quarta-feira, 26 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (14 de 14)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
ESSA CONFISSÃO É REAL NA VIDA DE TODOS.
        Finalizo mostrando o fato que a confissão faz parte itinerante no viver do crente. Se houve salvação, então é certo que essa marca de temor e reverência está gravada na vida daquele que é salvo. Se o que ocorreu foi apenas uma decisão verbal de aceitação a Cristo, certamente será um acontecimento que nada terá de valor no coração e que com efeito de nada servirá para o viver. Cristo se manifestou para amar um povo e tomar esse povo para si, a fim de guia-lo e conduzi-lo neste mundo, em plena vitória contra o mal. Por essa razão afirmo que se o amor ao pecado permanece no viver, a confissão será revelada pelos lábios e pela forma como anda. O amor é algo singular, não podemos amar a Cristo e ao pecado ao mesmo tempo, assim como um homem não pode amar sua esposa e outra mulher; isso não é amor, mas sim egoísmo. Isso significa que a confissão haverá, ou de amor a Cristo ou de amor ao pecado.
        Digo mais que satanás de forma esperta sempre aproveita para lidar com a fé falsa. Se houver brecha na vida é ali que o ladrão entra, por essa razão a confissão sempre será revelada sua face real, se ama a Cristo ou não. Muitos são descobertos pelo amor ao mundo, porque facilmente deixam a igreja, o povo de Deus, a palavra, a vida de oração e santificação. Secretamente habita em seu ser sua confissão do quanto ama o mundo e que está pronto para gastar seus bens, tempo e força com aquilo que o mundo oferece e que tanto a carne gosta. Ora, o Senhor não tem lugar num coração assim; sua luz não brilha nesse coração e assim o Senhor é desprezado, mesmo que a boca fale que ama.
        Ora, nosso salvador é também nosso Senhor. Ele não é um mero agente que salva alguém e abandona o objeto que ele salvou. Ele é apresentado na bíblia como aquele que o Pai elevou como Senhor. Isso significa que ele veio para reinar no coração e dirigir a vida de homens e mulheres neste mundo, a fim de que todos vejam como ele implanta seu senhorio neles. O que vejo hoje são homens e mulheres negando esse senhorio, porque não há temor, submissão e respeito. Cristo veio erguer os salvos, apresentando-os ao mundo como verdadeira raça de verdadeiros homens e mulheres, revelando assim a diferença entre o que fez o pecado e o que faz a graça salvadora. Por isso, se o amor é somente a Cristo, essa confissão há de transparecer no viver. É claro que os crentes estão cheios de falhas, de subidas e descidas. Mas a confissão está acompanhada sempre de humildade e dependência de Deus na vida. O crente é alguém transparente, porque é o que é, sempre revelando seu desejo em crescer e seu desejo de conhecer melhor seu Senhor.
        Mas importa que saibamos que essa confissão acontece a partir da conversão do pecador: “Se com tua boca confessares a Jesus como Senhor...” (Romanos 10:9). Ninguém nasce com essa confissão em seus lábios. A mudança ocorre quando Deus opera o novo nascimento e a alma de fato passa a ser de Cristo. É esse o encontro mais glorioso que existe, algo inexplicável para o mundo. Cristo com seu sangue comprou um povo para si. Na vida desse povo tudo mostra o quanto a salvação é eficaz, pois Cristo destruiu toda obra do pecado e do diabo, a fim de que homens e mulheres mostrem com seus lábios e obras que não mais pertencem a satanás; que agora estão livres para amar a Cristo, livres para confessá-lo dia a dia, livres para amá-lo e louvar seu grande nome em face dessa salvação. Os anjos estão admirados com essa confissão e o mundo está petrificado com a presença da igreja na face da terra. Homens e mulheres estão declarando que foram salvos e que querem viver por Cristo, querem santificar mais suas vidas, a fim de servir melhor ao Senhor, até que sejam levados definitivamente para o lar celestial, onde estarão com o Senhor, a fim de desfrutar para sempre do seu amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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