“Cri, por isso falei.
Estive muito aflito. Dizia na minha pressa: Todos os homens são mentirosos. Que
darei ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da
salvação, e invocarei o nome do Senhor. Pararei os meus votos ao Senhor, agora,
na presença do Senhor. Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”.
(Salmo 116:10-16).
A VIDA CRISTÃ RICA DE ESPERANÇA:
“Preciosa é aos...”
Posso afirmar categoricamente que o
verso 15 dá o toque final aos anseios do coração de uma alma convertida. Quando
a alma está ligada a Cristo, eis que a visão do salvo vê infinitamente além
daquilo que o mundo pode ver. No pecado os homens estão entre duas verdades
apenas: Sua entrada aqui pelo nascimento e sua morte que fatalmente virá. Os
olhos cegados pelo pecado não pode enxergar o que vem antes do nascimento, nem
tampouco o que virá após a morte. O que ocorreu com o salmista foi que ele
percebeu essas coisas, quando viu as consequências de sua conversão em relação
ao mundo. Assim que ele consagrou sua vida e se dispôs pela fé a um viver
obediente a Deus, eis que a esperança da glória encheu sua visão. Por essa
razão ele cita o conhecido verso 15: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte
dos seus santos”.
Meditemos um pouco acerca da morte,
porque à luz da nossa visão natural das coisas aqui, a morte é igual a todos.
Essa é a conclusão do escritor do livro de Eclesiastes, porque em sua visão ele
vê tudo abaixo do sol. Mas a fé nos faz ver o quanto a morte dos santos é
diferente da morte do salvo. Quando observamos a palavra de Deus, eis que tudo
muda e entendemos a vida de um ponto de vista diferente. A morte nos traz
tristezas, nos envolve de luto, saudade e sofrimento no íntimo. Aqui nós
choramos a perda de nossos entes queridos, mas o que Deus fala acerca disso? A resposta
aparece nesse tão maravilhoso verso 15: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte
dos seus santos”. Para Deus, quando um santo morre é algo agradável a ele.
Incrível, mas essa verdade enche os
corações dos santos da real esperança. Quando deixamos este mundo, realmente
estamos indo definitivamente para nosso lar. Os santos são o povo de Deus; os
santos compõem a família de Deus; os santos são aqueles que foram chamados na
salvação para serem participantes da glória eterna. Quando Estêvão estava
sofrendo a agonizante morte por apedrejamento, eis que o Senhor se ergueu do
trono no céu, a fim de receber seu servo (Atos 7:56). O que isso significou
para o salmista? Ele estava eufórico e convicto em sua consagração; estava
certo que se aqui perdesse amigos, parentes e família, eis que ganharia infinitamente
mais depois que deixasse este mundo.
Veja o que Deus diz! Ele afirma que a
morte dos santos é o acontecimento que enche seu coração de prazer. Seu povo
participa da ressurreição; seu povo foi eleito para viver para sempre com ele
em estado de perfeição. A família do povo de Deus está no céu e não na terra.
Eles morrem fisicamente; seus corpos marcados pela corrupção voltam ao pó. Mas
suas almas purificadas sobem rapidamente para o lugar preparado por Cristo no
céu. Os santos são os filhos da ressurreição, conforme nosso Senhor afirmou: “...e
eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44). Quando Moisés morreu, eis que
aquele grande líder de Israel foi para usufruir sua liberdade. A morte o
libertou de toda opressão, tristeza, angústia e dor. Não vale a pena consagrar
nossas vidas ao Senhor?
Mas, quão terrível é a morte do ímpio! O
Senhor assegurou em Ezequiel que ele não tem prazer na morte do incrédulo. Que
terrível verdade! Ele sabe o quanto as consequências são eternas, porque os
ímpios são banidos da face de Deus. Não é o momento para uma conversão no
coração? Não é o momento para que almas se voltem e se entreguem ao Senhor em
sincero arrependimento?
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