensam que os mais ricos, os
mais cultos e os mais fortes são pessoas diferentes, especiais. Mas quanta
ilusão! Deus vê a todos na mesma família caída e no mesmo tamanho do pecado.
Não há diferença para ele.
No novo nascimento a pessoa recebe a
vida que há no Filho de Deus. Cristo Jesus veio ao mundo para identificar-se
como Homem com uma nova raça. Ele é chamado de “o segundo Adão”. Assim, todos
os verdadeiros crentes estão unidos a ele nessa nova vida; todos os salvos têm
igualmente a mesma vida. Tanto faz Pedro, Paulo, Joaquim, Maria, José, Joana,
etc. Aquele que um dia ouviu a mensagem do evangelho e foi salvo, participa
agora e para sempre dessa ligação com Cristo e forma a raça em Cristo. Assim
todos os crentes podem dizer com a firmeza da fé: “Porque para mim o viver é
Cristo”. Isso não é orgulho, não é querer ser super espiritual. Isso é pura
verdade que está registrada no coração.
Essa estrutura inabalável já foi
montada, porque na cruz Cristo conquistou para seu povo essa grandiosa e eterna
posição nele. Todos os salvos estão “em Cristo” (Romanos 12:1). A cruz é a
fonte da nossa história; foi ali que todos os pecadores por quem Cristo morreu
foram unidos a ele em sua morte, sepultamento e ressurreição. A circunstância
que passa cada um em sua conversão pode ser diferente. Nunca houve alguém fora
de Paulo que ouviu a voz do Senhor na entrada de Damasco. As circunstâncias
diferem e cada um pode contar como foi que Deus o chamou à salvação. Mas a
salvação é igual a todos; a fé é a mesma. O ladrão na cruz foi salvo da mesma
maneira que Paulo foi, que eu fui e que outros foram. O novo nascimento é igual
e os instrumentos – a palavra e o Espírito Santo – fazem o trabalho igualmente
na vida de todos.
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