quinta-feira, 14 de setembro de 2017

DISPOSIÇÃO ATEISTA DOS HOMENS (5)




“Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem e praticam abominação; já não há quem faça o bem” (Salmo 14:1)
A TERRÍVEL CONFISSÃO ATEÍSTA: “...não há Deus”.
        Posso assegurar que essa confissão ateísta do coração do homem tem como finalidade destronizar Deus, tirando-o do seu lugar de honras e glórias. Note bem que a incredulidade não duvida da existência dele. O que acontece é que o ímpio não quer vê-lo à frente; não quer sua presença absolutamente. Por essa razão o pecado no íntimo prevalece com sua mentira, confirmando ilusoriamente que Deus foi tirado; que ele está longe, que está ocupado em algum lugar e que teve de abandonar seu posto. Noutras palavras o ateísmo está declarando no coração que os atributos do Senhor não funcionam e que o caminho está livre.
        Posso mostrar como isso ocorre levando meus leitores ao Salmo 94. O salmista está rogando a Deus sua presença para julgar a atitude dos soberbos: “Exalta-te, ó juiz da terra; dá o pago aos soberbos!” (verso 2). O que está acontecendo? O salmista afirma que os homens ímpios caminham pelos caminhos da perversidade e ainda se enchem de vanglórias. Então no verso 7 vemos a conclusão que eles têm acerca de Deus: “E dizem: O Senhor não o vê; nem disso faz caso o Deus de Jacó”. O que tem no coração ateísta dos homens? Segundo eles Deus não é onipresente nem onisciente. Com essa mentalidade eles se sentem na liberdade de proferirem o que querem e praticar seus atos perversos como bem querem.
        Em nossos dias vemos como a maldade cresce cada vez mais, por isso os corações dos homens se fortalecem num ateísmo prático. Eles seguem dia a dia com seus adultérios, fornicações, palavras terrivelmente podres saindo de seus lábios e outras maldades provenientes de seus corações. Por quê? A razão é que o ateísmo oculto no íntimo declara que Deus é um ser fraco e inoperante. Os homens na prática da impiedade ficam mais e mais fortalecidos naquilo que veem, tocam e sentem. Quando desaparece o temor ao Senhor, eis que certamente o mundo vai transbordar com esse espírito de maldade. Para os homens no pecado a divindade é algo que eles mesmos criam no coração e essa divindade é desprovida de qualquer poder para julgar e punir o culpado.
        Então, o ateísmo prático tem como finalidade lançar fora tudo o que pertence a Deus em sua glória. O pecado não pode subsistir num ambiente santo; não pode se erguer ante a presença da verdade revelada acerca de Deus. O pecado entra como furacão do inferno e quer marcar território, por assim dizer. Alguns dias atrás chamei a atenção de uma jovem por ela estar fornicando com seu namorado. Em suas palavras, aquela moça mostrou seu ateísmo, porque ela criou na mente um deus diferente. Segundo ela, seu deus queria sua felicidade e viver deitando com seu namorado era felicidade. Noutras palavras ela desenhou no íntimo o tipo de divindade que “abençoasse” seu viver perverso.
        Essa jovem não queria ouvir acerca do Deus vivo; ela nada queria ouvir acerca de um Deus que tudo vê, cuja ira está apontada para sua cabeça. Para ela não havia juízo e nem podia perceber que já estava algemada e agrilhoada pelo seu próprio orgulho. Milhares estão vivendo assim. Os homens nem sequer imaginam quanta desgraça lhes espera lá adiante e que o juízo já chegou como guardas trazendo consigo as algemas e grilhões que lhes aprisionam, até aquele momento tão terrível.

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