segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O TESTEMUNHO DO SALVO NESTA VIDA (9)



                     
“Cri, por isso falei. Estive muito aflito. Dizia na minha pressa: Todos os homens são mentirosos. Que darei ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor. Pararei os meus votos ao Senhor, agora, na presença do Senhor. Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”. (Salmo 116:10-16).
                A VIDA CRISTÃ CONSAGRADA: “que darei ao Senhor?”
        O salmista mostra sua disposição em consagrar-se no caminho estreito, com toda disposição na alma de enfrentar os perigos por amor a Cristo; com toda convicção de jamais negar sua fé, mesmo que isso venha a ser ofensivo aos homens. Ele está disposto a beber o cálice da salvação, que é tomar o caminho rumo ao céu e agradar a seu Senhor. Ele não faz isso para ganhar méritos para alcançar a salvação, porque ele já foi conquistado por Deus na salvação de sua alma. Ele agora vê o quanto precisa de andar com o Senhor; de conviver com ele, falar com ele e depender dele.
        Ele vai ainda mais longe em sua decisão: “...e invocarei o nome do Senhor”. Ele está disposto a andar na dependência de Deus. Muitos que são chamados de crentes em nossos dias nem sequer meditam na extrema necessidade de depender de Deus em todos os aspectos de sua vida. Muitos correm para Deus quando precisam de uma intervenção miraculosa do Senhor. Notamos essa verdade desde o abandono da leitura e meditação diária da palavra, até ao abandono voluntário aos cultos de oração na igreja. Isso reflete bem o estado de orgulho no qual muitos vivem, provando que jamais houve qualquer quebrantamento na salvação. Todos os genuínos crentes carregam uma natureza corrompida e cheia de orgulho, contra o qual temos que lutar diariamente. Mas um orgulho normal, natural e proposital no viver está dando sinais claros que jamais houve arrependimento e conversão genuína. A soberba que jamais foi mortificada mostra que a alma caminha aqui longe de Deus.
        A vida cristã genuína mostra que a todo instante a alma clama a Deus; que depende dele; que não pode viver sem ele, senão tropeça e cai. O genuíno crente não se orgulha do fato que está livre de horríveis pecados, mas crê que um viver sem o Senhor e para a glória dele é trilhar com o mundo e amando este sistema maligno. Não fomos salvos para vivermos como bem quisermos aqui, e ainda nutrir esperança da glória. Fomos salvos para que pudéssemos ser filhos de Deus e assim preparados diariamente para andar em santidade. O caminho dos santos mostra o quanto requer que eles vivam em oração, aprendendo da palavra, prontos para lutar diariamente contra satanás, o mundo e as estratégias da nossa própria carne. Não há sequer um dia para nós que não seja de lutas e enfrentando perigos que rondam nossas almas.
        Também, o salmista mostra sua disposição de obediência: “...e cumprirei os meus votos”. Andar na graça não significa libertinagem, mas sim a disposição de obedecer a Deus. Fomos ligados ao Senhor; tornamo-nos seus filhos e santos; o reino de Deus é nosso reino e somos participantes desse reino. Cada crente deve ser zeloso e ativo em suas responsabilidades diante de Deus e dos homens. Que não venhamos a ser motivos de escárnios da parte deste mundo; que sejamos fieis, cada um no cumprimento de suas obrigações, a fim de que o nome do Senhor e seu reino não sejam desonrados. Nossos dias são perigosos e satanás continua lutando contra o povo de Deus. Suas armas são letais e suas mentiras são formuladas de tal maneira que não percebemos seus ardis e malícias.
        Que sejamos nós humildes e aplicados ao conhecimento da palavra de Deus diariamente. Que sejamos homens e mulheres de oração, cheios de temor, a fim de que a glória de Deus do nosso Deus seja vista num viver simples o obedientes a ele, conforme ele requer de nós.

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