“Pelo
contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes” (1 Coríntios
1:26-30)
EXAMINANDO
OS VOCACIONADOS À SALVAÇÃO (verso 26)
Minha esperança é que a introdução tenha
sido útil para a compreensão do que vem a seguir na compreensão do texto. Vamos
examinar o verso 26, porque ali somos ensinados a forma como o mundo gostaria
de ver uma igreja. Sem perceber o perigo, eis que os irmãos de Corinto estavam
puxando o mundo para dentro da igreja. Por isso Paulo nos leva a investigar as
coisas de uma forma negativa nesse texto: “Irmãos, reparei, pois, na vossa
vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos
poderosos, nem muitos de nobre nascimento”. Incrível! Vemos o quanto Deus lança
fora tudo o que as pretensões do mundo e da carne no que diz respeito à sua
igreja. Sendo assim creio que é de grande proveito examinar melhor o texto.
Notemos bem que Paulo não está excluindo
os poderosos os sábios, os poderosos e os de nobre nascimento. Paulo está
mostrando que ao olharmos aqueles que compõem a igreja, veremos que eles não
são muitos, mas sim a minoria. Mas tem outro detalhe aqui, é que quando os
sábios, os poderosos e os de nobre nascimento entram na igreja, imediatamente
eles não são mais os mesmos. Notemos primeiramente os sábios. Trata-se da
sabedoria humana, daquilo que impressiona os mundanos de tal maneira que eles
acreditam ser de imensurável valor, especialmente a sabedoria religiosa. Para o
mundo religioso daquele tempo, Saulo era um homem extraordinário, cheio de
conhecimento, mas quando se converteu, eis que toda soberba feneceu e tudo isso
caiu aos pés de um homem que passou a conhecer e temer o Senhor.
Foi assim também com Moisés, pois seus
conhecimentos e suas habilidades egípcias de nada serviram. Para a população
ele seria um grande vulto na liderança da nação como um Faraó. Por essa razão
Deus fez com que Moisés ficasse humilde ao viver com os midianitas durante
quarenta anos. Assim que viu o Senhor e foi chamado para livrar os israelitas
da tirania de Faraó, ali estava um homem realmente sábio, cheio do temor do
Senhor e pronto para sofrer com o humilde povo de Israel. Assim percebemos o
quanto esse pensamento tão idolatrado no mundo é abominável ao Senhor, por isso
não pode entrar na igreja, como estava acontecendo em Corinto. Até mesmo a
sabedoria teológica pode ser contaminada pela paixão mundana, pelo querer ser
visto, ter fama, nome e glórias aqui. Por essa razão os que são chamados à
pregação e ensino bíblico devem aprender na oração e súplica o que realmente
significa dar a glória ao Senhor em tudo. Aprendemos com Daniel que o Senhor
lhe atendeu nas súplicas e intercessões a humilhar-se perante Deus.
O que para o mundo é ouro, Deus
considera como barro; o que é glória humana, não passa de abominação para Deus.
Quando olhamos para a igreja do Senhor não vemos no meio do povo de Deus
nenhuma cabeça de ouro nem de prata, mas sim todos, homens e mulheres feitos do
puro barro e erguidos pela graça de Deus, mesmo na diversidade de personalidade
e em meio à cultura. O que vemos é o Senhor, sendo ele o Senhor de todos,
governando mentes, corações e sentimentos para sua glória e louvor.
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