“Porque
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O
QUE REALMENTE SIGNIFICA “O VIVER É CRISTO”.
Também, uma definição mental pode ser
resultado de engano, tanto quanto a definição firmada em emoções. Israel, nos
dias de Isaías afirmava que amava o Senhor, mas o coração estava longe dele.
Declarar que o viver é Cristo não é brincadeira. Deve ser uma confissão do
coração, confirmada pela autoridade da verdade bíblica. Creio que a melhor
maneira de entender isso é partir para aquilo que a palavra de Deus nos ensina.
É claro que estamos lidando com vida: “...o
viver...” e isso significa milagre, porque nada nem ninguém pode dar vida. O
fato que alguém é religioso, frequenta uma denominação evangélica e tem muito
fervor e zelo, não significa que há vida naquela pessoa. Se o “viver é Cristo”,
então nada tem esse viver com a vida natural, a vida que recebemos em Adão.
Pedro afirma em sua primeira carta que a vida que recebemos de nossos pais é
corrompida e não tem qualquer aceitação da parte de Deus (1:18). Creio que
olhando do ponto de vista natural, a religião de Paulo era muito melhor que
outras religiões de nossos dias. Digo mais, que a vida de Paulo antes da sua conversão
era incrivelmente melhor e mais digna do que a de muitos que se gabam de sua
religiosidade. Mas nada disso pode
assegurar uma confissão como essa, feita pela boca daquele apóstolo convertido:
“Porquanto, para mim o viver é Cristo...”.
Então, vamos àquilo que importa. O “viver
é Cristo” traz à lume a verdade do novo nascimento, ensino que é tão destacado
em todo Novo Testamento. Vemos essa verdade em João 1:12 e 13, onde o Espírito
Santo deixa bem claro que aqueles que creem no Filho de Deus nascem, não da
vontade da carne, nem do homem, mas sim de Deus. Sendo assim, podemos afirmar
que aquilo que Paulo confessou em Filipenses deve ser a confissão de todos
quantos passaram pelo novo nascimento. Não foi uma experiência particular de
Paulo porque ele era apóstolo e porque havia obtido revelações especiais. Paulo
conheceu o Senhor da mesma maneira que Pedro, João, Barnabé, Estevão, o ladrão
na cruz e outros milhares de santos também conheceram.
“O viver é Cristo” declara que a vida do
Senhor está na pessoa; que foi arrancado do mero viver natural (1 Coríntios
2:14); que é alguém nascido do alto, obra realizada de forma miraculosa, pelo
poder do Espírito Santo e da palavra (João 3:5). Vejo hoje quantos que afirmam ser
crentes ficam emudecidos diante de tal verdade. Sem o novo coração purificado e
feito habitação do Espírito Santo, não há como a pessoa se livrar do mundo e
dos interesses carnais, porque continua como escravo. Somente pecadores salvos
podem confessar que o viver deles é Cristo. Uma mera profissão de fé não
resolve; uma mera disposição momentânea não significa que Deus mudou o coração
do perdido.
A ordem do céu a todos os homens
permanece inalterada: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam
cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19). O que estamos precisando ver hoje?
Homens e mulheres cujos corações sentem o peso da culpa. Precisamos ver hoje
homens e mulheres que olham para a palavra e querem beber dessa agua para nunca
mais ter sede. O Senhor veio ao mundo para buscar e salvar perdidos. O milagre
acontece quando vemos homens e mulheres, contritos de coração, buscando esse
Salvador e Senhor para suas vidas.
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