“Diz
o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem e praticam abominação; já
não há quem faça o bem” (Salmo 14:1)
O
MAIS PODEROSO RESULTADO DO ATEISMO NO CORAÇÃO: “...corrompem...”.
No ateísmo o propósito é não ter medo de
andar; é ser corajoso e agir conforme a pessoa quer agir. Usemos como
ilustração o Faraó quando foi abordado por Moisés e Arão. Enquanto não houve
nenhum enviado do céu, para o monarca egípcio tudo ia bem, tudo era favorável e
seu domínio escravizador funcionava com sucesso. Mas, quando a voz de Deus
ecoou por boca de Moisés, eis que Faraó mostrou ser o que era. No íntimo não
havia ninguém acima dele; não havia rei diante de quem ele tivesse que prestar
contas, por isso andava sem qualquer temor. Isso é ateísmo na prática.
Também, posso assegurar que sem a
presença de Deus à frente, o ateu sente no íntimo certa liberdade. Ele vê a
vida do ponto de vista natural; os obstáculos que existem não interpelam os
propósitos ocultos do seu coração. O ateísmo prático realmente é o pecado
galanteando o coração; é o pecado deificando o ego e declarando que a pessoa é
livre e que tem direitos de fazer o que bem quiser; é o pecado declarando que
ninguém vê e que jamais haverá qualquer censura ou punição pelos seus atos; é o
pecado no íntimo declarando que a pessoa é cheia de boas obras e que até mesmo
merece um descanso após a morte.
Consciente que Deus não está presente,
eis que tudo à frente é corrompido, ao invés de ser santificado. O ateu não vê
Deus, motivo de temor e de tremor. E mesmo que de repente ele seja chacoalhado
por circunstâncias terríveis, como enfermidades, desastres e outras mazelas da
vida, o ateu prático é despertado por um instante apenas, e não demora em que
tudo volte a funcionar conforme sempre quis. Foi assim com o perverso rei
Acabe, pois ficou por algum tempo chocado com as palavras de Elias, de que Deus
iria sim destruir sua família. Não demorou muito e ele retornou ao seu caminho
original de viver sem Deus no mundo.
Sabemos mediante as Escrituras que Deus
reina e governa sobre tudo e sobre todos. Mas o ateísmo prático nem sequer
pensa nisso. Se falar com ele sobre os perigos do caminho e sobre um Deus que
tudo vê e julga perfeitamente, eis que o ateu na prática passará por cima de
tudo isso, a fim de agir conforme sempre quis. O ateu não se submete a um Deus
invisível. Ele pode temer seus ídolos e até mesmo se apegar a algum homem. Mas
no tocante ao Senhor eis que no íntimo ele o ignora. O ateísmo prática funciona
como a locomotiva de um trem que puxa os vagões. Assim age o homem que vive sem
Deus no mundo, pois leva consigo sua família, amigos, serviço, etc. Deixado
solto ele há de se corromper ainda mais. Nem mesmo a presença da morte por
perto mudará seu coração. A perversa Jezabel, mulher do rei Acabe, mesmo vendo
chegar os juízos de Deus para leva-la à morte, ainda assim estava pronta para
morrer em seu ódio contra Deus (2 Reis 10).
Sendo assim, o ateísmo prático é
revelado no viver de todos quantos não se converteram ao Senhor. Quando
verdadeiros crentes começam a viver assim, desviando da rota certa, não demora
para que Deus chegue com seus açoites de disciplina. Com o ímpio não há
disciplina, pelo contrário, as suas práticas perversas servem como grilhões,
algemas e cordas para lhe manter aprisionado. Somente o Senhor Jesus pode
libertar essas almas dessa escravidão tão imperceptível do pecado.
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