quinta-feira, 13 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (6)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO REVELADORA. “Eu sou”
        Veremos, também, que essa confissão traz tremenda revelação, pois não há qualquer titubeio da parte da esposa em relação ao marido: “Eu sou...”. Não esqueçamos que os homens só podem demonstrar que pertencem a Deus se houver confissão sincera e firme. Deus não aceita meras declarações; Deus não é levado por belas palavras. Quando Rute mostrou-se determinada em acompanhar Noemi e abandonar seu povo, eis que o que saiu dos seus lábios foi sincera confissão: “Onde quer que tu fores, irei eu...o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus...” (Rute 1). Não houve embaraços. Foi diferente com Orfa, pois ela logo avaliou e achou pesado deixar o conforto do seu país, a fim de acompanhar uma pobre viúva.
        Deus lida com pecadores confessos: “Se com a tua boca confessares...” (Romanos 10:9); “Se confessarmos os nossos pecados...” (1 João 1:9). Foram palavras de confissão que saíram da boca de Pedro, quando respondeu ao Senhor: “Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna” (João 6:68). A viver sincero e honesto nos relacionamentos humanos são definidos pela confissão, porque confissão vem do coração e não da boca para fora. Quando Israel se apostatou de Deus, o louvor deles era visto por Deus com atitude de hipocrisia, porque vinha dos lábios e não do coração. Nós declaramos o que somos por nossos atos e por nossas palavras. Um homem pode dizer com sua boca que ama sua esposa, mas seus atos provam que isso não é verdade, pois ele prova que tem outra. Uma mulher pode dizer também que está casada, que pertence ao seu esposo, quando realmente tem outro em seu coração. Deus não vê meras palavras, mas sim o que fala o coração.
        Posso seguramente afirmar que os mundanos têm sua confissão revelada em seu coração. No caso de Orfa, pois em sua atitude ela mostrou que seu povo, seus deuses e seu conforto eram melhores do que o Deus e o povo de sua sogra, Noemi. Os mundanos diariamente estão confessando que eles amam o dinheiro, o conforto, os prazeres. Ei-los nos bares com seus amigos; ei-los com seus palavrões; ei-los gastando seus recursos com aquilo que tanto amam. Os mundanos em seu amor e trato com o mundo não são hipócritas. Nosso viver revela o que somos e a quem amamos e nosso Senhor deixou isso bem claro quando afirmou: “...onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Nenhuma religião pode ocultar o que o homem em seu íntimo. Nosso Senhor chamou os fariseus de hipócritas, porque por fora pareciam espirituais, mas todo rito cerimonial e toda aparência deles encobriam suas perversidades ocultas no coração, mas vistas em seus atos como armadilhas.
        Devemos lembrar bem que podemos afirmar que somos crentes, que temos Jesus em nossos corações, mas a verdade é que nada há de sincera confissão vinda do recôndito de nossas almas. Pedro afirmou que por Jesus estaria pronto a dar sua vida, mas quando estava cercado pelos homens perversos que prenderam o Mestre, eis que Pedro abriu seus lábios para negar o Senhor três vezes. A verdade é que o mundo está sempre nos provando; satanás tem seus métodos para lidar conosco e revelar o que somos no coração, de tal maneira que nem percebemos que estamos confessando que não somos do Senhor. Muitos mostram que amam mais seus parentes, amigos e o mundo do que o Senhor.
        Quantos provam isso deixando a igreja, ignorando a bíblia e a devoção. Tais pessoas nos cultos têm suas línguas pesadas para a adoração, porque consideram a casa de Deus e a devoção a Deus como incômodos e empecilhos para o bem-estar delas. Faltam sim, faltam homens e mulheres que realmente amam a Cristo, que de todo coração confessam perante o mundo, parentes, amigos, o diabo e a carne: “Eu sou do meu amado, o meu amado é meu”.

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