quarta-feira, 5 de abril de 2017

O REI DA GLÓRIA (5)

                                                       Salmo 24
O REI DA GLÓRIA É SANTO (versos 3-6)
        O que vem a seguir são perguntas perscrutadoras: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?”. Creio que elas servem como motivos bem claros para nossa profunda humilhação, mostrando o quanto vivemos neste mundo sob a miséria do pecado e marcados para a certeza da morte. A morte é a maior prova do quanto os homens são movidos pela soberba de querer tomar o mundo para si, achando que tudo pertence a eles, não dando a Deus a glória e a honra que lhes pertencem. Eles nada percebem porque vivem no mundo como ateus; eles são mobilizados por aquilo que seus olhos físicos veem e seus pensamentos são guiados pelo engano de achar que têm longo caminho pela frente. Os dois primeiros versos aparecem primeiramente para declarar que tudo é do Senhor e não há qualquer possibilidade dos homens tomar ou destruir aquilo que foi criado de forma poderosa, santa e justa pelo Criador.
        Na primeira pergunta eis que Deus está como que, declarando aos homens que eles não vão ficar aqui; que eles vão deixar este mundo e que nada, nem mesmo uma palha seca levarão consigo. Deus está mostrando que este planeta está no pecado, que tudo será destruído, e para onde irão aqueles que morrem? Deus está declarando que os homens não têm morada permanente aqui, que a ordem vem de Deus: “...ao homem está ordenado morrer uma só vez...”. Deus está mostrando que o lugar de habitação não é a terra, mas sim o céu: “Quem subirá ao monte do Senhor?”. Noutras palavras, Deus está mostrando aos homens que eles, com seus corações endurecidos vão ser atirados no inferno, caso não se arrependam e se convertam ao Filho. Essa verdade que aparece na pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor?” deve sem dúvida ser motivo de aflição e desespero da parte dos homens que ainda continuam em seus pecados. Milhões e milhares vivem assim neste mundo, a única paz que eles têm é momentânea e depende inteiramente das circunstâncias, por isso que aparentam certa calma, até que os inimigos mortais surgem para arranca-los deste mundo, como se arrancam uma raiz.
        O que Deus faz é se colocar no seu lugar de glória: “Quem subirá ao monte do Senhor?” Os homens aqui não o buscam; eles agem como ateus, pois são espiritualmente cegos e não conseguem vislumbrar a glória e o poder de Deus revelados nas coisas criadas. No íntimo eles desafiam Deus e acreditam que ele nada pode fazer, nada percebendo que um dia verão com desespero eterno aquilo que para eles não passa de invenção religiosa. Outra lição aparece na segunda pergunta: “Quem há de permanecer em seu santo lugar?”. O engano do pecado vem dizer aos homens no íntimo que eles vão viver aqui para sempre; que acharão a felicidade aqui e que a morte está mui distante. Mas, quem pode permanecer aqui? Quem pode declarar que é dono de alguma coisa neste mundo? Cada ser humano não passa de um pobre peregrino nesta vida, não tendo habitação permanente aqui, mesmo sendo arrogante e achando que há de prevalecer em tudo e em tudo há de vencer.
        Mas, quão ludibriador é o coração! Para onde irá sua alma? Um dia irá deixar este vida; um dia deixará tudo que afirmava ser seu; para onde irá? Essa deveria ser a pergunta mais sábia que o homem deveria fazer a si mesmo. Sua luta deveria ser de achar um lugar permanente, e não agir como se fossem animais. O Salmo 24 aparece com uma mensagem do bondoso Deus; com perguntas desafiadoras aos corações. O espírito das trevas tem tomado milhões e milhares; nestes dias não vemos uma alma perturbada por sua condição diante de Deus. À cada dia cresce e aprofunda o amor pelos valores transitórios e carnais, enquanto dia a dia homens, mulheres, jovens, crianças e adolescentes estão sendo empurrados pela morte para o além. Meu amigo, para onde irá sua alma?

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