“Cri, por isso falei.
Estive muito aflito. Dizia na minha pressa: Todos os homens são mentirosos. Que
darei ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da
salvação, e invocarei o nome do Senhor. Pararei os meus votos ao Senhor, agora,
na presença do Senhor. Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”.
(Salmo 116:10-16).
A VIDA CRISTÃ CONSAGRADA: “que
darei ao Senhor?”
O salmista mostra sua disposição em
consagrar-se no caminho estreito, com toda disposição na alma de enfrentar os
perigos por amor a Cristo; com toda convicção de jamais negar sua fé, mesmo que
isso venha a ser ofensivo aos homens. Ele está disposto a beber o cálice da
salvação, que é tomar o caminho rumo ao céu e agradar a seu Senhor. Ele não faz
isso para ganhar méritos para alcançar a salvação, porque ele já foi
conquistado por Deus na salvação de sua alma. Ele agora vê o quanto precisa de
andar com o Senhor; de conviver com ele, falar com ele e depender dele.
Ele vai ainda mais longe em sua decisão:
“...e invocarei o nome do Senhor”. Ele está disposto a andar na dependência de
Deus. Muitos que são chamados de crentes em nossos dias nem sequer meditam na
extrema necessidade de depender de Deus em todos os aspectos de sua vida.
Muitos correm para Deus quando precisam de uma intervenção miraculosa do
Senhor. Notamos essa verdade desde o abandono da leitura e meditação diária da
palavra, até ao abandono voluntário aos cultos de oração na igreja. Isso
reflete bem o estado de orgulho no qual muitos vivem, provando que jamais houve
qualquer quebrantamento na salvação. Todos os genuínos crentes carregam uma
natureza corrompida e cheia de orgulho, contra o qual temos que lutar
diariamente. Mas um orgulho normal, natural e proposital no viver está dando
sinais claros que jamais houve arrependimento e conversão genuína. A soberba
que jamais foi mortificada mostra que a alma caminha aqui longe de Deus.
A vida cristã genuína mostra que a todo
instante a alma clama a Deus; que depende dele; que não pode viver sem ele,
senão tropeça e cai. O genuíno crente não se orgulha do fato que está livre de
horríveis pecados, mas crê que um viver sem o Senhor e para a glória dele é
trilhar com o mundo e amando este sistema maligno. Não fomos salvos para
vivermos como bem quisermos aqui, e ainda nutrir esperança da glória. Fomos
salvos para que pudéssemos ser filhos de Deus e assim preparados diariamente
para andar em santidade. O caminho dos santos mostra o quanto requer que eles
vivam em oração, aprendendo da palavra, prontos para lutar diariamente contra
satanás, o mundo e as estratégias da nossa própria carne. Não há sequer um dia
para nós que não seja de lutas e enfrentando perigos que rondam nossas almas.
Também, o salmista mostra sua disposição
de obediência: “...e cumprirei os meus votos”. Andar na graça não significa
libertinagem, mas sim a disposição de obedecer a Deus. Fomos ligados ao Senhor;
tornamo-nos seus filhos e santos; o reino de Deus é nosso reino e somos
participantes desse reino. Cada crente deve ser zeloso e ativo em suas
responsabilidades diante de Deus e dos homens. Que não venhamos a ser motivos
de escárnios da parte deste mundo; que sejamos fieis, cada um no cumprimento de
suas obrigações, a fim de que o nome do Senhor e seu reino não sejam
desonrados. Nossos dias são perigosos e satanás continua lutando contra o povo
de Deus. Suas armas são letais e suas mentiras são formuladas de tal maneira
que não percebemos seus ardis e malícias.
Que sejamos nós humildes e aplicados ao
conhecimento da palavra de Deus diariamente. Que sejamos homens e mulheres de
oração, cheios de temor, a fim de que a glória de Deus do nosso Deus seja vista
num viver simples o obedientes a ele, conforme ele requer de nós.
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