“Diz
o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem e praticam abominação; já
não há quem faça o bem” (Salmo 14:1)
A
TERRÍVEL CONFISSÃO ATEÍSTA: “...não há Deus”.
Convido o amado leitor para acompanhar o
texto em sua profundidade, porque o que vem a seguir prova a veracidade do
estado depravado do homem em relação a Deus. Qual é a confissão do homem em
relação a Deus? “Não há Deus”. Ele não está declarando que Deus não existe, mas
sim que ele não está presente. Ele vasculhou tudo à luz da mentalidade natural
e chegou a conclusão que Deus não está à frente, nem nas laterais nem tampouco
atrás. Noutras palavras, ele continuamente diz que não vê Deus em lugar nenhum,
por isso o caminho está livre para sua jornada no pecado.
A conclusão é que essa confissão tem por
finalidade controlar e guiar o homem no viver dele diariamente. Essa confissão
é contínua, a cada instante o ateísta está dizendo no íntimo: “...não há Deus”.
Não significa que ele não quer nenhuma divindade. O homem não pode viver sem
erigir no coração seu deus preferido. Notamos essa verdade em Jeremias 17, pois
Deus revela o fato que o povo judeu tinha seu ídolo gravado na parede do
coração. Os homens são assim, pois ao pensar que estão livres do Deus vivo e
verdadeiro, eis que eles convocam uma divindade paganizada. Já falei tanto
sobre o povo de Israel ali ao pé do monte Sinai (Êxodo 31). Qual foi a atitude deles?
Havia temor e reverência em seus corações? Claro que não! Eles trabalharam bem
em equipe para montar um sistema religioso imediatamente. Aquela atitude partiu
de seus corações pervertidos, e assim foram unânimes em fabricar o bezerro de
ouro, conforme seus corações inventaram.
Assim podemos entender que o coração do
homem é cheio de malícias e ciladas. O pecado não pode mostrar sua face cruel e
destruidora com a presença de Deus. Por essa razão todo empreendimento e
táticas são feitos no íntimo. Para que possam fazer o que anelam fazer em seus
caprichos e paixões, eis que os homens precisam ser ateus no coração.
Observemos de perto a atitude do rei Acabe (1 Reis 21), porque quando quis
obter a vinha de Nabote, ao lado do palácio, imediatamente seu coração projetou
todo mal intento e armou ciladas. Quem poderia obter aquela vinha? Sua perversa
esposa, Jezabel. Vemos que houve uma unidade de pensamentos entre ele e sua vil
mulher. Naquele momento no coração eles estavam dizendo: “Não há Deus” e o
pecado lhes enganou de tal maneira que eles imaginaram que jamais seriam vistos
nem tampouco punidos.
É assim que age o pecado no íntimo. No
sistema teológico do pecado, Deus não está presente, por isso a vida aqui é
vista como um ambiente para a livre iniciativa no mal. O pecado transmite ao
coração o ensino de que não há alguém vendo, odiando, punindo e destruindo o
mal. Também já mencionei o caso do rei Davi no caso com Bate-Seba. Vemos bem
que até mesmo um homem crente pode tomar a direção ateísta no viver. Quando ele
viu a bela mulher, imediatamente o pecado entrou em ação e no íntimo Davi
estava como que dizendo: “Não há Deus”. Então o caminho está livre, sou um rei
e tenho direito de ter a mulher que eu quiser. Assim um homem de Deus foi
transformado num covarde, assassino, desafiando o santo de Israel que tudo via.
Oh! Que nossos corações sejam tomados de santo temor e humildade, a fim de que
caiamos aos pés daquele que sem acepção de pessoas julga as obras de cada um.
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