“Diz
o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem e praticam abominação; já
não há quem faça o bem” (Salmo 14:1)
A
TERRÍVEL CONFISSÃO ATEÍSTA: “...não há Deus”.
Posso assegurar que essa confissão ateísta
do coração do homem tem como finalidade destronizar Deus, tirando-o do seu
lugar de honras e glórias. Note bem que a incredulidade não duvida da
existência dele. O que acontece é que o ímpio não quer vê-lo à frente; não quer
sua presença absolutamente. Por essa razão o pecado no íntimo prevalece com sua
mentira, confirmando ilusoriamente que Deus foi tirado; que ele está longe, que
está ocupado em algum lugar e que teve de abandonar seu posto. Noutras palavras
o ateísmo está declarando no coração que os atributos do Senhor não funcionam e
que o caminho está livre.
Posso mostrar como isso ocorre levando
meus leitores ao Salmo 94. O salmista está rogando a Deus sua presença para julgar
a atitude dos soberbos: “Exalta-te, ó juiz da terra; dá o pago aos soberbos!”
(verso 2). O que está acontecendo? O salmista afirma que os homens ímpios caminham
pelos caminhos da perversidade e ainda se enchem de vanglórias. Então no verso
7 vemos a conclusão que eles têm acerca de Deus: “E dizem: O Senhor não o vê;
nem disso faz caso o Deus de Jacó”. O que tem no coração ateísta dos homens?
Segundo eles Deus não é onipresente nem onisciente. Com essa mentalidade eles
se sentem na liberdade de proferirem o que querem e praticar seus atos
perversos como bem querem.
Em nossos dias vemos como a maldade cresce
cada vez mais, por isso os corações dos homens se fortalecem num ateísmo
prático. Eles seguem dia a dia com seus adultérios, fornicações, palavras
terrivelmente podres saindo de seus lábios e outras maldades provenientes de
seus corações. Por quê? A razão é que o ateísmo oculto no íntimo declara que
Deus é um ser fraco e inoperante. Os homens na prática da impiedade ficam mais
e mais fortalecidos naquilo que veem, tocam e sentem. Quando desaparece o temor
ao Senhor, eis que certamente o mundo vai transbordar com esse espírito de
maldade. Para os homens no pecado a divindade é algo que eles mesmos criam no
coração e essa divindade é desprovida de qualquer poder para julgar e punir o
culpado.
Então, o ateísmo prático tem como
finalidade lançar fora tudo o que pertence a Deus em sua glória. O pecado não
pode subsistir num ambiente santo; não pode se erguer ante a presença da
verdade revelada acerca de Deus. O pecado entra como furacão do inferno e quer
marcar território, por assim dizer. Alguns dias atrás chamei a atenção de uma
jovem por ela estar fornicando com seu namorado. Em suas palavras, aquela moça
mostrou seu ateísmo, porque ela criou na mente um deus diferente. Segundo ela,
seu deus queria sua felicidade e viver deitando com seu namorado era felicidade.
Noutras palavras ela desenhou no íntimo o tipo de divindade que “abençoasse”
seu viver perverso.
Essa jovem não queria ouvir acerca do
Deus vivo; ela nada queria ouvir acerca de um Deus que tudo vê, cuja ira está apontada
para sua cabeça. Para ela não havia juízo e nem podia perceber que já estava
algemada e agrilhoada pelo seu próprio orgulho. Milhares estão vivendo assim.
Os homens nem sequer imaginam quanta desgraça lhes espera lá adiante e que o
juízo já chegou como guardas trazendo consigo as algemas e grilhões que lhes
aprisionam, até aquele momento tão terrível.
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